sábado, 30 de janeiro de 2016

É PRECISO LEVAR FLORES AO TÚMULO DE JOÃO

Abaixo lê-se fragmentos de revoltas, repúdio e indignação de varios setores sociais diante da ultima censura posta a uma poesia publicada em um outdoor.



Maria não amava João
E hoje já não pode amar sequer seus sapatos.
Será que o sapato dele era PM ou g?
Quantos tiros para responder?
Quantas algemas para conter?
Quanta censura ao amor,
Que usou da LIBERDADE para relatar
Com lirismo um cotidiano de calibres
Que dilacera corações de tamanho PM e g.
Coração que sangra e revela a incoerência
De quem atira segundo o seu dever, e
Veste farda tamanho PM ou g?
Recebe um salário que não empodera
Viram vigia de mercados e da vida alheia
Tentam matar até quem já morreu
E elevam nossa CONSCIÊNCIA num tamanho PM e g.
Vemos que as atrocidades cotidianas se repetem hoje nas ruas
Que no uso da autoridade matam, ferem e censuram a poesia nua,
Esclareçam-me, por favor, os senhores de poder
Tem medo de outdoor do tamanho PM ou g?
Perseguem hoje o lirismo real de uma poesia
Que farão com os negros todos no dia a dia?
Isso não me tira a coragem de reafirmar:
Não nego a negra que sou
Porque tudo que sou
Está à flor da pele
Sou negra sim
Negra sou. TeLma Sá





Não bastou ferir nossa pele, querem tirar nosso lirismo de contar nossa história, chega "Mas mesmo assim Ainda guardo o direito
De algum antepassado da cor
Brigar sutilmente por respeito
Brigar bravamente por respeito
Brigar por justiça e por respeito
De algum antepassado da cor
Brigar, brigar, brigar



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