Ramiro Furquim/AE
"Barcos usou a mão para empatar o jogo no Sul"
O
Palmeiras oficializou na tarde desta segunda-feira uma representação no
Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para pedir a impugnação
do jogo do último sábado, quando perdeu para o Inter, no Beira-Rio, pelo
Brasileirão. A diretoria palmeirense alega que houve ajuda externa para
a arbitragem anular o gol marcado pelo atacante Barcos com a mão, o que
é proibido no futebol.
"O Palmeiras pede impugnação da partida
porque houve comunicação entre o delegado da partida e o quarto árbitro.
Temos provas testemunhais sobre isso. Não temos imagens, apenas
testemunhas", afirmou o diretor jurídico do clube, Piraci Oliveira, ao
confirmar o recurso ao STJD. "O quarto árbitro diz que viu o lance, mas
ele estava fazendo uma substituição do Inter na hora."
O polêmico
lance aconteceu aos 16 minutos do segundo tempo. Numa cobrança de
escanteio, Barcos usou a mão para empurrar a bola para o gol. O juiz não
viu a irregularidade e validou o gol do Palmeiras, assim como o
bandeirinha e o auxiliar que fica na linha de fundo. Mas, depois de ser
avisado pelo quarto árbitro, Francisco Carlos Nascimento voltou atrás e
anulou a jogada.
Segundo a denúncia do Palmeiras, o gol só foi
anulado porque o delegado da partida, Gerson Baluta, avisou o quarto
árbitro (Jean Pierre Gonçalves Lima) sobre a irregularidade do lance
após ter sido informado que as imagens da tevê confirmavam que Barcos
usou a mão para tocar na bola. Apesar do protesto formal, o clube não
tem muitas esperanças de conseguir a impugnação.
A diretoria
palmeirense ficou revoltada com a divulgação da súmula da partida na
tarde desta segunda-feira, o que fez com que decidisse entrar com a
representação no STJD - até então, o clube ainda tinha dúvida sobre que
procedimento tomar. No documento, o árbitro Francisco Carlos Nascimento
relata que "nada houve de anormal" na partida e nem sequer citar a
polêmica do gol anulado.
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