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Mário ao lado do vice, Nazal
Crédito: Arquivo
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O médico Mário Alexandre completará 45 anos de idade em março. É jovem e cheio de energia. Eleito com uma boa margem de diferença sobre o seu principal adversário, o empresário Cacá Machado, em outubro último, ele já prepara o terno para a posse, que ocorrerá no próximo domingo à tarde, no Centro de Convenções de Ilhéus. A partir da próxima semana ocupará a principal cadeira com poder político em Ilhéus, cidade onde nasceu, exerce a medicina e mantém os seus negócios.
Nesta quarta-feira, ultimando os preparativos da posse, Mário aceitou conceder uma entrevista exclusiva ao Jornal Bahia Online. Recebeu o editor do JBO, jornalista Maurício Maron, para falar sobre os seus projetos e sobre o futuro de Ilhéus.
O sorriso e a gentileza, marcas do anfitrião, nortearam mais de uma hora de gravação sobre temas polêmicos, como a nomeação da própria esposa e de um tio como secretários municipais remunerados e a opção por nomes já testados em governos reprovados para compor a sua equipe de trabalho. Falou sobre a relação com o governador Rui Costa e qual será o tamanho da presença da deputada Ângela Sousa, sua mãe, na gestão municipal.
A entrevista que Marão concedeu a Maron prima por um critério, negociado desde o início quando começou a ser cogitado o encontro: o jornalista poderia perguntar o que a população, na rua, gostaria de saber. Mário não titubeou. Topou responder todas.
A seguir, o resumo deste encontro que resultou na primeira grande entrevista concedida por Mário a um site da região.
Imperdível.
Qual o seu sentimento às vésperas de tomar posse, pela primeira vez, como prefeito de Ilhéus?
De honra, de felicidade, de compromisso e responsabilidade. Sou filho de Ilhéus, eleito pelo povo de Ilhéus, nascido e criado aqui. Concorri ao cargo com mais nove candidatos e o povo me deu um voto de credibilidade, de confiança. Pra mim é uma honra, uma alegria e vou até o último dia do meu governo trabalhar com a mesma disposição do primeiro dia.
Qual a prioridade número 1 da sua gestão?
Atender a todos. Mas com um olhar especial aos mais necessitados, aos que estão sofrendo. Por ser médico acho que a área de saúde deva ser uma prioridade também. Quero aumentar o atendimento e minimizar o sofrimento das pessoas, principalmente àquelas que residem em locais mais distantes. E para atender melhor é também fundamental fortalecer a prevenção, a atenção básica e buscar excelência no atendimento de alta complexidade. Além da saúde, o turismo é prioritário. Precisamos profissionalizar o setor. É inadmissível que Ilhéus perca (em visitação) para municípios como Prado, Porto Seguro, Itacaré. Não estou desmerecendo estas cidades, mas acho que Ilhéus, com a história e a cultura que tem, a gente tem muito mais a oferecer. Repito: vamos profissionalizar o setor.
(Sobre a indicação da própria esposa como secretária)
Preparada. Se eu não acreditar na minha esposa, vou acreditar em quem?
O senhor ganhou uma eleição, derrotando candidaturas fortes, apoiadas por setores fortes da política tradicional de Ilhéus. O senhor foi protagonista desta história. Como, a partir de agora, no mandato, conseguir desvencilhar o prefeito Mário Alexandre da mãe e deputada Ângela Sousa?
(risos). Interessante. Ele (a mãe e deputada Ângela Sousa) é uma protagonista à nível estadual e vai poder estar ajudando muito ao município. Na linha de raciocínio do desenvolvimento regional, a deputada é protagonista na Assembléia Legislativa. E nós vamos estar juntos, sendo protagonistas da cidade de Ilhéus. Sem esquecer que, como prefeito de Ilhéus, temos que fazer um modelo de política que posicione Ilhéus como o maior líder regional. Eu e Fernando Gomes (prefeito eleito de Itabuna) vamos estar unidos, discutindo nossa região com a ajuda da deputada e de outros deputados também votados aqui, com Bebeto Galvão (atual deputado federal) e com o próprio Jabes (Ribeiro, seu antecessor) que, acredito, não irá trabalhar pelo sentimento do quanto pior melhor. É claro que a cidade conta com o compromisso de todo mundo que foi votado aqui, que traga investimentos para a cidade. O cara tem quatro, cinco mil votos aqui... Nós não temos uma deputada estadual daqui. Temos mais de 15 deputados votados que nunca trouxeram uma agulha sequer para a cidade. Eu vou, sim, bater à porta de todos eles. Não estou pensando em partido A ou B. Nossa bandeira é a bandeira de Ilhéus. Vamos cobrar e reconhecer a quem nos ajudar.
