domingo, 8 de fevereiro de 2009

Lalau, Josias, Jader, Renan, Marcos, Roberto, Edmar e outras figurinhas.

Ter a capacidade de reconhecer os próprios erros e falhas está ligado à história de vida da pessoa, à cunhagem de caráter que lhe dá a consciência para discernir o certo do errado. Quem “nasce, por exemplo, em um país onde a monogamia é lei e o homem “pula a cerca”, “Afoga o ganso”, Molha o biscoito”, “Dá umazinha na rua”, sua consciência vai culpá-lo, o reconheça ou não o erro. Já quem nasce num país onde a poligamia é tolerada não é errado um homem ter duas ou mais mulheres para satisfazê-lo sexualmente. Logo, absorvemos os valores e as regras de onde vivemos.
Há quem ignore, obviamente, os valores e regras do ambiente, pratique erros e não os reconheça. É o caso de alguns políticos e autoridades. Todos se lembram do ex-juiz Lalau que desviou uma fortuna do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo, mas, apesar de ser sentenciado, nunca admitiu tal desvio; O primeiro processo de cassação do ex-prefeito de Ilhéus, Valderico, foi uma verdadeira palhaçada. “Houve marmelada” -, afirmou na época a vereadora Carmelita Ângela. Aqueles vereadores que pegaram o “mensalinho” pelo voto, até hoje nunca admitiram tal propina; Documentos apócrifos dizem que as “malas-preta” de Marcos Valério fizeram escala em Ilhéus. Niguém do PT ilheense nunca admitiu. Mesmo assim sobrou somente para Josias. Josias foi cassado e continua negando a bagatela dos 50 mil reais sacados na boca do caixa, em Brasília; Jader Barbalho, ex-presidente da Câmara fez esquema ilícito pesado com o Banco do Estado do Pará. Foi cassado e até hoje se julga inocente; Renan Calheiros, ex-presidente do Senado Federal, depois de muita mentira, sonegação fiscal e uso de laranjas, renunciou à presidência da casa. Só não foi cassado, devido uma manobra orquestrada pelo próprio executivo federal. O santinho do Renan continua no cenário nacional como braço forte do atual presidente, José Sarney; O atual corregedor da Câmara Federal, deputado Edmar Moreira, é outro mau-exemplo do cenário político. Se utilizando de testa-de-ferro é detentor de um mega castelo, avaliado em R$ 30 milhões. Situação que retrata muito bem os políticos do Brasil, da Bahia e, também de alguns ilheenses, já ricaços - frutos da política local.
Estes se enquadram naquelas pessoas que criam um padrão de comportamento de acordo com o interesse delas. O mesmo acontece com os gestores irresponsáveis que promovem licitações fraudulentas. O Brasil está cheio desses gestores ladrões. O esquema é pesado!
Sabemos até que ninguém gosta de errar, mas a carne é fraca, e ai mete os pés pelas mãos. Sim, existem as leis e regras. E ai?
Nossos políticos parecem peixes-exceções no mar de lama chamado vida pública, pois não conseguem discernir o certo do errado. A maioria simplesmente não tem consciência.

Elias Reis

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