O prefeito Jabes Ribeiro
determinou que a Defesa Civil e as secretarias de Desenvolvimento Urbano
(Sedur) e de Desenvolvimento Social (SDS) reunissem as ações no Estádio Mário
Pessoa, para potencializar o atendimento à população neste período, quando
Ilhéus registrou, somente nas ultimas 24 horas, nada menos que 190,88 mm de
chuva.
Em razão dos graves problemas
causados pelas fortes chuvas em diversos bairros de Ilhéus, o prefeito Jabes
Ribeiro, decretou na tarde desta quinta-feira, situação de emergência no
município, como forma de facilitar as ações para atender às vítimas e a adoção
de medidas para corrigir os problemas. O prefeito também determinou a
criação de uma Central de Operações no Estádio Mário Pessoa, reunindo a Defesa
Civil e setores das secretarias de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e de
Desenvolvimento Social (SDS), onde serão tomadas as medidas necessárias para
atender as demandas que estão surgindo neste período de chuvas. Ainda não se sabe
o número exato de desabrigados, porque o cadastramento está sendo feito pelas
equipes técnicas.
O município também colocou à
disposição da população o telefone de número 3234-3597, para que sejam
repassadas informações sobre as emergências e solicitado atendimento (são
aceitas ligações a cobrar). Somente nas últimas 24 horas, o Instituto Nacional
de Meteorologia (Inmet) registrou uma média de 190,88 milímetros de chuva em
Ilhéus, o que equivale a quase 10% da media pluviométrica prevista para todo o
ano no município (2.000 milímetros). Segundo o Inmet, isto equivale a uma média
de 10 milímetros de chuva por hora.
Desde as primeiras horas da
manhã, o prefeito manteve diversas reuniões com equipes da Defesa Civil e com
secretários municipais, adotando providências emergenciais e deslocando equipes
de técnicos para todos os pontos onde foram registrados incidentes. A
Secretaria de Desenvolvimento Urbano está orientando as famílias para que, no
caso de constatar algum risco iminente na residência ou nas proximidades,
deixem o local e chamem a Defesa Civil para uma avaliação técnica do
perigo.
O intenso volume de águas
pluviais já provocou alagamentos de ruas, desabamentos de imóveis e
deslizamento de terras em vários locais da cidade, como no Alto da Tapera, onde
a Prefeitura colocou lonas, impedindo o agravamento da
situação. Outras áreas atingidas na cidade foram o Alto do Belmonte
(deslizamento de terra), Alto da Conquista (deslizamento de
terra), Avenida Itabuna (alagamento, queda de árvore e deslizamento
de terra), Vila Queiroz (alagamento) e Alto do Seringal (deslizamento de
terra).
Outros locais onde se registraram
ocorrências foram o Alto do Carvalho, Rua Maria Quitéria, Alto do Amparo,
Centro Social Urbano, Rua da Horta, Rua Getúlio Dorneles Vargas, e Avenida
Ubaitaba (com deslizamento de terra), Alto do Basílio com desabamento de uma
casa, e no Conjunto Habitacional FAELB, onde houve alagamento. A Defesa Civil
também registrou deslizamento de terra e queda de árvore, na Rua da COCI,
alagamento no Alto Santa Inês, 2ª Travessa da Princesa Isabel e na Rua do Cano,
e outros deslizamentos na Avenida Roberto Santos, no Alto da Esperança, na
Avenida Luiz Gama e Rua Francisco Assis.
Central de Operações – Para dar suporte à população, equipes da SDS, formadas por
assistentes socais, psicólogos e técnicos, já estão no Mário Pessoa preparadas
para o acolhimento de desabrigados. O órgão também está providenciando
colchões, cobertores, material de higiene pessoal, água potável, entre outros
insumos necessários para suprir a necessidade das pessoas. O decreto também
autoriza a mobilização de todos os órgãos municipais para atuar sob a
coordenação da Defesa Civil, bem como a convocação de voluntários para reforçar
as ações e a realização de campanhas de arrecadação de recursos, com
o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada.
Com a situação de emergência, os
agentes da defesa civil têm permissão de adentrar nas residências, visando
prestar socorro ou para determinar a evacuação das pessoas, bem como podem usar
propriedade particular, no caso de iminente perigo público, assegurada ao
proprietário indenização posterior caso haja algum dano. Os técnicos também
poderão realizar processos de desapropriação, por utilidade pública, de
propriedades particulares comprovadamente localizadas em áreas de risco
intensificado de desastre, considerando a depreciação e a desvalorização que
ocorrem em propriedades localizadas em áreas inseguras.
Através do decreto, será possível
fazer contratos de aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao
desastre, de prestação de serviços e de obras relacionadas com a reabilitação
dos cenários dos desastres, sem a exigência de licitações. Contudo, os
contratos devem ser concluídos no prazo máximo de 180 dias consecutivos e
ininterruptos, contados a partir da caracterização do desastre, vedada a
prorrogação dos contratos.
Rua Santos Dumont (Anexo das Secretarias), 4º andar, Centro
(73) 3234 3581 ~ www.ilheus.ba.gov.br
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