Daqui a dois anos teremos eleição estadual com o PSD, hoje, pensando em candidatura própria ou até com possibilidade de alianças novas, que não seriam com o governador Rui Costa. Como será esta relação com o atual governador?
O governador tem trabalhado muito pela cidade. Inclusive vai estar aqui agora no Réveillon. Temos conversado, nossos laços são muito próximos. O senador Oto (Alencar, liderança e dirigente do PSD) tem conversado muito com o governador a respeito do futuro e eu sigo o que meu partido determinar. Tenho muita admiração pelo governador e ele tem trabalhado e lutado pela região. Taí o Hospital Costa do Cacau, a nova ponte... Mas o que o meu partido definir serei soldado para que a gente ou reeleja o governador ou opte pelo melhor candidato para as eleições de 2018. Eu sou grupo, eu estou aqui. Então o que o partido me orientar - e me dizer - eu vou seguir.
Tenho dito a eles. Vocês terão que atender a meu comando. São todos muito preparados. Mas o prefeito tem que fica em cima, cobrando. O prefeito é o maestro.
O seu gabinete será na Conquista ou voltará para o Palácio Paranaguá?
É tanta coisa para resolver... Vou deixar isso para o segundo momento.
Mas... e inicialmente?
No primeiro momento vou atender na Conquista. As instalações são boas. Só precisa ter algumas benfeitorias no seu entorno. A Prefeitura não pode ir para o bairro e bem na frente dela ter escuridão, lixo... Onde a Prefeitura vai, tem que levar benfeitorias, não tem sentido que o bairro continue o mesmo. Vamos organizar, mostrar que a Prefeitura está lá, levando benefícios para a comunidade do entorno.
Depois pode mudar?
Pode ser. Podemos mudar, sim.
Só de horas extras a Prefeitura paga uns 500 mil reais por mês. Tem servidor que ganha dois mil reais e quando computa as horas extras chega a seis mil reais. Então a gente tem que reavaliar isso.
Com a inauguração do Hospital do Cacau, o Regional vai ser municipalizado. Qual projeto o senhor tem para aquele espaço?
Vamos instalar o Centro Administrativo da Saúde. Vamos tirar o número excessivo de aluguéis como o da sede da secretaria de Saúde, Samu e outros setores. Vamos avançar isso. Vamos economizar tirando aluguéis dos cofres municipais.
Seu adversário, Cacá Machado, propôs na campanha implantar um Hospital Materno-Infantil naquele espaço. Pelo jeito o senhor discorda.
Mas com hospital também. Administrativo com hospital. Não sei se materno-infantil. Isso demanda muitos recursos para você fazer funcionar 24 horas. Nos já temos uma, inclusive (Maternidade Santa Helena). Busco suporte financeiro para implantar um Hospital Pediátrico, que é um outro gargalo da cidade. Se conseguirmos isso será um grande avanço para o nosso sistema de saúde.
Vai ser pronto-socorro para primeiro atendimento, como também Cacá propôs na campanha?
Não. Vou manter outros pronto socorros, como o VidaMedi, na zona sul. A idéia é chegar a funcionar 24 horas para que o cidadão esteja seguro. Mesma coisa a Coci, no Malhado. Todas elas com ambulância para que se não conseguirem recuperar o paciente, aí sim, encaminhar para o Hospital Costa do Cacau. Vamos também fortalecer o Posto 24 horas no Teotônio Vilela.
Digo todos os dias: o secretário, mesmo com salário defasado, ele não pode fazer bico na prefeitura. Eles serão permanentemente avaliados e quem vai decidir se permanece no cargo será ele próprio, por seu desempenho e dedicação.
Como serão os 15 primeiros dias e os primeiros 100 dias do seu governo?
Nos primeiros dias vamos atuar nos locais mais movimentados para atender a cidade e aos turistas, os acessos. Vamos fazer um faxinaço. Limpar, iluminar, tapar buraco. É o que a gente vai poder fazer. Mas não é o que a gente sonha para a cidade. Nos 100 primeiros dias vamos fazer um enxugamento cortando horas extras. O momento é de reavaliação, de uma reforma administrativa dialogada com os setores organizados para que possamos, dentro deste reforma, termos economia com eficiência administrativa.
