domingo, 26 de junho de 2022

Datafolha: 47% dizem que caso Bruno e Dom prejudicará muito imagem do Brasil fora; 26% avaliam que irá prejudicar um pouco.

Pesquisa ouviu 2.556 pessoas com mais de 16 anos em 181 cidades do país; margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. Indigenista brasileiro e jornalista inglês foram encontrados mortos dez dias depois de desaparecerem no Vale do Javari, no Amazonas.

Por g1 — São Paulo



Dom Phillips e Bruno Pereira — Foto: montagem

Dom Phillips e Bruno Pereira — Foto: montagem

Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" neste sábado (25) aponta que 47% dos eleitores brasileiros dizem que o caso dos assassinatos do indigenista Bruno Araújo e do jornalista Dom Phillips prejudicará muito imagem do Brasil no exterior. Já 26% avaliam que irá prejudicar um pouco. 17% afirmaram não ver prejuízo, e 10% não opinaram.


Datafolha ouviu 2.556 pessoas com mais de 16 anos em 181 cidades do país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou menos.


A mesma pesquisa também apontou que, para 49% dos brasileiros, o governo brasileiro fez menos do que poderia para investigar os assassinatos de Bruno e Dom. Para 27%, o governo fez tudo o que poderia.


Bruno e Dom desapareceram na região do Vale do Javari, no Amazonas, no dia 5 de junho. Seus corpos foram encontrados 10 dias depois. Ele, que foram mortos a tiros e tiveram os corpos queimados e enterrados, iriam visitar uma equipe de Vigilância Indígena, próximo ao Lago do Jaburu.


A motivação do crime ainda é incerta, mas a polícia apura se há relação com a atividade de pesca ilegal na região. Segunda maior terra indígena do país, o Vale do Javari é palco de conflitos típicos da Amazônia: tráfico de drogas, roubo de madeira e avanço do garimpo.


Três pessoas foram presas pelo assassinato de Bruno e Dom: os irmãos Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", e Oseney da Costa de Oliveira; e Jeferson da Silva Lima, conhecido como "Pelado da Dinha".


Governo criticado


governo brasileiro foi criticado pela resposta dada ao desaparecimento de Dom e Bruno, inclusive por órgãos internacionais, que chegaram a pedir um maior envolvimento do governo e rapidez nas buscas.


A porta-voz da agência da ONU, Ravina Shamdasani, criticou a demora do governo brasileiro para iniciar as buscas e, em resposta aos comentários do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, de que Bruno e Dom faziam uma "aventura", afirmou que eraa obrigação do Estado proteger jornalistas e profissionais que trabalham na defesa dos Direitos Humanos.


Durantes as investigações e buscas pelos dois, Bolsonaro também afirmou que Dom Phillips era "malvisto" na região amazônica devido à cobertura que ele fazia de questões ambientais e a denúncias de irregularidades envolvendo garimpo ilegal e, por isso, deveria ter "redobrado a atenção" ao entrar naquela área.


Fonte: https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2022/pesquisa-eleitoral/noticia/2022/06/25/datafolha-47percent-dizem-que-caso-bruno-e-dom-prejudicara-muito-imagem-do-brasil-fora-26percent-avaliam-que-ira-prejudicar-um-pouco.ghtml

sábado, 25 de junho de 2022

Confronto entre indígenas e PM deixa feridos em fazenda em Amambai (MS)

 Conforme as informações de testemunhas no local, indígenas podem ter morrido durante o confronto. Policiais do Batalhão do Choque foram encaminhados para hospital na cidade.

Por g1 MS

Conflito entre indígenas e policiais em Amambai
00:00/00:26

Conflito entre indígenas e policiais em Amambai

Confronto entre indígenas Guarani Kaiowá e policiais do Batalhão de Choque, da Polícia Militar, deixou vários feridos em uma propriedade rural em Amambai (MS), a 338 km de Campo Grande, nesta sexta-feira (24). A comunidade local diz que dois indígenas morreram, mas a polícia não confirma. Indígenas que estão no local relatam cenário de tensão. Assista ao vídeo acima.


