quinta-feira, 10 de setembro de 2015

STF ABRE JANELA PARA DILMA VETAR DOAÇÃO DE EMPRESA

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, disse nesta quinta (10) que o STF deve aguardar decisão da presidente Dilma Rousseff sobre a validade do financiamento privado de campanhas políticas para encerrar o julgamento; na quarta (9), a Câmara retomou a doação de empresas a partidos, numa posição divergente da votação do Senado; o projeto seguiu então para sanção ou veto da presidente; na próxima semana, o Supremo retomará o julgamento; um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes interrompeu o julgamento por um ano e cinco meses, quando o placar era de seis votos a um pelo fim de doações de empresas a candidatos e partidos políticos; Dilma já se manifestou contra o financiamento empresarial; no início da semana, o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, pediu que a presidente vete o PL

Por André Richter - Repórter da Agência Brasil
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, disse hoje (10) que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve aguardar decisão da presidenta Dilma Rousseff sobre a validade do financiamento privado de campanhas políticas para encerrar o julgamento.
Ontem (9), a Câmara dos Deputados aprovou a doação de empresas a partidos, posição divergente da do Senado, e o projeto de lei seguiu para sanção ou veto da presidenta.
Na quarta-feira (16), o STF retomará o julgamento sobre proibição de doações de empresas privadas para campanhas políticas. Um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes interrompeu o julgamento em abril do ano passado, quando o placar era de seis votos a um pelo fim de doações de empresas a candidatos e partidos políticos.
De acordo com Toffoli, o Supremo deve aguardar a definição do quadro jurídico da questão para reavaliar o tema.
“Penso que o melhor é aguardar a sanção ou veto, porque isso foi aprovado no Congresso e vai à Presidência da República para analisar o quadro jurídico final. Tivemos bastante tempo para refletir sobre isso e não custa nada aguardar um pouco mais”, acrescentou o ministro.
Desde o pedido de vista, Gilmar Mendes foi criticado por entidades da sociedade civil e partidos políticos, que alegaram demora na devolução do processo para julgamento. Em março, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pediram brevidade na conclusão da votação.
O Supremo julga Ação Direta de Inconstitucionalidade da OAB contra doações de empresas privadas a candidatos e a partidos políticos. A entidade contesta os artigos da Lei dos Partidos Políticos e da Lei das Eleições, que autorizam as doações para campanhas políticas.
De acordo com a regra atual, as empresas podem doar até 2% do faturamento bruto obtido no ano anterior ao da eleição. Para pessoas físicas, a doação é limitada a 10% do rendimento bruto do ano anterior.
A maioria dos ministros acompanhou o voto do relator da ação, ministro Luiz Fux, mas o resultado não pode ser proclamado sem o voto de Gilmar Mendes. Segundo Fux, as únicas fontes legais de recursos dos partidos devem ser doações de pessoas físicas e repasses do Fundo Partidário.
O relator disse ainda que o Congresso Nacional terá 24 meses para aprovar uma lei criando normas uniformes para doações de pessoas físicas e para recursos próprios dos candidatos. Se, em 18 meses, a nova lei não for aprovada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá criar uma norma temporária.

 Postado por http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/196414/STF-abre-janela-para-Dilma-vetar-doa%C3%A7%C3%A3o-de-empresa.htm

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