O senhor tem mantido um respeitável namoro com o servidor público, visitando sindicatos, dialogando...
... Não falo em namoro. Falo em diálogo permanente. O prefeito tem a obrigação de mostrar a realidade e pedir ajuda ao servidor. O bom servidor. Na maioria das nossas indicações eu tenho procurado trazer o próprio servidor para cargos comissionados. Até por que isso diminui o custo da indicação e eles estão se animando com isso. O sindicato, inclusive, está nos ajudando, indicando quem trabalha, quem não trabalha. Nunca vi isso antes e isso é importante para a gestão. Vamos fazer um recadastramento do servidor. Vamos tentar baixar entre 10 e 15 por cento a folha, com o enxugamento destes excessos. Só de horas extras a Prefeitura paga uns 500 mil reais por mês. Tem servidor que ganha dois mil reais e quando computa as horas extras chega a seis mil reais. Então a gente tem que reavaliar isso. A mesma coisa é com a quantidade de aluguéis. Vamos visitar estes espaços e avaliar cada um deles sem contar se é de A ou B.
Jabes é um cara que eu não tenho dificuldade nenhuma. Me trata bem, é sempre solícito.
O senhor já foi vice. E sabe das limitações nas ações do vice em um governo. Que papel José Nazal terá na sua gestão?
A que eu não tive quando fui vice de Newton Lima. A valorização do José Nazal é de extrema importância. É um conhecedor da cidade. É um grande aconselhador meu. Ele tem me dito: olha, Mário. Eu quero lhe fazer um grande prefeito da cidade! Eu acredito nisso.
O senhor acha que economiza dinheiro na medida em que economiza nomeações de secretários? Por que não anunciar logo todos e viabilizar a cidade em todos os setores?
Maramata: um exemplo. Eu estive na Fundação do Mar e da Mata. Só encontrei mato. Perguntei o que foi feito ali em quatro anos, ninguém me respondeu. Então é preciso avaliar algumas coisas, estes custos. Temos que pontuar porque uma economia de 40, 50 mil reais numa cidade como Ilhéus faz diferença. Nesse enxugamento aí, agreguei algumas secretarias. Em outras secretarias, indiquei um servidor da própria pasta para que ele elabore um diagnóstico para me dizer se vale a pena seguir...
Pode decidir pelo fim de alguns projetos, programas?
Ou unificar.
O que o senhor pretende manter de ações da atual administração e o que o senhor, logo no primeiro dia vai dizer, pára aqui, cancela isso imediatamente?
Não começarei com o inchaço da máquina. Não dá para suportar essa grande quantidade de pessoas na administração pública. Nós temos que diminuir custos com indicações.
O que acha que fica de positivo desta administração?
A lembrança do prefeito Jabes. A história dele. A história de quem contribuiu com a cidade.
Não esperava esse elogio desta forma.
Jabes é um cara que eu não tenho dificuldade nenhuma. Me trata bem, é sempre solícito.
Hoje quando o senhor tenta fechar a conta dos votos deve ser muito difícil né. A conta não fecha. Parece que todo mundo votou no senhor e os pedidos devem ser muitos, gente pedindo ajuda, emprego. Qual o sentimento de andar nas ruas depois de eleito e até mesmo antes de assumir a função?
(risos) De equilíbrio. E saber dizer que a Prefeitura não pode ser o maior empregador da cidade. A função dela é buscar empreendimentos que gerem empregos, oportunidades. E já estamos trabalhando com algumas possibilidades de implantação de negócios para fevereiro em diante...
Já existem conversas?
Já existem sim.
Quais setores?
Comércio, supermercado, turismo e habitação.
Muitas vezes tudo, todos os problemas caem nos braços do gestor municipal. Até mesmo o que, na teoria, não lhe pertencem É muita coisa para poucas condições práticas de resolvê-las. É cultural isso...
... Vamos trabalhar muito para que o cidadão comum ajude a cidade, a administração pública. Por que um cidadão não pode pegar uma criança na creche para um final de semana? Por que um médico não pode fazer um mutirão no interior, zona rural, por conta própria?...
