O
prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, continua insistindo em numeros irreais e
mentirosos da folha de pagamento com pessoal e se recusa a apresentar uma
proposta de reposição salarial dos servidores, o que acaba dificultando o diálogo
dos trabalhadores com o governo municipal. A informação é dos presidentes dos
cinco sindicatos dos servidores públicos municipais, que participaram na tarde
desta segunda-feira de uma reunião convocada pelo executivo municipal com os
observadores sociais, um grupo formado pela sociedade civil organizada.
Durante
a reunião o prefeito voltou a lamentar da crise financeira por qual atravessa a
cidade e apresentou o mesmo quadro de despesas com a folha de pagamento de
pessoa que já havia sido contestada pelos líderes sindicais. No cenário apresentado
pelo prefeito, a folha de pagamento chega a 68% das receitas, o que
comprometeria o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Acontece
que os números foram mais uma vez rebatidos e contestados pelos representantes
dos sindicatos, que apresentaram documentos comprovando os gastos reais com
pessoal e apresentando inclusive erros absurdos cometidos pelo governo
municipal.
Os líderes sindicais mais uma vez reafirmaram
que os números apresentados pelo governo municipal não são verdadeiros e a cada
momento são divulgados índices diferentes e contraditórios confirmando os erros
da equipe da Prefeitura, o que acabou levando com que os trabalhadores não mais
acreditassem nas planilhas apresentadas pelo prefeito Jabes Ribeiro. O governo
chegou a propor a criação de duas comissões, sendo uma para avaliar a situação financeira do município e a segunda para tratar do transporte coletivo, além da
sugerir um pacto entre o município e a sociedade civil organizada. Os líderes
sindicais afirmaram que aceitam firmar o pacto, desde que os haja transparência
e credibilidade.
Mas enquanto o prefeito não apresentar um índice
de reposição salarial, os trabalhadores de todas as categorias de servidores
públicos municipais de Ilhéus permanecerão em greve por tempo indeterminado. A
categoria decidiu manter apenas o percentual de serviços essenciais em
funcionamento e realizará uma assembleia com todos os servidores nesta
terça-feira (23) às 8 horas da manhã, em frente ao Palácio Paranaguá, para
decidir sobre os rumos da greve. Participam do movimento de greve os servidores
dos setores de saúde, educação, serviços públicos, agentes de trânsito e guarda
civil municipal.
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