terça-feira, 26 de maio de 2015

Deputados favoráveis ao distritão dizem que sistema simplifica a eleição

Postado por Agencia da Cãmara

Já os deputados contrários ao distritão afirmam que esse sistema prejudicará os partidos

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Os deputados favoráveis ao modelo do "distritão" avaliam que o sistema simplifica a eleição de deputados e vereadores ao acabar com o complexo sistema eleitoral atual. Os contrários argumentam que o modelo vai diminuir a importância dos partidos no cenário político nacional.
O modelo proposto pelo relatório do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) acaba com o sistema proporcional – em que as cadeiras são distribuídas de acordo com a votação dos partidos – e define que serão eleitos os deputados e vereadores mais votados, no voto majoritário, como ocorre na eleição de senadores.
O deputado Danilo Forte (PMDB-CE) disse que o sistema proporcional atual não conseguiu fortalecer os partidos e que o distritão pode mudar esse quadro, ao diminuir o número de candidatos a deputado. "As nossas instituições se fortalecerão não no sistema proporcional, mas na medida em que tenhamos representantes mais consolidados na opinião pública e o enxugamento da pulverização partidária", opinou.
Para o deputado Benito Gama (PTB-BA), a maior vantagem do modelo é a simplicidade, já que serão eleitos os mais votados. "É a simplificação eleitoral, do processo", disse.
O deputado Afonso Motta (PDT-RS), por outro lado, afirmou que o modelo proposto vai fragilizar o sistema eleitoral. "O nosso desafio não é simplesmente a escolha de um sistema, mas darmos uma resposta à sociedade", disse.
Fragilidade
Já o líder do PR, deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), chamou o "distritão" de "canto da sereia". "Em princípio, parece um sistema que prega a simplicidade, mas é o sistema que personifica a eleição e fragiliza os partidos e ideias. Cada deputado seria um partido político", disse ele, afirmando que o modelo de eleger os mais votados inviabiliza as minorias.

Para o deputado Vinicius Carvalho (PRB-SP), o novo modelo não atende aos que foram às ruas desde 2013 pedindo mudanças nos rumos do governo. "No Japão, chegou-se à conclusão de que o distritão favorecia a disputa individualizada, a disputa entre os parlamentares e estimulava também os casos de corrupção e caixa dois. É isso que nós queremos dar como resposta ao clamor das ruas?", questionou.
Mais informações a seguir

Íntegra da proposta:

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

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