Foto Ilustrativa da Internet
Dei início a matéria especial que será exibida na próxima semana, pela TV Aratu canal 4. A personagem é uma jovem de 23 anos que teve sua vida mudada ao beber, numa festa, o coquetel chamado “Príncipe Maluco”, que é uma mistura de cachaça, conhaque, vodka, gengibre, guaraná em pó, catuaba, mel, cravo e canela. Como essas especiarias estão facilmente nas feiras livres e a bebida alcoólica também em toda a cidade, se torna fácil encontrar o preparo em locais de grande aglomeração de pessoas, como: festa junina, carnaval e boates. E foi numa ocasião dessas que a garota, acompanhada de amigos, fez uso pela única vez, e se deu mal.
A busca pela emoção se transformou num pesadelo que se alastra há pouco mais de dois anos. Duas semanas depois que ingeriu o produto teve os primeiros sintomas de um drama que transformou a vida dela e de toda a sua família. Olhos amarelados, pele cinzenta, urina escura, coceira, perda de peso e caroços na pele são alguns dos sintomas que impedem ela de voltar a rotina. Hoje, não pode sair sozinha. Teve que abandonar a escola e a diversão como assistir jogos do Vitória, seu time preferido. No momento, a vida para a jovem se resume a uma pasta cheia de exames, além de tomar remédios que custam até R$ 200,00 cada caixa.
Ora meus amigos, sabemos que na vida passamos por várias experiências e o caso dessa garota me comoveu, pois hoje o álcool e outras drogas são facilmente encontrados e, principalmente nossa juventude, está se afundando nesse mundo quase sem volta. Mergulhar neste mar de sedução é se envolver num lençol da escuridão porque parece ser legal tomar algo para ficar mais contente, porém o resultado pode ser avassalador, como é o caso de nossa personagem que tinha 100 Kg e hoje pesa 60 Kg. Outra frustração é não ter força para dar mais atenção à filha de cinco anos que está cheia de energia para gastar.
Sabendo da história dessa garota, lembrei que em 2005 foi feito um levantamento sobre uso, apenas uma vez na vida, de drogas psicotrópicas no Brasil e me surpreendi com o resultado. Dos entrevistados: 74,6% fizeram uso de álcool, do Tabaco 44%, da maconha 8,8% e de estimulantes 4,1%. A garota que me refiro entra nesse último item da pesquisa porque ela só queria um pouco de adrenalina no sangue para curtir uma noite fria do mês de junho com amigos e hoje recebe como recompensa: um hepatologista informa que a situação é irreversível e que ela, com urgência, precisa de um fígado novo. Nessa, a menina que era alegre e divertida ficou triste por está há dois anos a espera de um transplante, pois o doador não aparece.
Por Noel Tavares publicado http://paralelanews.com.br/cidade/principe-maluco-o-coquetel-do-inferno/
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