sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Entrevista do Romário ao jornalista Cosme Rimoli - TV Record

Postado por Adrenaline

Deputado Federal Romário

- Você foi recebido com preconceito em Brasília?

Olha, vou ser claro para quem ler entender como as coisas são. Há o burro, aquele que não entende o que acontece ao redor. E há o ignorante, que não teve tempo de aprender. Não houve preconceito comigo porque não sou nem uma coisa nem outra. Mesmo tendo a rotina de um grande jogador que fui, nunca deixei de me informar, estudar. Vim de uma família muito humilde. Nasci na favela. Meu pai, que está no céu, e minha mãe ralaram para me dar além de comida, educação. Consciência das coisas... Não só joguei futebol. Frequentei dois anos de faculdade de Educação Física. E dois de moda. Sim, moda. Sempre gostei de roupa, de me vestir bem. Queria entender como as roupas eram feitas. Mas isso é o de menos. O que importa é que esta sede de conhecimento me deu preparo para ser uma pessoa consciente... Preparada para a vida. E insisto em uma tese em Brasília, com os outros deputados. O Brasil só vai deixar de ser um país tão atrasado quando a educação for valorizada. O professor é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a Educação. E seus professores. Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. Há quem se beneficie disso. As pessoas que comandam o País precisam passar a enxergar isso. A Saúde é importante? Lógico que é. Mas a Educação de um povo é muito mais.

- Essa ignorância ajuda a corrupção? Por exemplo, que legado deixou o Pan do Rio?

Você não tenha dúvidas que a ignorância é parceira da corrupção. Os gastos previstos para o Pan do Rio eram de, no máximo, R$ 400 milhões. Foram gastos R$ 3,5 bilhões. Vou dar um testemunho que nunca dei. Comprei alguns apartamentos na Vila Panamericana do Rio como investimento. A melhor coisa que fiz foi vender esses apartamentos rapidamente. Sabe por quê? A Vila do Pan foi construída em cima de um pântano. Está afundando. O Velódromo caríssimo está abandonado. Assim como o Complexo Aquático Maria Lenk... É um escândalo! Uma vergonha! Todos fingem não enxergar. Alguém ganhou muito dinheiro com o Panamericano do Rio. A ignorância da população é que deixa essa gente safada sossegada. Sabe que ninguém vai cobrar nada das autoridades. A população não sabe da força que tem. Por isso que defendo os professores. Não temos base cultural nem para entender o que acontece ao nosso lado. E muito menos para perceber a força que temos. Para que gente poderosa vai querer a população consciente? O Pan do Rio custou quatro vezes mais do que este do México. Não deixou legado algum e ninguém abre a boca para reclamar.

- Se o Pan foi assim, a Copa do Mundo no Brasil será uma festa para os corruptos...

Vou te dar um dado assustador. A presidente Dilma havia afirmado quando assumiu que a Copa custaria R$ 42 bilhões. Já está em R$ 72 bilhões. E ninguém sabe onde os gastos vão parar. Ningúem. Com exceção de São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul e olhe lá...Pernambuco... Todas as outras sete arenas não terão o uso constante. E não havia nem a necessidade de serem construídas. Eu vi onze das doze... Estive em onze sedes da Copa e posso afirmar sem medo. Tem muita coisa errada. E de propósito para beneficiar poucas pessoas. Por que o Brasil teve de fazer 12 sedes e não oito como sempre acontecia nos outros países? Basta pensar. Quem se beneficia com tantas arenas construídas que servirão apenas para três jogos da Copa? É revoltante. Não há a mínima coerência na ! organização da Copa no Brasil.

- São Paulo acaba de ser confirmado como a sede da abertura da Copa. Você concorda?

Como posso concordar? Colocaram lá três tijolinhos em Itaquera e pronto... E a sede da abertura é lá. Quem pode garantir que o estádio ficará pronto a tempo? Não é por ser São Paulo, mas eu não concordaria com essa situação em lugar nenhum do País. Quando as pessoas poderosas querem é assim que funcionam as coisas no Brasil. No Maracanã também vão gastar uma fortuna, mais de um bilhão. E ninguém tem certeza dos gastos. Nem terá. Prometem, falam, garantem mas não há transparência. Minha luta é para que as obras não fiquem atrasadas de propósito. E depois aceleradas com gastos que ninguém controla.

- O que você acha de um estádio de mais de R$ 1 bilhão construído com recursos públicos. E entregue para um clube particular.

Você está falando do estádio do Corinthians, não é? Não vou concordar nunca. Os incentivos públicos para um estádio particular são imorais. Seja de que clube for. De que cidade for. Não há meio de uma população consciente aceitar. Não deveria haver conversa de politico que convencesse a todos a aceitar. Por isso repito que falta compreensão à população do que está acontecendo no Brasil para a Copa.

