No segundo tempo, Carpegiani fez três modificações na equipe, sem efeitos
André Uzeda, de A TARDE
Metade do planejamento já foi cumprido, com muito sufoco diga-se de passagem. Contudo, de qualquer forma, os 1,72 m de Apodi, que de cabeça garantiu o triunfo rubro-negro sobre o Botafogo aos 44 minutos do segundo tempo, manteve o Vitória 100% no Barradão, além fixá-lo por mais uma rodada entre os quatro primeiros da Série A.
Na chegada do Vitória, pós empate com o Internacional, no Beira-Rio, o técnico Paulo César Carpegiani chegou a dizer que vencer os dois próximos compromissos é fundamental, repetindo uma fórmula óbvia, mas bastante eficiente para campeonatos longos.
Contra o Santo André, no próximo domingo, em casa, o Vitória tentará mais uma vez manter sua hegemonia. A tarefa, todavia, parece mais fácil no papel do que realmente deverá ser na prática.
Tido inicialmente como um dos possíveis rebaixáveis, o time do ABC paulista tem supreendido as piores previsões e figura bem, ao fim da sétima rodada do Brasileirão, no pelotão das equipes que almejam uma vaga no grupo de elite, com dez pontos conquistados.
Coincidentemente, a exemplo do Vitória, o Ramalhão, como é conhecido o Santo André, também conseguiu, no fim do jogo, transformar o que seria um empate melancólico em casa, contra o Sport, em um triunfo. O detalhe é que o zagueiro Maciel, autor do gol da virada, estava claramente impedido.
A boa fase do Santo André já tem, inclusive, despertado a cobiça de outras equipes pelo treinador Sérgio Guedes. O ex-jogador do Santos já teve seu nome sondado para dirigir o Flamengo, que atualmente vive em crise com o técnico Cuca.
A partida marcará ainda o reencontro do meia Elvis, ex-Vitória nas temporadas de 1997 a 2000 e novamente 2002, com o clube que o revelou para o futebol brasileiro.
Confrontos – Vitória e Santo André jamais se enfrentaram em um duelo válido pelo Campeonato Brasileiro da Série A. Na única participação do Ramalhão em um campeonato brasileiro, em 1984, o rubro-negro baiano esteve ausente. Ou seja, o Barradão será palco do primeiro encontro das duas equipes na primeira divisão. Um outro jogo que também não aconteceu, desta vez válido pela Copa do Brasil, ficou para sempre na memória do torcedor do Leão.
No ano de 2004, o Vitória, semifinalista do torneio que garante acesso mais rápido para a Libertadores, acabou barrado pelo Flamengo. Caso passasse para a final, o time na época dirigido por Agnaldo Liz teria disputado a final contra o Santo André, de Péricles Chamusca, técnico criado na Toca do Leão.
Ao contrário porém do que até hoje afirmam os torcedores do Vitória que, caso passasse pelo Flamengo, o rubro-negro fatalmente conquistaria seu primeiro título nacional diante do Santo André, o time do ABC provou sua superioridade, em um Maracanã lotado e com um futebol irrepreensível, ao vencer os donos da casa por 2 a 0.
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