A polícia confirma que vários indígenas também ficaram feridos por tiros. Pelo menos três policiais do Choque foram encaminhados para hospital da região, com ferimentos graves. Ao todo, até o momento, nove pessoas ficaram feridas entre indígenas e policiais.


Foram encaminhados para o Hospital Regional de Amambai seis indígenas. Entre as vítimas estão dois menores de idade, um de 14 e outro de 15 anos. Os três policiais do Choque também foram direcionados para o mesmo hospital. Os militares estão com ferimentos nas pernas e pés.

Indígenas e policiais possuem ferimentos ocasionados por armas de fogo, conforme informado pelo hospital. Não foi mencionado os estados de saúde dos feridos.


A fazenda pertence ao grupo VT Brasil. O g1 tentou contato com os proprietários da propriedade rural, mas não obteve retorno.

Início do conflito e tensão


De acordo com a polícia, a propriedade rural foi ocupada pelos indígenas Guarani Kaiowá ainda na quinta-feira (23). Já nesta sexta-feira (24), equipes do Batalhão de Choque foram enviadas à cidade.


Assim que chegaram na região, o conflito entre indígenas e policiais iniciou. Sobre o motivo do conflito, os indígenas alegam que iniciaram retomada na terra, em Amambai, já a polícia fala em invasão no local.


A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) diz que os policiais do Batalhão de Choque foram acionados para irem até a comunidade para "coibir crime contra o patrimônio" . A reportagem não obteve mais detalhes sobre os motivos do conflito.

Uma testemunha do conflito, ouvida pelo g1, relata momentos de tensão, mesmo após o conflito inicial. Segundo a pessoa, policiais do Batalhão de Choque estão em formação em frente à fazenda e disse que vários drones estão sobrevoando o local.

"Os policiais chegaram no início da manhã. Primeiro veio o Batalhão de Choque e depois mais policiais aparecerem. Acreditamos que tenha uma pessoa desaparecida, não encontramos em nenhum lugar. As pessoas foram socorridas", detalhou a testemunha.

Local do conflito


O conflito ocorreu em um território ancestral para os indígenas, denominado de Kuripi/São Lucas, localizado em Amambai. Veja no mapa abaixo o local onde foi o conflito.

O conflito ocorreu nesta sexta-feira (24).  — Foto: Redes sociais/Reprodução

O conflito ocorreu nesta sexta-feira (24). — Foto: Redes sociais/Reprodução

Pedido de assistência médica

Pedido de ajuda foi feito nas redes sociais.  — Foto: Redes sociais/Reprodução

Pedido de ajuda foi feito nas redes sociais. — Foto: Redes sociais/Reprodução

Entidades voltadas aos indígenas pedem por assistência médica nas redes sociais. “Tropas de choque da polícia militar de MS, sem ordem judicial [...], ação genocida neste momento contra comunidade Guarani e Kaiowa no município de Amambai, Guapo'y Mirim. Dezenas de indígenas feridos e desaparecidos, e mortos. Precisamos de ASSISTÊNCIA MÉDICA E AMBULÂNCIA. Pedimos JUSTIÇA”, informou a Articulação dos povos indígenas do Brasil (Apib) no perfil no Instagram.

Indígenas com munição usada no confronto.  — Foto: Reprodução

Indígenas com munição usada no confronto. — Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal de Ponta Porã é responsável na região. O órgão está ciente e atuando com as medidas cabíveis, tentando contato com os indígenas e policiais a fim de evitar mais conflito na comunidade.


Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) diz que "apesar de estar circulando relatos de que há dois indígenas mortos, ainda não há uma confirmação". Em decorrência do agravamento do caso, o Cimi informou que a Polícia Federal vai se deslocar para o local.


"Além de seguir acompanhando o caso, o Cimi pede, com urgência, o envolvimento de órgãos federais, bem como do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), a fim de controlar a situação e investigar os episódios", detalhou o Cimi.


Fonte: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2022/06/24/confronto-entre-indigenas-e-policiais-militares-feridos-em-propriedade-rural-em-amambai-ms.ghtml


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