Pronunciamento da professora e socióloga Flávia Alessandra de Souza,
coordenadora do Comitê Mulheres, da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).
Na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Ilhéus, o Dia da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha foi celebrado com um pronunciamento da professora e socióloga Flávia Alessandra de Souza, coordenadora do Comitê Mulheres, da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). O convite para a explanação foi feito à professora pelo vereador Makrisi Sá.
Em seu discurso a Doutora em Sociologia relatou as circunstâncias para a criação da data, comemorada em 25 de julho. A data foi estabelecida durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana, no ano de 1992 e é um marco internacional da luta e da resistência da mulher negra.
A professora mostrou de forma sintética o panorama histórico que por anos violou e violentou as mulheres negras. Alessandra chamou atenção para o fato de ser necessária a manutenção de políticas afirmativas para mulheres negras que sofrem com o racismo institucional, violência doméstica, feminicídio, menos oportunidade na educação, salários inferiores aos praticados no mercado de trabalho, entre outros. A professora também lembrou que no Brasil, a data também homenageia Tereza de Benguela, importante líder quilombola no século 18.
O vereador Makrisi Sá utilizou o grande expediente da Casa Legislativa para apresentar dados sobre violência contra a mulher divulgados pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM). Segundo os dados de 2018, Ilhéus registrou 59 estupros, 399 agressões físicas, um feminicídio, 21 casos de assédio sexual e 21 de exploração sexual. “As mulheres são diariamente vítimas de violências diversas”, afirmou Makrisi.
Ainda de acordo com o vereador, “Ilhéus conta hoje com a Frente Parlamentar Municipal em Defesa de Políticas Públicas para as Mulheres e Pelo Enfrentamento à Violência Doméstica, cujo objetivo é ser um espaço de debate constante e permanente, onde as mulheres possam elevar suas pautas a níveis mais práticos”
Ascom da Câmara
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