E por algumas razões simples: 1- Como ministro, Geddel tem até dezembro para definir se será ou não candidato (prazo concedido pelo presidente Lula aos seus auxiliares); 2- O PMDB está realizando uma série de encontros regionais, para ouvir a posição das bases do partidos sobre os rumos da legenda na eleição; 3- Ao contrário das oposições (DEM e PSDB), o PMDB não tem necessidade de demarcar seu território agora, pois está em pleno processo de consolidação de suas posições;
4- Como tem importantes posições no governo estadual (duas secretarias e vários órgãos do segundo escalão), antecipar a definição só iria complicar a vida do PMDB, pelo risco de perder influência administrativa; 5- Estribado no capital político que representam 115 prefeitos, 54 vice-prefeitos, 554 vereadores, oito deputados estaduais e três federais, o PMDB deseja desempenhar o papel de noiva cobiçada, não de pretendente ansioso; 6- Como o nome de Geddel só tem subido nas pesquisas de opinião, é mais inteligente continuar trabalhando para que esta ascensão continue, que aumentará o valor do peemedebista nesta equação.
No meio do caminho teve o encontro com o governador e o ministro manteve-se fiel ao seu roteiro, sem dizer nada de definitivo. Apenas confirmou ao governador que a opinião majoritária do seu partido é que ele se candidate ao governo em 2010, mas isto até as árvores do jardim do Palácio de Ondina já sabiam.
E Wagner também sabe muito bem que, por todas as razões que apontei acima, terá que conviver com este jogo do aliado peemedebista por muito tempo ainda. Sem poder evitar isto, o governador faz o que pode: tenta se armar politicamente para enfrentar todas as opções que forem postas no tabuleiro.
edição jornal atarde- joão Barbosa
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