- A Fifa vai fazer o que quer com o Brasil?

Infelizmente, tudo indica que sim. Vai lucrar de R$ 3 a R$ 4 bilhões e não vai colocar um tostão no Brasil. É revoltante. Deveria dar apenas 10% para ajudar na Educação. Iria fazer um bem absurdo ao Brasil. Mas cadê coragem de cobrar alguma coisa da Fifa. Ela vai colocar o preço mais baixo dos ingressos da Copa a R$ 240,00. Só porque estamos brigando pela manutenção da meia entrada. É uma palhaçada! As classes C, D e E não vão ver a Copa no estádio. O Mundial é para a elite. Não é para o brasileiro comum assistir.

- Ricardo Teixeira tem condições de comandar o processo do Mundial de 2014?

Não tem de saúde. Eu falei há mais de quatro meses que ele não suportaria a pressão. Ser presidente da CBF e do Comitê Organizador Local é demais para qualquer um. Ainda mais com a idade que ele tem. Não deu outra. Caiu no hospital. E ainda diz que vai levar esse processo até o final. Eu acho um absurdo.

- Muito além da saúde de Ricardo Teixeira. Você acha que pelas várias denúncias, investigações da Polícia Federal... Ele tem condições morais de comandar a organização Copa no Brasil?

Não. O Ricardo Teixeira não tem condições morais de organizar a Copa. Não até provar que é inocente. Que não tem cabimento nenhuma das denúncias. Até lá, não tem condições morais de estar no comando de todo o processo. Muito menos do futebol brasileiro...

Entrevista concedida ao repórter Cosme Rímoli, da TV Record, no começo de dezembro.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

PESQUISA FACEBOOK

Site http://enquete.vetorti.com/BA/Ilheus
Conforme a pesquisa do facebook até o dia 22 de agosto, se as eleições fossem hoje, na opinião dos internautas estariam eleitos em Ilhéus os candidatos abaixo relacionados.

Raf
ael Benevides
1º 169 curtiram

Sossó
2º 152 curtiram

Andre Da Fanfarra
3º 146 curtiram

Anna Livia
4º 108 curtiram

Augusto Junior
5º 104 curtiram

Juarez
6º 80 curtiram

Professor Jailson
7º 77 curtiram

Roque Do Sesp
8º 72 curtiram

Kareka
9º 64 curtiram

Magella Rossi
10º 57 curtiram

Luiz Carlos (escuta)
11º 48 curtiram

Seu Madruga
12º 43 curtiram

Iara
13º 31 curtiram

Castanha Sena
14º 30 curtiram

Maria De Lourdes
15º 29 curtiram

Roberto Da Rua Do Cano
16º 26 curtiram

Jamil
17º 24 curtiram

Eduardo Lima
18º 23 curtiram

Roberto Corsario
19º 20 curtiram

Carioca Da Carreta
20º 15 curtiram

Conforme a pesquisa a coligação PRP/PTN/DEM/PSDB é a que tem mais aceitação junto aos internautas do Facebook, aparecem com tres candidatos mais curtidos, são eles: Andre da fanfarra em 3º lugar com 146 curtidas, Seu Madruga em 12º lugar com 43 curtidas e Roberto Corsário em 19º lugar com 20 curtidas, isso quer dizer que se as eleições fossem hoje, estariam eleitos dois candidatos do PRP e um do Democratas, vale salientar que as informações são baseadas na pesquisa de curtidas no site http://enquete.vetorti.com/BA/Ilheus, continuem curtindo e expressando suas curtidas nos candidatos de sua preferencia para vereadores e prefeito(a) de Ilhéus, acessem o site http://enquete.vetorti.com/BA/Ilheus e curta seu candidato.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA DA REDE MUNICIPAL


CONVOCAMOS A TODOS PARA ASSEMBLEIA GERAL, 21/08, 14:30 HORAS, NO AUDITÓRIO DO IME.

BORG FM DÁ SHOW NA TRANSMISSÃO DO NIVER DA BANDA TOP GAN NO IGUAPE

Postado por BORG FM
GEDC0858
 APESAR DA FORTE CHUVA, O IGUAPE ONTEM BALANÇOU AO SOM DE VÁRIAS BANDAS QUE AGITAM A ZONA NORTE NO NIVER DA BANDA TOP GAN. RODRIGO BAHIA E BANDA, LINGERIE DE PATRICINHA E SAMBA VIP FORAM ALGUMAS DAS ATRAÇÕES QUE ESQUENTARAM A FESTA QUE TEVE A TRANSMISSÃO AO VIVO EM TEMPO REAL DA BORG FM DO AMIGO NETO BORGES COM A PARTICIPAÇÃO DE RICARDO MAGALHÃES E OUTROS CONVIDADOS. PARAQBÉNS A BORG. CONFIRA AS IMAGENS:GEDC0859GEDC0860GEDC0861GEDC0865GEDC0866GEDC0868GEDC0870GEDC0872GEDC0875GEDC0877GEDC0882GEDC0883GEDC0885GEDC0887GEDC0888

EXECUTIVA DO PRP DE ILHÉUS, VISITA OS CANDIDATOS DO PARTIDO PARA PRESTIGIÁ-LOS EM SEUS REDUTOS ELEITORAIS.


