Por Roberto Corsário
A reforma política no Brasil já ecoa
como um só grito da sociedade, porém aos olhos da mídia, essa finge não vê, segundo
dados de seguimentos organizados e movimentos sociais, cerca de mais de sete
milhões de pessoas assinaram o plebiscito popular por uma Constituinte
Exclusiva Soberana do Sistema Político organizado por centenas de lideranças dos
movimentos sociais e sindicais na ultima grande manifestação reverenciada como
a “Jornada de Junho”, onde em vários pontos do país foram distribuídas urnas
para que o povo votasse por uma convocação da constituinte, que teve 6,95 milhões de pessoas que votaram nessas
urnas e 1,74 milhões votaram on line via internet, desse quantitativo 97,05%
foram a favor da convocação da constituinte, dados apontam que cerca de 100 mil
pessoas foram envolvidas nessa mobilização, que alocaram e coletaram
assinaturas ao projeto de lei de iniciativa popular que promove a reforma
política e proíbe o financiamento privado de campanha.
Esse movimento massivo das
manifestações de junho ecoou no clamor das forças progressivas e do povo, contrario
se viu o silencio eloquente dos grandes meios de comunicação, controlados por
minoria da burguesia tradicionalista, emudeceu-se, essa conduta reflete como
bem disse Umberto Martins, a conspiração silenciosa da classe dominante contra
a demanda popular por democratização do sistema político e eleitoral do país,
portanto muito nos diz sobre a natureza do seu caráter ideológico, explicito
fica, eles não partilham do pensamento da ampla crescente unidade na sociedade
sobre a necessidade de uma reforma política democrática no Brasil.
Reina no meio desses manifestantes a
consciência de que uma reforma política democrática é pré-condição para as
mudanças mais profundas que a nação demanda e uma das questões principais, neste
caso, embora não única, é o financiamento privado das campanhas políticas,
realizado principalmente por grandes capitalistas, que sempre foram e serão
movidos por interesses econômicos e ideológicos geralmente opostos aos do povo
brasileiro. É por este meio que se consolida a subordinação do poder político
ao poder econômico. (Texto aproveitado de matéria publicada no
http://vermelho.org.br/coluna. por Umberto Martins.)
Eis alguns pontos cruciais de uma
das mais duras batalhas política travada no congresso nacional e senado
federal, a Reforma Política, como a nomenclatura diz “mudar as regras do jogo”,
mudanças nesse momento midiático, vivido pela sociedade, podem trazer aos seus
envolvidos pela obra, problemas de ordem, que não pela ordem conhecida, más
pela ordem desconhecida face os holofotes que ampliaram os raios de alcance.
Brasília caracteriza-se pela quebra
de braço, dum lado os que defendem uma reforma sem muitas alterações,
fundamentais ao jogo de interesse do capitalismo e do poder, do outros aqueles
que defendem mudanças brandas, que não se distanciam muito da anterior, mais
que contempla simpatia aos que clamam pelas mudanças, pelo visto os lados não
se dividem, apenas submetem-se aos louros burgueses, infligindo sempre direitos
e anseios dos proletariados condicionando-lhe sempre a submissão capitalista.
O financiamento do poder privado por
grande parte da composição do congresso nacional, senado, câmaras legislativas
e majoritárias, nos leva a crer que a principal fonte da corrupção política
esteja atrelada a cooptação de recursos.
O que se discute em Brasília; o
sistema de votação majoritário para o legislativo, denominado como DISTRITÃO, nesse
sistema leva-se em conta todos aqueles votados deputados federais deputados estaduais,
senadores e vereadores, eleitos por mais votos individualmente, sem levar em
conta a agremiação partidária a que pertencem. Ideia essa defendida pelo Vice
Presidente da Republica, também presidente do PMDB, Michel Temer.
