Os deputados estaduais membros da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia
Legislativa decidiram visitar Buerarema, após sofrerem críticas de agricultores
e políticos. Os parlamentares estão reunidos neste momento na Câmara de
Vereadores de Itabuna. A ida ao centro do conflito não estava prevista.
Conforme informado pela comissão ao PIMENTA, a visita ocorrerá logo após as
discussões em Itabuna. A reunião em Buerarema será no plenário da Câmara de
Vereadores. O município enfrenta mais de 30 dias de protestos. No período, cerca
de 60 ocupações de propriedades por pessoas autodeclaradas tupinambás foram
registradas em Buerarema, Una, São José da Vitória e Ilhéus.
A comissão é integrada pelos deputados Augusto Castro, Timóteo Brito, Pedro
Tavares, Rosemberg Pinto, Yulo Oiticica e Marcelino Galo. Da reunião, também
participam o deputado federal Geraldo Simões e a promotora pública de Buerarema,
Mayana Ribeiro.
“AQUI NÃO TEM ÍNDIO”
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, Timóteo
Brito agiu como o deputado federal Marco Feliciano. No plenário da Câmara de
Vereadores de Itabuna, disse há pouco que não existem índios tupinambás.
Explicou-se:
- Aqui não tem índio não, tem caboclo.
O parlamentar sugeriu que o governo federal faça cadastro desses caboclos e
adquira terras para assentá-los. O deputado Augusto Castro disse que a Justiça
cassou liminares de reintegração de posse a produtores e “a bola agora está com
o governo federal”. Ele disse ainda que a região “tem que usar a sua força
política para defender solução”.
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