Os líderes partidários reúnem-se nesta terça-feira (18), às 14h30, no gabinete da presidência da Câmara dos Deputados para discutir a pauta da semana.
Reprodução/TV Câmara
Cunha: esse tema não causa prejuízo. Em primeiro lugar, o dinheiro não é do governo e, sim, dos trabalhadores. Em segundo lugar, são saldos de novos depósitos a partir de 2016.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirmou nesta segunda-feira (17) que trabalhará para que o Plenário vote, nesta terça-feira (18), o projeto que reajusta os saldos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pelos índices da poupança.
A proposta (PL 1358/15), de autoria dos deputados Paulo Pereira da Silva (SD-SP), Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e Mendonça Filho (DEM-PE), prevê a mudança a partir de 1º de janeiro de 2016. “Esse tema não causa prejuízo nenhum. Em primeiro lugar, o dinheiro não é do governo e, sim, dos trabalhadores. Em segundo lugar, são saldos de novos depósitos a partir de 2016”, explicou Cunha ao ser questionado se a medida afetará as contas públicas e prejudicará o ajuste financeiro buscado pelo governo da presidente Dilma Rousseff.
Segundo Cunha, esse item não faz parte da chamada “pauta-bomba”, como são chamados projetos que geram gastos públicos. “Hoje há R$ 130 bi em caixa; o governo tem um patrimônio no Fundo de mais de R$ 80 bi, cuja aplicação garante o subsídio do programa Minha Casa Minha Vida. Não tem absolutamente nada de dinheiro público envolvido”, afirmou.
Cunha ainda fez críticas ao governo, afirmando que o dinheiro do FGTS é por direito dos trabalhadores. “Isso é mais uma tentativa de disfarçar a realidade do governo, que está controlando um fundo que não é dele”, disse.
PEC da Maioridade Penal
De acordo com Cunha, a prioridade da semana será a votação, em segundo turno, da Proposta de Emenda à Constituição da maioridade penal (PEC 171/93). O texto foi aprovado em primeiro turno no início de julho. “[Vamos] tentar votar o segundo turno da PEC da redução da maioridade penal. Esse é o objetivo da semana”, disse Cunha.
A proposta permite o julgamento de adolescentes infratores entre 16 e 18 anos por crimes hediondos – como estupro e latrocínio –, homicídio doloso ou lesão corporal seguida de morte. Pela proposta, jovens de 16 e 17 anos deverão cumprir a pena em estabelecimento separado dos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e dos maiores de 18 anos.
Os líderes partidários reúnem-se nesta terça-feira (18), às 14h30, no gabinete da presidência da Câmara dos Deputados para discutir a pauta da semana.
Manifestações “Fora Dilma”
Cunha evitou se aprofundar no tema das manifestações “Fora Dilma”, que levaram no domingo (16) milhares de brasileiros às ruas para protestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff.
“Eu tenho que preservar a institucionalidade do cargo e da minha posição. Então, prefiro não me expressar. Eu não estou no ambiente de militância política. Eu tenho que ter responsabilidade com aquilo que falo”.
ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
Reportagem - Thyago Marcel
Edição – Regina Céli Assumpção
Postado por Agencia da Câmara
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