segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Secretaria de Educação de Ilhéus solicita retorno de merendeiras às escolas

Algumas unidades de educação onde há professores atuando, como a Escola Municipal de Vila Nazaré, estão sem condições de oferecer alimento aos alunos pela ausência dos profissionais especializados.
 
A Secretaria Municipal de Educação (Seduc) solicita que as merendeiras retornem a seus postos de trabalho nas unidades escolares que estão em funcionamento, neste período de greve parcial dos servidores de Ilhéus, para que possa ser servida a alimentação aos estudantes. Uma das unidades que está com dificuldades de oferecer a merenda aos alunos por falta dos profissionais é a Escola Municipal de Vila Nazaré, que atende crianças de quatro e cinco anos de idade. Das dez turmas, sete estão funcionando normalmente e todo o serviço geral – limpeza, preparo da merenda e portaria –  está sendo realizada pela diretora, vice-diretora e a secretária da unidade.
Segundo a determinação da desembargadora Silva Zariff, em liminar, concedida a pedido da Procuradoria Geral do Município, os sindicatos devem designar o efetivo de 50% dos funcionários da Saúde e da Educação e de 30% dos demais setores da administração, para trabalharem durante o período de greve. A desembargadora levou em consideração justamente os problemas que a paralisação está criando para a população ilheense, especialmente aos segmentos carentes que dependem mais dos serviços públicos, a exemplo do que está ocorrendo na Escola Municipal Vila de Nazaré.
            Conforme explica a diretora da unidade, a professora Mirian Santos da S. Oliveira, não é possível para ela, a vice-diretora e a secretária realizar todo o trabalho de serviços geral. “Como vou preparar a merenda e atender aos pais dos alunos ao mesmo tempo?” questiona. Outra preocupação de Mirian é com a validade do alimento. “Como vou armazenar frutas, iogurtes, carnes, verduras e legumes se são todos alimentos com prazos curtos de perecimento? Estou tendo que devolver os alimentos à fornecedora, para não os perdes, afinal trata-se de recursos públicos que não podem ser desperdiçados”, destaca a diretora. Mirian relata que, nestes dias de greve, ela abre a escola, lava os banheiros, recolhe o lixo e, na medida do possível, prepara a merenda; a vice-diretora e a secretária da unidade também fazem o trabalho de limpeza e de porteiras da unidade.
Regularização - A regularização do fornecimento da merenda escolar contempla 51 unidades escolares e beneficia 24.345 alunos. A distribuição do alimento nas escolas só foi possível em virtude do pagamento de uma dívida de R$ 638.286,73, deixada pela gestão anterior, ao Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (Fundeb). A secretária de Educação, Marlúcia Rocha, considera a regularização da merenda escolar um passo de grande importância para o trabalho de re-estruturação da rede municipal de ensino.
Iniciada no último dia 20, a distribuição da merenda escolar também já beneficiou a Creche Dom Eduardo, o Centro Educativo Fé e Alegria, o Centro de Atenção Integral à Criança (Caic), a Associação de Mulheres Ilheenses (Asmi) e as escolas do Iguape, Barra, Basílio, Banco do Pedro, Banco Central, Olivença, Pontal, Vila Nazaré, Santo Antônio, Aritaguá II,  Dom Valfredo Tepe, Perpétua Marques, Pequeno Davi, Barão de Macaúbas, Mariane Eckes, Emília de Brito, Paulo Freire, Heitor Dias, Herval Soledade e Pequeno Príncipe, entre outras.

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