Vitória foi campeão baiano oito vezes nesta década
Durante 20 minutos de uma tarde chuvosa, nervosa e violenta, a história do futebol baiano dava ares de que quebraria a rotina de títulos rubro-negros. Foi esse o tempo em que o Bahia esteve vencendo a finalíssima do Campeonato Baiano, no Barradão.
Mas aos 19 minutos do segundo tempo Neto Baiano interrompeu o sonho tricolor de voltar a levantar a taça, o que não faz desde 2001. E no final Ramon sepultou de vez uma ilusão. O Vitória conquistou o oitavo campeonato nesta década.
O empate por 2 a 2 dá bem o tom da drama em que se transformou a partida assistida por quase 30 mil torcedores. E no encerramento, fato lamentável: jogadores brigaram como nos velhos tempos e sobrou pancadaria para muitos coadjuvantes.
Mas, apesar do sangue derramado, o Vitória comemorou a conquista da Taça João Havelange, ex-presidente da FIFA, que não apareceu. Com 21 gols, Neto Baiano consagrou-se como artilheiro do País até aqui.
A partir do próximo final de semana, Vitória e Bahia estarão iniciando a campanha no Brasileiro: O Bahia joga em Pituaçu contra o Paraná; o Vitória vai até Curitiba enfrentar o Atlético.
Incerteza - A chuva que caiu em Salvador desde cedo chegou a lançar dúvidas sobre a confirmação do jogo. Mas esse foi apenas um ingrediente dramático do confronto dirigido pelo gaúcho Leandro Pedro Vuaden.
Como tem ocorrido nos últimos confrontos, o Bahia se sentiu à vontade no Barradão. Construiu o placar de 2 a 0 e chegou bem perto do terceiro. Era a luta de um necessitado de conforto contra outro que se via momentaneamente em apuros.
Pelo lado do Bahia, o técnico Gallo apresentou novidades na escalação que deram resultado: Paulo Roberto apareceu no lugar de Beto e foi dele o passe para o gol de Reinaldo. Ávine entrou na vaga de Rubens Cardoso e marcou o segundo.
Mas enfim a justiça tardia entrou em campo. E de tanto atacar finalmente o Vitória diminuiu com Neto Baiano. Restava manter o placar. Para o Bahia, faltava um novo Raidinei.
Foi então surgiu um novo personagem da partida. Cadu. O atacante reserva não poderia ter escolhido momento menos oportuno para tentar ajudar o time a sair do buraco.
Cadu havia entrado na vaga de Alagoano e no primeiro lance que disputou foi expulso por jogada violenta.
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