terça-feira, 28 de abril de 2015

Uso de eletrônicos antes de dormir pode causar doenças, dizem especialistas

Uso de eletrônicos antes de dormir pode causar doenças, dizem especialistas
A crescente importância da tecnologia pessoal, com smartphones, tablets e computadores de telas luminosas e hiperconectadas, vem impactando o sono das pessoas. As consequências disso, afirmam especialistas, são claras: a curto prazo, menos horas e pior qualidade de sono, cansaço, problemas de memória; já a longo prazo, propensão a problemas cardíacos e diversas outras doenças. "Passamos o dia todo trabalhando, envolvidos em mil coisas. Ao pararmos para descansar, normalmente na hora de dormir, é quando temos tempo para verificar o que está acontecendo no mundo" afirma uma professora paulista que se identifica com a situação. Uma pesquisa realizada em 2013 pela Fundação Nacional do Sono dos EUA com 1.500 adultos selecionados no país, no Canadá, no México, no Reino Unido, na Alemanha e no Japão indica que mais da metade dos americanos, canadenses e ingleses, e pelo menos dois terços dos japoneses, usam algum tipo de dispositivo eletrônico ao menos uma hora antes de ir para a cama.
 
Por conta disso, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA classifica a insuficiência de sono como uma epidemia de saúde pública desde 2011. E o problema não é apenas comportamental. Conforme explica Rosa Hasan, neurologista da Associação Brasileira do Sono (ABS), smartphones, tablets e computadores têm um impacto fisiológico real em nosso organismo. "Ao manterem esses dispositivos perto da cama, as pessoas simplesmente não conseguem relaxar, por causa das notificações. Mas há um fator fisiológico também: a luz desses aparelhos inibe a produção de melatonina pelo nosso corpo, um hormônio que nos ajuda a regular o sono", conta. Em paralelo a essa constatação, pesquisadores investigam há muito se a exposição prolongada à radiação emitida por celulares poderia aumentar as chances de câncer em usuários — algo que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), ainda não foi cientificamente comprovado. 
 

 
Neurologista do Instituto do Sono, em São Paulo, Luciano Ribeiro reconhece a dificuldade de conscientizar as pessoas, principalmente os mais jovens, sobre os problemas de uma rotina de sono de menos de seis horas por noite, já que muitos não sentem os problemas a curto prazo desse hábito. No entanto, ele alerta que as pessoas devem ter em mente as possíveis consequências futuras desse hábito. "Diversos estudos mostram que as pessoas que sofrem uma privação crônica de sono acabam sofrendo maior incidência de problemas cardiovasculares, envelhecimento precoce e doenças mentais. Em alguns casos, esses problemas começam a aparecer apenas dez anos depois do início dessa rotina de sono reduzido", destaca.
 
Por isso, Ribeiro recomenda autocontrole na hora de ir para cama: aparelhos eletrônicos devem ficar desligados ou longe do quarto para evitar interrupções. Ele ainda alerta que que de nada adianta dormir pouco todos os dias e tentar tirar o atraso nos finais de semana. "A cama deve ser um espaço de descanso, sem que as pessoas levem trabalho ou aparelhos para ele, pois, se o fizerem, estarão sinalizando para o corpo que, ao deitar, ele não deve relaxar. Além disso, é importante ter um horário regular para deitar e levantar, aliado à prática de exercícios. Dormir mais no final de semana para compensar o tempo perdido nos outros dias não é jeito de combater a privação crônica do sono", informa.

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Fonte: Holofote

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