Atleta já ganhou US$ 1,21 milhões (R$ 3,23 mi) em premiações na carreira. No WCT 2014, levou US$ 431,5 mil (R$1,14 mi). Bônus do título foi US$ 125 mil (R$ 332,5 mil)
Neymar e Medina têm a carreira gerenciada pelo mesmo grupo e estão engtre os mais valorizados (Foto: Reprodução/Instagram)
O mundo começou a descobrir o “fenômeno Medina” em 2009, quando ele tinha apenas 15 anos. No WQS da Praia Mole, em Florianópolis, Gabriel, ainda adolescente, derrotou Neco Padaratz e tornou-se o mais jovem a vencer uma etapa do Circuito Mundial, em 2009. Meses depois, conquistou o título do World King Of the Groms, em Les Bourdaines, na França, com duas notas 10 na final, igualando Kelly Slater - o brasileiro ainda levou um 10 nas quartas. O desempenho do "Air Medina" na decisão, que combinou aéreos e batidas em suas melhores ondas, chamou a atenção de uma marca australiana de roupas e produtos de surfe, que fechou com ele um contrato de 2009 a setembro de 2016. Medina é uma das estrelas da empresa, ao lado de Mick Fanning, tricampeão mundial. Aos 20, o prodígio tornou-se o primeiro brasileiro campeão mundial no surfe. Serve de inspiração para gerações, é adorado por milhões de pessoas virou em um verdadeiro "popstar".
Com 1,1 milhões de seguidores no Instagram e 927,1 mil no Facebook, cerca de dois milhões somando as duas redes sociais, ele é também um fenômeno de popularidade. Só no Pipe Masters, os números cresceram exponencialmente, e a expectativa é de aumentarem ainda mais com o título. O talento e o carisma do menino despertou a atenção de muitas marcas, que perceberam nele um grande potencial e o escolheram para ser seu garoto-propaganda. A carreira do surfista é gerenciada por uma das empresas de Eike Batista e ele tem 11 patrocinadores. Porém, por conta dos contratos de confidencialidade, os valores envolvidos não são divulgados. Ryan Fletcher, diretor de equipe da Ripcurl, elogiou o caráter de Gabriel.
- O Medina é um grande surfista. Eu não ligo para o lugar de onde vem o surfista, mas sim se ele é uma boa pessoa e tem um talento espetacular, como o Gabriel. Aí sim ficarei feliz de contar com ele no nosso time. Gab faz parte da "Família Ripcurl" há muitos anos e nós esperamos manter essa relação ainda por muito tempo. Eu conheci o Gabriel quando ele tinha 14 para 15 anos e já era notável e seu talento. Eu não sabia muito sobre a vida dele quando o vi surfando pela primeira vez, mas logo tive consciência de que ele era um menino muito especial.
Gabriel Medina, primeiro brasileiro campeão do mundo, com a taça (Foto: Divulgação / ASP)
Quando eu o vi pela primeira vez, na França, em 2009, percebi que ele era o melhor do mundo na sua idade. E que ele poderia ser campeão mundial no futuro, não pelos aéreos, mas pelo equilíbrio. Sinto que 2014 foi o ano que ele mais ganhou confiança. Ao vê-lo no Taiti, sem medo de ondas grandes e pesadas, surfando de forma inteligente e se transformando em um homem adulto diante do Kelly, fiquei impressionado. O Gabriel mostrou que surfa qualquer onda" Peter Mel, surfista e comentarista da ASP
Quem também se impressionou com o brasileiro logo na primeira vez em que o viu foi o americano Peter Mel, no "King of Groms", em 2009. O surfista e comentarista da ASP diz que o que mais o impressionou não foi o estilo radical e as manobras ousadas de Gabriel, e sim o seu equilíbrio sobre a prancha. Para Peter, o atleta demonstrou neste ano que é capaz de promover um surfe de altíssimo nível em diferentes tipos de onda e relembrou a épica final do brasileiro com Slater em Teahupoo, no Taiti, a mais temida bancada de corais do mundo, também conhecida como a "praia dos crânios quebrados".
