Ainda é cedo para saber se o uso de R$ 73 bilhões, de um fundo de emergência, para cobrir os considerados crimes das pedaladas, não é mais uma pedalada; não dá para saber se o governo não está mais uma vez usando artifícios contábeis, novas formas de contabilidade criativa, a mãe das pedaladas. Mas desde já, sabe-se que esta ultima semana de 2015 ficará marcada por duas notícias:
Primeira, filas em hospitais, microcefalia espalhada, sofrimentos e mortes precoces por falta de atendimento médico, porque os Estados não têm dinheiro para fazer o necessário;
e Segunda, para escapar da acusação de crime fiscal, caracterizado como pedaladas, o governo usa surpreendentemente a astronômica soma de quase R$ 73 bilhões de um fundo de emergência para cobrir o deficit que tinha com bancos estatais, parte deste valor para financiar juros subsidiados a empresários, alguns falidos e envolvidos em escândalos da Lava Jato por amizade com autoridades do governo.
Ainda é cedo para saber as consequências técnicas, financeiras e fiscais, desta ginástica fiscal, mas já é possível fazer a análise moral que no futuro marcará estas notícias do final de 2015: é indecente um governo usar um fundo de emergência para cobrir o que poderia ser considerado crime fiscal que ameaça o mandato da presidente, e não ter usado este fundo para salvar vidas, assistindo imóvel ao mais absoluto caos tomar conta dos hospitais do Rio de Janeiro e outros Estados.
Para esconder um crime fiscal, o governo cometeu crime contra a humanidade, ao deixar pessoas sofrendo e morrendo em filas, dispondo do dinheiro necessário para ser usado com a simples assinatura da presidente em uma Medida Provisória. Como justificar uso de dinheiro para esconder erros/crime que ameaçam o impeachment do mandato e não usá-lo para enfrentar o caos na saúde pública que ameaça e vítima a vida humana.
Postado na pagina do Senador da República Cristovam Buarque https://www.facebook.com/Cristovam.Buarque/?fref=nf
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