Maramata: um exemplo. Eu estive na fundação do Mar e da Mata. Só encontrei mato. Perguntei o que foi feito ali em quatro anos, ninguém me respondeu. Então é preciso avaliar algumas coisas, estes custos. Temos que pontuar porque uma economia de 40, 50 mil reais numa cidade como Ilhéus faz diferença.
... Porque a leitura do cidadão é simples, prefeito. Ele paga muito imposto. Precisa continuar dando mais sem ter retorno em serviços públicos?
Mas precisamos mudar este pensamento. O governo precisa de parceiros. Todo mundo ajudando a cidade, tudo se torna bem melhor.
Em Itabuna, o prefeito Claudevane Leite optou por uma gestão onde mesclou política e religião e ao que parece não foi bem sucedido. O senhor vem de uma família evangélica, nomeou alguns secretários evangélicos e anunciou sua equipe em um show gospel. Que papel a religião e, mais especificamente os evangélicos, terá na sua gestão?
Minha mãe é evangélica, todos sabem. Mas meu pai é católico de carteirinha. Não há preferências. Não há esta relação direta nas escolhas que faço. O que quero é que todos trabalhem pela cidade. Digo todos os dias: o secretário, mesmo com salário defasado, ele não pode fazer bico na prefeitura. Eles serão permanentemente avaliados e quem vai decidir se permanece no cargo será ele próprio, por seu desempenho e dedicação.
Mas por que anunciar um equipe política em um evento gospel?
Coincidência. Poderia ser qualquer evento. O que eu queria mostrar que o governo é para o povo.
Não foi cuidadosamente escolhido para ser algo espetaculoso?
Não. Aproveitei que tinha essa agenda eu quis fazer em praça pública. E não tinha só evangélicos. Foi um show de atração nacional que reuniu diversos segmentos da sociedade. Quis fazer em praça pública para mostrar que estaremos em contato com a população. Secretário meu, dentro de gabinete é só para despachar. Mas ele terá que estar visitando a cidade, conhecendo de perto os problemas. Eu mesmo vou chegar de surpresa em todos os setores. Não vou dizer que vou. Mas vou visitar posto, escola, obras... Tudo de surpresa. Nem secretário vai saber. O povo gosta disso.
O senhor escolheu uma médica sócia em diversas clinicas particulares para gerir a saúde pública. Não há um contrassenso nisso? Os riscos de não dar certo não se tornam maiores?
(risos). Ela é uma gestora. A Luciene Moura vai ter uma equipe de pessoas competentes ao lado dela. Como eu tinha um compromisso com os colegas que nos apoiaram com muita força e para que a gente possa ter essa boa relação com os colegas, então a Luciene, dentro da perspectiva que tivemos, foi a escolhida, a que teve a maior aceitação na classe médica. Ela foi gestora do Hospital Regional, tem um currículo invejável, é “dura”, austera, um perfil que preciso para a saúde. E todo mundo sabe: o prefeito sou eu. Ela pode ser dona de algumas coisas, como eu também sou, sou dono de clínica há muitos anos, isso não significa que vá estar agradando a minha parte, privilegiando alguém. Terá todo o meu apoio, se prestar um serviço de qualidade. Desde quando setores da saúde, que ela seja sócia ou não, atendam bem a população, isso é que importa. Todos os serviços, independentemente de quem seja dono, também serão avaliados.
E sobre o aumento do salário do prefeito, vice e secretários. O senhor já tomou uma decisão?
Vou estar com Jabes amanhã (quinta). É constitucional. Cabe a nós aceitar ou não aceitar. Provavelmente nestes primeiros 100 dias nós não iremos acatar. Depois a gente vê. Por que não posso também ficar quatro anos com secretário ganhando sete mil reais. Vou terminar ficando sem ninguém no governo. Eu não sei por que este tema resultou em tanto debate, tanta conversa. Em todo lugar ele está acontecendo.
O senhor também repete diversos nomes de secretários de governos que terminaram ou foram interrompidos com impopularidade extrema. E isso tem um peso na avaliação da sociedade: por que o senhor apostou nestes nomes?
Tenho dito a eles. Vocês terão que atender a meu comando. São todos muito preparados. Mas o prefeito tem que fica em cima, cobrando. O prefeito é o maestro. Todos são meus amigos, mas se não estiver funcionando, sai. O meu maior amigo neste projeto é o povo de Ilhéus. Onde erraram vamos corrigir. Onde acertaram vamos voltar a fazer, vamos melhorar.