- Eu nunca tive preconceito com o surfe brasileiro. Quando eu o vi pela primeira vez, na França, em 2009, percebi que ele era o melhor do mundo na sua idade (15 anos). Ali, eu pensei que ele poderia ser campeão mundial no futuro, não pelos aéreos, mas pelo equilíbrio e segurança na prancha. E eu sinto que 2014 foi o ano que ele mais ganhou confiança. Se ele estiver em um bom dia, é muito difícil superá-lo. Ao vê-lo no Taiti, sem medo de ondas grandes e pesadas, surfando de forma inteligente e se transformando em um homem adulto diante do Kelly, fiquei muito impressionado. O Gabriel mostrou nesta temporada que surfa qualquer tipo de onda, é um dos mais completos do Tour, pois já tinha vencido no Taiti, em Fiji e na Austrália - declarou o comentarista.
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Desde que apareceu para o mundo, Medina teve uma ascensão meteórica. Depois de vencer três etapas da Divisão de Acesso (em Santa Catarina, na França e na Espanha), em 2011, o paulista de São Sebastião assegurou a vaga para entrar no WCT, que reúne os 36 atletas melhores atletas do mundo. Fez a sua estreia na metade daquele ano, disputou o campeonato por seis meses e venceu duas de cinco etapas, ficando em 12º do ranking - na segunda etapa de 2011, em Bells Beach, ele entrou como convidado. Em 2012, correu todo o circuito e terminou sétimo, a sua melhor participação até este ano, quando derrubou gigantes como Kelly Slater e Mick Fanning para conquistar o sonhado caneco.
O bom desempenho de Gabriel no mar não renderam a ele apenas vitórias e títulos, mas também uma pomposa conta bancária. Em premiações ao longo da carreira, ele já ganhou US$ 1,216 milhões, o equivalente a R$ 3,235 milhões. Na temporada 2014, acumulou US$ 431,5 mil (R$1,14 milhões) com os resultados obtidos no ano, incluindo um bônus de US$ 125 mil (R$ 332,5 mil) pelo título mundial.
Gabriel Medina cercado por centenas de brasileiros em Pipeline, após o título mundial (Foto: Cestari / ASP)
Os valores pagos pelos patrocínios são mantidos em sigilo pela família. Além das 11 empresas que o cercam, um banco e uma empresa aérea devem ser as próximas a fechar com o talentoso surfista. O manager de Gabriel, César Villares, responsável pelo seu planejamento de carreira e gestão de imagem, percebeu um grande potencial no atleta. No rol de contemplados do grupo que o empresário trabalha, estão nomes como Neymar, Felipe Nasr e Thiago Silva.
Medina ficou com o vice no Pipe Masters, mas com o sonhado título mundial (Foto: Cestari / ASP)
- Procurávamos alguém com um perfil de fenômeno global. Acho que no momento, no Brasil, o Gabriel só fica atrás do Neymar em termos de valorização - disse o empresário, sem citar os valores nos contratos do mais novo campeão mundial de surfe.
Além do talento, Gabriel também é uma referência para as novas gerações pelo profissionalismo, por valorizar a família e por seguir princípios religiosos que ajudam a criar a imagem de bom menino. Ele é sempre atencioso com os fãs. Toda vez que é cercado por torcedores nas etapas, o surfista dedica um tempo para atender aos pedidos de autógrafos, fotos e abraços. Na última etapa do WCT, no Havaí, Medina ficou com o vice, mas foi o melhor do ano. Levou centenas de pessoas para a praia de Pipeline, que fez uma linda festa verde-amarela como em um carnaval fora de época, com cartazes e bandeiras, transformando as areias em um estádio de futebol em clima de Copa do Mundo. E o "camisa 10" não decepcionou. Sozinho no mar, foi derrubando um a um. Na final, após levar um 10 em um tubo fantástico de direita, acabou sofrendo uma virada do australiano Julian Wilson, mas saiu da água ovacionado.
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medina 360º
medina 360°As três primeiras etapas do ano
medina 360ºA derrota no Rio e a virada em Fiji
medina 360ºGabriel nas ondas da África do Sul e do Taiti
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