por Diego Barbosa |
O Goiás garantiu o acesso para a Primeira Divisão. O nosso Vitória, o
Cricri, o Atlético Paranaense e o São Caetano brigam pelas últimas três
vagas. O ECV, mais uma vez, “levantou defunto” ao perder para o
rebaixável Guaratinguetá, assim como tinha occorrido na derrota para o
Bragantino.
A vitória diante do América Mineiro, com uma boa atuação (fora o
susto ao deixar o time mineiro encostar no placar), na estreia do
técnico PC Gusmão, me fez acreditar que tudo estaria tranquilo, que
ganharíamos do Guaratinguetá, conseguiríamos o acesso logo e brigaríamos
pelo título até o final. Gusmão deu novo ânimo aos jogadores (incrível
como entrar para a história do Clube não era suficiente para animar o
time), soube ser duro e assumiu o comando de fato, sem se indispor com a
boleirada. A resposta foi imediata e o time conseguiu a vitória,
jogando com uma postura mais próxima da necessária e cobrada pela
torcida. A decisão de concentrar o elenco no interior de São Paulo foi
acertada pois afasta os barqueiros da farra e deixa o time junto,
trabalhando forte e descansando no horário, focado (pelo menos é o que
se espera) nos objetivos.
Infelizmente, o time deu mole novamente, perdeu para um adversário
bem mais fraco e adiou a subida para as próximas rodadas. O problema é
que todos os resultados dos concorrentes foram desfavoráveis, o ECV caiu
para quarto e o São Caetano encostou perigosamente. Pela primeira vez
no campeonato, a ameaça de não subir é real, apesar de o Vitória
depender somente dele ainda. Para nossa sorte, os times que estão na
briga jogam entre si, em alguns confrontos diretos.
Em relação ao jogo contra o Guaratinguetá, tomamos o gol logo no
início do jogo, numa falha de Victor Ramos que deixou o atacante
cabecear, e não reagirmos no primeiro tempo. Até empatamos o jogo, mas o
bandeira incompetente marcou um impedimento absurdo (Élton estava uns
dois metros atrás). No segundo tempo, o Vitória permanaceu praticamente
todo o tempo no campo de ataque, mas não conseguiu colocar a bola pra
dentro, entre gols perdidos e boas defesas do goleiro adversário. O ECV
foi um time capenga, só jogava pelo lado direito com Nino, e os
atacantes tiveram pouca participação no jogo. Apesar de vários
escanteios e faltas a nosso favor, nehuma jogada dessas foi aproveitada e
transformada em gol. Contratar um jogador que seja perigoso em bola
parada, que bata com capricho, tem que ser prioridade para o ano que
vem.
Mas ainda estamos em 2012 e precisamos subir para que 2013 seja um
ano melhor, na elite do futebol brasileiro. Um empate hoje seria
considerável (bom mesmo seria a vitória) pois nos deixaria com três
pontos a mais do que o São Caetano, o que facilitaria mais. É incrível
como o Vitória deixou a situação chegar nesse ponto. Lembro que o ECV
chegou a ter 13 pontos de vantagem em relação ao quinto colocado, nessa
Série B. De time que mais pontuou, num primeiro turno, na história da
Segunda Divisão, para uma equipe inconstante no returno, sem conseguir
vencer fora de casa (foi a que mais venceu fora, no turno), jogando mal e
de forma displicente e, pra piorar, perdendo jogos de confronto direto
em casa. A queda de rendimento foi vertiginosa e vergonhosa. Dá até
raiva de falar sobre isso…
Toda vez que o Vitória trocou de treinador, venceu o jogo da estreia
do novo comandante. Será que vão precisar demitir PC Gusmão para o time
vencer o Joinville? Se a solução é essa, demite logo. Vencendo o próximo
jogo, demite o técnico substituto de PC e contrata outro pra ganhar do
Ceará. Dessa forma, confirmaremos a subida. Tirando a ironia, parece que
a única coisa que motiva esses jogadores é a troca de técnico.
Derrubaram Carpegiani, ganharam a primeira com o “Papai” Ricardo e
depois relaxaram tanto que deram férias forçadas para o “pau pra toda
obra”. Gusmão chegou, os jogadores se esforçaram em campo, e o triunfo
veio. Agora, apesar da derrota, é PC que vai até o final da Série B, e
como bom técnico que é, tem que levar o Vitória para Série A com esse
elenco que está aí. Que ele possa identificar os jogadores que queiram
jogar, que têm condições físicas, técnicas e psicológicas de estarem em
campo e que não amarelem nesses dois últimos jogos.
Uma vaga já foi preenchida: faltam três. Se o meu pensamento, a minha
torcida e a minha cobrança aqui no blog eram para o Vitória subir
campeão, hoje, diante das circunstâncias, me contentarei e ficarei
satisfeito com o acesso. Subir, para a maioria dos times do campeonato,
seria muito. Para a torcida do Vitória será o mínimo que esses caras têm
que fazer.
Vumbora Vitória!
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