Nos primeiros dias vamos atuar nos locais mais movimentados para atender a cidade e aos turistas, os acessos. Vamos fazer um faxinaço. Limpar, iluminar, tapar buraco. É o que a gente vai poder fazer.
Na sua equipe de secretários o senhor já confirmou a presença de um tio e da sua esposa. O que já caracteriza ingredientes de nepotismo. O senhor não acha isso?
De forma alguma. Preparada. Se eu não acreditar na minha esposa, vou acreditar em quem? Só se o Ministério Público se manifestar. Os secretários não são secretários de Mário Alexandre. São secretários do município. Inclusive o Fernando Gomes não ia nomear a esposa. Depois que teve um encontro neste final de semana comigo, decidiu nomear. Por que a primeira dama tem que trabalhar. Em muitos lugares a primeira dama do governador é presidente das Voluntárias Sociais, né isso?
E seu tio?No caso de Sérgio, ele é irmão da minha mãe. Ele não é nomeado ainda.
Está na lista divulgada pelo senhor. Vai ocupar uma secretaria a ser criada. A de Governo.
Ah, secretário. Provavelmente. Na reforma administrativa (quando será criada esta pasta) e que nós vamos fazer a avaliação.
Vamos instalar o centro administrativo da Saúde (onde hoje funciona o Hospital Regional). Vamos tirar o número excessivo de aluguéis de sede de secretaria de Saúde, Samu e outros setores.
A primeira dama que será secretária, vai receber salário de secretária?
Claro. Ela vai trabalhar, pô.
Podia trabalhar de graça, como voluntária.
Ai você me quebra.
O senhor veiculou nota pública dizendo que vai rever as últimas medidas adotadas pelo atual governo podendo, inclusive, cancelar algumas delas. O atual prefeito também emitiu uma nota dizendo que todas as medidas adotadas eram do conhecimento e com o consentimento da sua equipe de transição. Quem é que está jogando pra torcida?
Na verdade, o que colocamos foi para alguns setores da imprensa. Jabes até me ligou e eu conversei com ele. Não foi falando das medidas do governo. E, sim, dando opinião que foi cobrada por alguns setores da imprensa. Até 31 de dezembro o governo é de Jabes. Se ele quiser publicar uma medida dia 31, ele pode, ele ainda será o prefeito. Dia primeiro, depois do feriado, vamos avaliar. O que é bom vamos manter e melhorar. O que é ruim a gente vai fazer reestruturações necessárias sim.
O que o meu partido definir serei soldado para que a gente ou reeleja o governador ou opte pelo melhor candidato para as eleições de 2018. Eu sou grupo, eu estou aqui. Então o que o partido me orientar e me dizer eu vou seguir.
E os vereadores, geralmente vistos como agentes que negociam em alta voltagem cargos públicos para dar apoio em troca?
Tenho conversado com todos. As indicações, eles podem fazer. Mas nós faremos a avaliação se a pessoa estará preparada para a função. Não basta ser uma indicação do vereador tal. Se não estiver dando resultados, eu mudo.
A Prefeitura não pode ir para o bairro e bem na frente dela ter escuridão, lixo... Onde a Prefeitura vai, tem que levar benfeitorias.
E a reação deles a este modelo?
Todo mundo tá entendendo. Me dou bem com todos eles.
Mas é a primeira vez que o senhor lida com eles como prefeito eleito...
... Mas a gente vai conduzir bem. Agora: eles sabendo que estamos ajustando a estrutura. Não posso abrir demais.
Na linha de raciocínio do desenvolvimento regional, a deputada é protagonista na Assembléia Legislativa. E nós vamos estar juntos, sendo protagonista da cidade de Ilhéus.
O senhor tem medo, receio das críticas?
Já tomei tanta porrada... Isso não me abala. Falo isso quando a crítica é construtiva, quando vejo que tem baixaria, aí já não interessa para a nossa discussão.
O que a população de Ilhéus pode esperar dom senhor a partir da próxima semana, sentado na cadeira mais poderosa da cidade?
Sou um filho de Ilhéus, trabalhador, que quer fazer a diferença, começar uma reconstrução, levantar o novo momento da cidade trabalhando para os mais necessitados. Pensando no futuro de Ilhéus. Não sou Salvador da Pátria mas o momento que vivo é de muito otimismo.
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