O jornalismo perdeu um de seus mestres no dia 15 de fevereiro de 2013, há um ano, com a morte de Eduardo Anunciação. Do grande homem permanecem as lições forjadas em seu percurso a caminho da linguagem.
É significativo que um homem chamado Eduardo Anunciação venha ao mundo para anunciá-lo. Há uma justeza entre o ser e o nome daquele que dedicou a vida a anunciar seu ponto de vista sobre a realidade.
Certa vez, em resposta ao descontentamento do advogado Rafle Salume sobre uma de suas opiniões, Eduardo refletiu sobre o jornalismo e anunciou:
“Respeito o descontentamento dele para comigo, com esta coluna. Mas sempre haverá descontentes diante das verdades, sempre haverá descontentes diante dos fatos, como sempre haverá, há vidas pobres, vidas ricas. O jornalismo, colunismo político não é um instrumento para desagradar ou agradar troianos ou gregos. A vigilância atenta, a malícia decente, a crítica contida são atributos do jornalismo, de um colunista, de uma coluna de jornal. A sociedade que julgue.”
Lembrar os ensinamentos de um mestre é uma forma de homenageá-lo, evocando sua presença no vigor das palavras lembradas.
Postado por Emílio Gusmão no Blog do Gusmão
Justa homenagem Emílio
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