sábado, 14 de janeiro de 2023

"Acompanhem a vida escolar dos seus filhos", uma proposta ainda em vigor.

 

Fonte: MEC Mobilização

Antes de mais nada lembraremos que a escola a família e a comunidade estão intrinsecamente alinhada numa sociedade. São relações que precisam estar mais que alinhada, precisam uma proteger a outra, são de suma importância para a construção da educação e da cultura de uma comunidade, um povo, de um grupo social, de uma sociedade.

Há cerca de onze anos atrás foi inserido nas escolas municipais de Ilhéus, uma cartilha intitulada “Acompanhem a vida escolar dos seus filhos”, onde sua principal função era fazer com que a família se fizessem presentes na vida escolar dos seus filhos.

            A cartilha trazia como escopo a ideia da relação entre família, escola e a comunidade, como essa relação iria se dar entre os principais pilares sociais, como iriam se comportar dentro de um novo molde de se pensar a educação a partir da participação da família e da comunidade dentro da escola.

Esperava-se que esses três pilares se relacionassem de forma a buscar equilíbrio entre a escola e a família nas questões de ensino e aprendizagem, também nas outras questões em pró do aluno, consequentemente na formação dos cidadãos do amanhã. Outras como conservação e zelo do mobiliário, livros didáticos e a proteção do patrimônio público em especial a escola. Esses e outros cotidianos voltados a escola, sempre estiveram como pauta das discussões entre escola, família e comunidade a partir da inserção da cartilha "Acompanhem a vida escolar dos seus filhos" iniciativa do governo federal através do MEC. Com o passar dos anos, governos passaram e campanhas educacionais como esta foram deixadas para trás.

No dia de hoje Ilhéus traz como assunto principal em suas redes sociais que duas escolas foram invadidas, depredadas e acometidas de vandalismo por parte de pessoas que não foram identificadas até o momento. As escolas foram o anexo do banco da Vitória e da Escola Municipal Paulo Freire no Vilela, Bairro que iremos comentar logo abaixo.

Aproveita-se a luz da discussão, a escola que se encontra construída numa comunidade, que serve a essa comunidade aos seus filhos e sujeitos sociais, e que não podem ser depredadas, tampouco servir de alvo de vandalismo por moradores ou indivíduos externos, mesmo que esses sejam ainda menores de idade.

São patrimônios públicos, de cunho comunitários, a escola simbolicamente é a extensão da casa do aluno, portanto faz parte da sua família, da sua comunidade. A responsabilidade da comunidade e da família é maior, por que tem como proteger a escola, está ali presente mais do que o poder público, não pode deixar a escola passar por esse tipo de vandalismo ou depredação.

É preciso que o cidadão olhe a escola e os patrimônios públicos em geral como sua propriedade, os recursos ali investidos na construção, são provenientes da sua produção de bens e consumo, frutos dos impostos arrecadados pela ação dos sujeitos em construção social, mesmo aqueles que em sujeição precária, se encontra em constante produção de riqueza a sociedade.

Como forma de inibir esse tipo de abuso ao patrimônio público em especial a escola que presta serviços de extrema importância a comunidade através da instrução e a formação dos seus cidadãos, se faz necessário ações de conscientização e produção de material educativo para a valorização do patrimônio público e de natureza comunitária.

Para isso a família na condição dos pais e a comunidade precisam se mobilizar para através de manifesto social comunitário, dizer que não concordam e não aceitam de seus próprios filhos esse tipo de comportamento, que o prejuízo é de todos, que se uma escoa é destruída, o município deixa de construir uma outra, para requalificar aquela depredada.

Nesse momento é de fundamental importância que os olhares estejam voltados para a sociedade do Vilela, que essa comunidade permaneça unida no sentido de proteger o patrimônio público de suma importância aos seus filhos, que a escola é lugar de sociabilizar. Parafraseando Paulo Freire, a escola deve ser lugar de trabalho, ensino e aprendizagem, não lugar de depredação, tampouco vandalismo.

 Parabéns a secretária municipal, prof.ª Eliane Oliveira quando diz que se faz necessário comunicar aos pais e também ao coletivo a comunidade do Vilela e pedir para que a comunidade possa auxiliar na necessidade de cuidar, zelar e proteger o patrimônio público (As Escolas do Bairro Teotônio Vilela) que são a extensão da casa da família, assim como as de outras comunidades. Finalizo essa matéria com uma frase de Naruto que diz “É da natureza humana não perceber o real valor de uma coisa, 

Por Roberto Corsário.


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