O governador Jaques Wagner teve postura republicana, ao afirmar que
ele e o prefeito eleito de Salvador, ACM Neto, são adversários
políticos, mas serão aliados em benefício da capital. Foi a negação da
ladainha repetida ao longo de toda a campanha de Nelson Pelegrino (PT),
de que Salvador deveria filiar-se à tese do alinhamento político, sob
pena de morrer à míngua.
Discurso estúpido, chantagem barata, um cabresto que o povo não
tolerou por se tratar de uma estratégia que representa tudo o que há de
mais atrasado, baixo e mesquinho na política.
Em vez de alinhar e correr o risco de gerar um monstro de arrogância e
pretensões de onipotência, o povo “desalinhou” e apostou no equilíbrio
das forças, que tem o condão de balançar o “status quo” e
apontar para a mudança. Assim, os de cima repensarão suas atitudes,
tentarão identificar equívocos e corrigi-los; os de baixo, com a
intenção de elevar-se, farão o possível para aproveitar a chance, com a
certeza de que, se decepcionarem, voltarão para o limbo.
Como é saudável certa insegurança para quem detém o poder. É o receio
de perdê-lo, o que só a democracia e a possibilidade de alternância
proporcionam. O povo não pode ser castigado por exercitar sua liberdade
de escolha, conforme ameaçava implicitamente o discurso do alinhamento.
Agora, republicana e civilizadamente rechaçado por Wagner (e que não
fique apenas na retórica!).
Por outro lado, existem aqueles para os quais a eleição ainda não
acabou. É o caso do secretário do Planejamento da Bahia, José Sérgio
Gabrielli, que se manifestou em um texto
revanchista e infeliz após o resultado das urnas. Mostrou não ter
altura (política) suficiente para o cargo que sonha conquistar em 2014.
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