nas escolas municipais e uma dirigente do Conselho de Alimentação Escolar (CAE) ironiza as declarações do secretário de educação, Sebastião Maciel.
Ele não conseguiu explicar como foram consumidos mais de R$ 230 mil em alimentos adquiridos para a merenda escolar entre 26 e 31 de dezembro.
Maciel disse que o ano letivo em Ilhéus teria sido encerrado no dia 6 de janeiro, e consumidos todos os alimentos comprados em dezembro e no início deste ano.
A presidente do Conselho de Alimentação Escolar (CAE) ilheense, Jaciara Silva, disse que “pouquíssimas escolas” encerraram o ano em janeiro. “Como iriam consumir a merenda em tão poucos dias? O valor foi exorbitante”.
Desde o final do ano passado e até o dia 23 de janeiro, a prefeitura comprou um total de R$ 660 mil em produtos para a merenda escolar para os 23 mil alunos da rede municipal.
Mesmo após a denúncia feita por Jaciara, na edição passada de A Região, a maioria das escolas continua sem merenda. São exemplos dessa situação as escolas municipais do Salobrinho e do Banco da Vitória (colégio Herval Soledade).
A estudante Valdeci Ferreira estuda à noite no Herval Soledade. “Desde que as aulas começaram, não tem merenda”, confirma. A situação não é exclusiva dos estudantes do noturno. “Não tem (merenda) em nenhum turno”.
Valdeci diz que nem mesmo a diretora sabe informar “quando a merenda chega”. As aulas em Ilhéus começaram no dia 16 de fevereiro.
Sem merenda
A presidente do CAE confirma que a grande maioria das escolas continua sem merenda. O conselho possui cópias das notas fiscais das compras e revela, por exemplo, que não foram pequenas. “São toneladas de produtos”.
Em nenhum momento a prefeitura explicou onde foram parar as compras de R$ 660 mil efetuadas entre 26 de dezembro e 23 de janeiro. Só entre 26 e 31 de dezembro, foram R$ 280 mil em quatro notas fiscais: R$ 78.130, R$ 81.607,80, R$ 41.063 e R$ 78.130.
Jaciara informou que a denúncia será investigada pelo Ministério Público Estadual. “O prefeito (Newton Lima) e o secretário (de educação) que se expliquem judicialmente”.
A presidente do conselho refutou as insinuações do secretário Sebastião Maciel, de que o órgão estaria fazendo “oposição” ao governo. “O que há é um conselho que fiscaliza e existe para denunciar os desmandos do governo”.
Também é notícia em A Região Ferrovia A Ferrovia Leste-Oeste, que vai ligar o futuro Porto Sul de Ilhéus a Tocantins, atravessando o oeste baiano, começa a se tornar realidade com o traçado, já entregue ao governador Jaques Wagner. As obras podem começar em agosto e ficar prontas em 2012. |
MPE pode investigar Newton por prejuízo
de R$ 2 milhões que teria sido causado aos cofres da prefeitura de Ilhéus, em uma transação que envolveu o Banco do Brasil, em setembro do ano passado.
O prefeito teria quebrado contrato ao transferir a conta da prefeitura do banco Itaú para o Banco do Brasil, instituição que ofereceu R$ 6 milhões para operar a conta da prefeitura.
O caso veio à tona através de denúncia feita pelo vereador Alisson Mendonça, em plenária na Câmara de Vereadores. Segundo o vereador, o contrato com o Itaú venceria em meados de março de 2009.
“Mas o prefeito não esperou pelo vencimento e, numa atitude apressada, causou um prejuízo de aproximadamente R$ 2 milhões em multa e quebra de contrato. Foi um gasto desnecessário, que deveria ser aplicado em recuperação de estradas ou construção de casas”.
Depois que a informação se tornou pública, Alisson conta que o Ministério Público encaminhou à prefeitura uma solicitação pedindo cópias de todos os documentos referentes ao contrato, incluindo prazos e valores.
O vereador explica que, se o MP decidir ajuizar uma ação contra o prefeito e a justiça acatar a denúncia, o prefeito será obrigado a devolver o dinheiro aos cofres públicos.
A folha de pagamento da prefeitura estava em poder do Bradesco. Em 2005, o ex-prefeito Valderico Reis a vendeu para o Itaú.
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