As informações foram divulgadas na manhã desta quarta-feira (7) pelo
delegado Itagiba Franco, da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa
(DHPP). O exame nas luvas será mais uma ferramenta para indicar a
autoria do crime, já que o exame residuográfico feito na mão de Marcelo
deu negativo para vestígios de pólvora.
saiba mais
A policial militar Andréia Regina Bovo Pesseghini, de 36 anos, o
sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, a mãe da policial militar,
Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos, a tia da policial, Bernadete
Oliveira da Silva, de 55 anos, e o filho do casal foram encontrados
mortos em duas casas da família que ficam no mesmo terreno.
A polícia acredita que Marcelo matou os familiares entre a noite de
domingo (4) e a madrugada de segunda (5). Para isso usou arma que
pertencia à mãe. Em seguida, dirigiu o veículo Classic também da mãe até
a escola, estacionou por volta da 1h15 de segunda-feira e ficou por
cinco horas no veiculo, saindo para a aula às 6h30. Câmeras de segurança
mostram ele se dirigindo ao colégio.
Segundo Franco, na segunda perícia feita na casa na noite desta
terça-feira (6) foram recolhidas novas armas. "Foram encontradas duas
armas que pertenciam ao policial e que estavam guardadas na casa". Além
dessas duas novas armas, já haviam sido apreendidas a pistola .40, que
pertencia à Andréia e teria sido usada no crime, e uma outra arma que
era de um avó de Marcelo.
O delegado afimrou que novos depoimentos são esperados nesta
quarta-feira no DHPP, no Centro de São Paulo, mas não informou quem foi
convocado pela Polícia Civil.
Nesta terça-feira, Franco havia dito que um amigo de escola, cujo nome
não foi revelado, contou em depoimento à polícia que o garoto Marcelo
Pesseghini, de 13 anos, já tinha manifestado o desejo de matar os pais e
que queria ser "matador de aluguel".
"Esse amigo (do Marcelo) nos disse hoje: 'desejo manifestado pelo
Marcelo: ele sempre me chamou para fugir de casa para ser um matador de
aluguel. Ele tinha o plano de matar os pais durante a noite, quando
ninguém soubesse, e fugir com o carro dos pais e morar em um local
abandonado'", relatou Franco.
Diante das evidências obtidas pela polícia nesta terça-feira, o
delegado afirmou que tudo "leva a crer que o Marcelo matou os pais" e os
parentes. "Ele já tinha esse desejo que, na minha opinião, veio a
concretizar. Foi uma tragédia familiar. De uma forma silenciosa, ele
vinha se preparando para alguma coisa", completou.
De acordo com o delegado do DHPP, havia uma dúvida ainda em relação a
quem havia estacionado o carro da cabo Andréia Regina Bovo Pesseghini em
frente à escola onde Marcelo estudava, na manhã de segunda-feira. "Quem
teria tirado o carro de lá? Qual a razão desse carro estar na
proximidade da escola do garoto? A chave (do carro) ainda não havia sido
encontrada. De início, nós acreditávamos que um garoto de 13 anos não
teria condições de tirá-lo de lá. Mas um perito me informou que a chave
estava no bolso da jaqueta do menino que estava na sala. Tudo vai se
encaixando", disse.
Segundo Itagiba Franco, a imagem de uma câmera que fica próxima ao
ponto onde o carro da família foi estacionado mostra que um jovem desce
do banco do motorista e atravessa a rua. O amigo de escola teria
reconhecido Marcelo como a pessoa que aparece nas imagens. Ainda de
acordo com as investigações, o estudante comentou com uma professora do
colégio que já tinha dirigido um buggy uma vez.
As testemunhas começaram a ser ouvidas pela polícia já na madrugada
desta terça-feira, de acordo com o delegado. Uma das professoras de
Marcelo relatou à polícia que teve uma conversa com o menino, onde foi
indagada por ele se ela já havia dirigido um carro e se ela já havia
atingido, de alguma forma, os pais. "Ela achou estranho aquela conversa,
mas respondeu de uma forma, assim, profissional, e manteve aquela linha
de raciocínio."
O pai do melhor amigo de Marcelo informou que deu carona ao menino na
volta da escola. O suspeito, então, teria pedido para o homem parar o
carro para ele ir até o Corsa prata da mãe, que já estava estacionado
próximo à escola.
"Ele saiu do banco do carona, se dirigiu até lá, abriu o carro, pegou
alguma coisa, voltou, entrou e foi até a casa dele. Na casa, o pai do
amigo teria perguntado a ele queria que buzinasse, alguma coisa assim. O
menino disse que não, porque os pais, a avó e a tia-avó estariam
dormindo. Então, ele procurou descartar qualquer tipo de aproximação de
estranhos da casa", relatou o delegado.
Suspeito
A Polícia Militar acredita que o garoto Marcelo Pesseghini foi à escola pela manhã após já ter assassinado os parentes. O comandante da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira, afirmou em entrevista ao SPTV que câmeras de segurança mostram uma pessoa, que seria Marcelo, estacionando o veículo da policial à 1h15 de segunda próximo ao Colégio Stella Rodrigues, na Rua João Machado.
A Polícia Militar acredita que o garoto Marcelo Pesseghini foi à escola pela manhã após já ter assassinado os parentes. O comandante da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira, afirmou em entrevista ao SPTV que câmeras de segurança mostram uma pessoa, que seria Marcelo, estacionando o veículo da policial à 1h15 de segunda próximo ao Colégio Stella Rodrigues, na Rua João Machado.
A pessoa sai após as 6h30, com uma mochila nas costas e entra na
escola. Esse primeiro vídeo, no entanto, não permitia confirmar com
exatidão que a pessoa é o garoto, o que teria ocorrido com a localização
de um segundo vídeo.
Para a Polícia Militar, as mortes dos parentes de Marcelo, em duas
casas que ficam num mesmo terreno na Rua Dom Sebastião, na Vila
Brasilândia, aconteceram entre a noite de domingo (4) e a madrugada de
segunda-feira.
O coronel Benedito Meira afirmou que está descartada a possibilidade de
vingança. “Nós descartamos possibilidade de retaliação por parte de
facção. A casa não estava revirada, não há sinais de arrombamento",
afirmou.
Menino canhoto
Segundo o coronel Benedito Meira, "o menino era canhoto, o disparo foi feito do lado esquerdo da cabeça dele e a arma estava debaixo do corpo do adolescente". No entanto, ele ressaltou que a polícia não descarta que outras linhas de investigação possam aparecer nos próximos dias. No boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil consta que o adolescente encontrado morto "empunhava a arma na mão esquerda, debaixo do corpo".
Segundo o coronel Benedito Meira, "o menino era canhoto, o disparo foi feito do lado esquerdo da cabeça dele e a arma estava debaixo do corpo do adolescente". No entanto, ele ressaltou que a polícia não descarta que outras linhas de investigação possam aparecer nos próximos dias. No boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil consta que o adolescente encontrado morto "empunhava a arma na mão esquerda, debaixo do corpo".
Nesta terça-feira, Fábio Luiz Pesheghini, irmão de Luís Marcelo,
afirmou que o sobrinho não era canhoto. "Pelo que eu sei ele era destro.
Eu tenho quase certeza que ele era destro”, disse. Segundo Fabio, o
sobrinho era “tranquilo, uma criança normal, que não dava trabalho para
os pais, mal saía de casa”. Ele disse desconhecer se o irmão e a cunhada
recebiam ameaças.
Postado por Globo.com
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