Eleições limpas e isentas para a escolha da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviário de Ilhéus deverão ser realizadas pela entidade por determinação da Justiça, atendendo a pedido feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A partir de denúncias recebidas por trabalhadores da categoria, o órgão investigou o caso e concluiu que havia indícios de irregularidades na gestão da entidade de classe. Por isso, entrou na Justiça do Trabalho com uma ação civil pública e pedido de liminar.
A juíza da 2ª Vara do Trabalho de Ilhéus, Nélia Maria Santos de Oliveira Hudson, acatou os pedidos do MPT e determinou, além da realização de novo pleito, o bloqueio das contas da entidade e a redução do mandato da diretoria de seis para quatro anos, apensar de manter os diretores no cargo até a posse da nova diretoria eleita.
Segundo o procurador do trabalho Ilan Fonseca, “a ação visa à anulação das eleições do Sindrod ocorridas em 2012, não apenas pelas irregularidades constatadas no processo eleitoral, mas também pela conduta ilegal, ilegítima e irresponsável dos dirigentes do período 2006/2012.” O inquérito civil no MPT confirmou que as eleições eram realizadas sem a devida divulgação e que houve alteração do período de mandato da diretoria para seis anos, retroativamente, beneficiando o grupo que controlava a entidade.
“É necessário que os trabalhadores possam ter o direito de escolher livremente seus representantes sindicais, sem que pretensos donos do sindicato continuem agindo em nome de uma suposta e falsa liberdade e autonomia sindicais com condutas antidemocráticas, arbitrárias e irregulares no tocante às eleições sindicais, visando à manutenção vitalícia no poder”, declarou o procurador.
Postado por políticos do Sul da Bahia
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