Participaram da audiência pú¦blica vereadores, secretários municipais, representantes da sociedade civil organizada e de diversas entidades - Foto Gildezo Santos
O
prefeito disse que, apesar das recomendações da auditoria e da ação judicial
das empresas, ainda vai decidir, após analisar os resultados dos estudos e as
condições objetivas do município, se autorizará ou não o reajuste da tarifa.
A
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), instituição vinculada à
Universidade de São Paulo (USP), apresentou na sexta-feira, 21, o resultado
da análise do contrato de concessão e da planilha de custos do sistema de
transporte coletivo de Ilhéus, estudo encomendado pela Prefeitura Municipal no
segundo semestre de 2013. O prefeito Jabes Ribeiro acompanhou a apresentação,
ao lado dos secretários municipais e do vice-prefeito, Carlos Machado (Cacá), e
deixou claro que somente após a análise do relatório pelos técnicos da
Prefeitura e de estudos sobre possíveis melhorias no sistema, é que vai decidir
se autoriza ou não qualquer aumento na tarifa. “Não aceitaremos pressão de
ninguém, mas faremos tudo pensando na equação tarifa justa mais prestação de um
serviço de qualidade à população”, enfatizou o prefeito. Participaram da
audiência, representantes da sociedade civil organizada, de clubes de serviço,
além de populares e integrantes de associações de bairro.
O
relatório foi apresentado pelo professor André Luis Squarize Chagas, doutor em
Economia pela USP e pesquisador da área de economia regional, que explicou a
metodologia e principais conclusões do estudo, entre eles a equação para a
formação da tarifa do transporte coletivo. Levando em conta custos como mão de
obra, combustível, tributos, remuneração do capital, depreciação dos veículos,
dentre outros, a Fipe chegou à estimativa de que a tarifa em Ilhéus atualmente
poderia ser de R$ 2,63. O estudo analisou também a inclusão da gratuidade para
usuários entre 60 e 64 anos, concluindo que elevaria a tarifa para R$ 2,70.
A
definição desses valores, segundo André Chagas, é resultado do cruzamento de
dados econômicos, sociais e geográficos. “Algumas características de Ilhéus
impõem custos específicos para a regulação tarifária, entre elas as grandes
distâncias que os veículos têm que percorrer e a queda de receita provocada
pela redução do número de passageiros nos últimos anos”, pontuou o professor.
Ao final da apresentação, ele fez algumas recomendações para a melhoria e
racionalização do sistema de transportes, entre as quais implantação de vias
exclusivas para ônibus, coibir serviços clandestinos, acompanhamento dos preços
dos contratos (combustíveis, salários etc).
Secretaria
de Comunicação Social (Secom)
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