Em
contra partida vem sendo defendido o sistema distrital misto, pelo Deputado
Federal Marcelo Castro, que consiste em que os estados são divididos em regiões
e os eleitores dão voto no candidato e na legenda, dessa forma é chamada de
lista aberta, onde a ordem dos candidatos dentro da lista depende do numero de
votos pessoais que eles receberam. assim, ao se dirigir á urna, o eleitor
manifesta duas preferências: uma por um partido ou coligação e outra por um
candidato especifico. O deputado Marcelo Castro do (PMDB) que também é relator da
reforma política na câmara , faz restrições quanto ao sistema Distritão, referenciando
que o mesmo sistema é adotado atualmente em países sem longa tradição em
democracia, citando Jordânia, Afeganistão e a pequena ilha do pacifico, Vanuatu
como exemplo, defendendo que para o Brasil o mais indicado seria o sistema
distrital misto, ou seja os estados são divididos em regiões e os eleitores de
cada distrito dão dois votos: no candidato e na legenda. Conforme o deputado
relator, "Este é o sistema que tem o apoio e aceitação maior dos
cientistas políticos, estudiosos do assunto: o sistema distrital misto, modelo
alemão, que foi o primeiro país do mundo a utilizar o sistema misto. Metade dos
parlamentares é eleito por distrito e metade são eleitos através dos partidos,
pelas listas preordenadas”.
Já o professor de ciência política da
UFRJ, Jairo Nicolau, explica que o Distritão é mais fácil para o eleitor
entender como os candidatos são eleitos, mas, segundo afirma, o sistema tem defeitos.
"O maior problema do Distritão é o papel que os partidos passam a ter.
Atualmente, sabemos que os partidos não estão assim tão bem no Brasil, existem
várias críticas, muita insatisfação com a atuação dos partidos. Mas os partidos
são organizações fundamentais na democracia moderna. Não é possível pensar uma
sociedade, uma democracia moderna sem partidos, e o Distritão, como ele já não
soma os votos dos partidos, ele vai fazer com que as campanhas sejam muito
personalizadas, muito mais do que hoje, porque, na verdade, todos os candidatos
vão concorrer entre si. Não tem voto de legenda, não tem a ideia de que o
mandato pertence ao partido, porque o candidato vai ter os votos dele",
argumenta. O cientista político destacou
que o Distritão era adotado no século XIX. Conforme avalia Jairo Nicolau, o
sistema é tão pouco convincente que desapareceu, após o surgimento dos partidos
na democracia tradicional.
Outra
questão é a clausula de barreira, também não consegue consenso entre os
partidos em Brasília, essa proposta busca impedir ou restringir o funcionamento
parlamentar do partido que não alcançar determinado percentual de votos, ou
seja, sobre a proposta em debate na comissão especial da reforma política que
prevê a criação de uma cláusula de desempenho para as legendas nas eleições.
Pela medida em análise, as siglas deverão alcançar um número mínimo de votos
para ter direito a representação no Congresso Nacional, discordando o presidente
do PRB, Marcos Pereira disse que não é sufocando os partidos pequenos que vai
se resolver os apelos de ruas, ressaltando inclusive que o Supremo Tribunal
Federal já decidiu que a cláusula é inconstitucional (texto extraído de publicação
da Agencia da Câmara)
Referindo-se aos partidos Sidnéia
Bento Duque fez um comentário sobre os mesmos, à democracia se fortalecem
com partidos, as pessoas passam e os partidos ficam. A população tem que
conhecer as ideias defendidas por aquela legenda. Não precisamos de salvadores
da pátria, mas de projeto programático de governo.
Grito do cidadão foi ouvido, em seu
sonoro tom, aguarda-se um feedback político,
um restarte plural democrático sem senectudes de agir, a jornada de junho é
jovial, interne tica em sua compreensão sociológica de agir e organizar, não paira
duvida que, se não for a contento do vassalo, este volta a gritar, tão alto
quanto seu topete.
Referencias: (Agencia da Câmara, http://vermelho.org.br/coluna. por Umberto Martins)
Referencias: (Agencia da Câmara, http://vermelho.org.br/coluna. por Umberto Martins)
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