 Jeová, amigo e companheiro de Marcos Caldeira, "Disse, não é facil convencer a comunidade que ela pode ter um vereador que viva na própria comunidade", mais estamos convencendo-a do óbvio.
 Marcos e seu futuro assessor " Jeová"
 
 Amigos e moradores da comunidade do Alto da Soledade
 Representantes de Bloco Afro, Capoeira, Samba de Roda e Terreiro de Candomblé
 Marcos Caldeira, em discusso com a comunidade, "Me elejam e a cultura popular será meu legado, bandeira de inspiração do meu mandato"
 Pai Caldeira, felicitando boas vindas aos amigos e eleitores do seu filho Marcos Caldeira
 
 
 Lideranças, moradores, representantes do Samba de Roda, Capoeira e cultura popular
 Executiva do PRP/Ilhéus, R. Corsário e Durval Queiroz, com Marcos Caldeira que é candidato a Vereador 

A executiva do PRP em Ilhéus adotou uma estratégia de acompanhamento dos candidatos do partido, a fim de prestigiá-los nas suas bases eleitorais, Ontem (19) o Presidente Durval Queiroz e  o Secretário Roberto Corsário foi acompanhar o candidato a vereador Marcos Caldeira em reunião com seus eleitores, segundo Marcos Caldeira essa iniciativa não só valoriza os candidatos, mais também lhes dar confiança para pedir o voto, “minha comunidade recebeu a iniciativa com muito entusiasmo, alguns que ainda se encontravam em dúvida das nossas chances, apartir de ontem puderam ter a certeza de que o grupo é unido e sem dúvida nenhuma fará vereador”. Para o Presidente Durval, esse momento que tiramos para visitar nossos candidatos é muito importante para medirmos a densidade eleitoral de cada candidato em sua base eleitoral, sabemos que candidato de partido pequeno não tem muito apoio de suas bases, por entender que as chances são mínimas, mais não no PRP que todos têm chances de ser eleito, e com uma pequena margem de voto. Roberto Corsário endossou as palavras de ambos os companheiros de partido, acrescentando que essa estratégia é fruto do trabalho de 01 ano de montagem do PRP em Ilhéus, na composição da coligação PRP/PTN que há um ano que vem firmada, logo em seguida conclusa com a chegada do PSDB do Deputado Augusto Castro ao qual ele e Durval foram assessores de campanha para deputado em 2010, que também trouxe para a composição o Partido Democrata do Deputado Federal ACM Neto, que hoje concorre a prefeitura de Salvador, tudo isso é mérito da executiva, dos companheiros candidatos, do Presidente Estadual Jorge Aleluia, que acreditou no nosso trabalho, sabemos que só faremos vereadores se estivermos trabalhando conjuntamente, não podemos disparar três, quatro candidatos e deixar a rabeira a toa, seja na participação, seja nos compromissos de materiais, estivemos em salvador na última semana buscando apoios para nossos candidatos, pelo menos para termos santinhos em mãos, não podemos deixar Marcos Caldeira, Seu Madruga, Rita de Cássia, entre outros do partido, pedindo voto sem ter a principal ferramenta que é o santinho, partido pequeno é assim mesmo, é um por todos e todos por um, tem gente que não acredita que vamos fazer vereador, mais como nosso slogan já diz" Agora é a vez dos pequenos" as urnas no dia 07 de outubro confirmará vereador para o PRP de Ilhéus, e continuaremos dando toda atenção aos nossos candidatos, sempre que pedirem estaremos acompanhando suas atividades, sem se descuidar também da nossa campanha, tudo isso foi planejado e discutido, agora estamos colocando em pratica, só não podemos fazer o que deixaram de cumprir com o PRP, mais isso é assunto pra outro momento, o momento agora é de Marcos Caldeira – 44.345 candidato a vereador pelo PRP, na coligação PRP/PTN/PRP/DEM e PSDB.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Uma volta atrás

Por que o Brasil não salta a barreira do blá-blá-blá e engrena uma política vencedora de esporte na escola

11 de agosto de 2012 | 20h 00
Christian Carvalho Cruz, de O Estado de S.Paulo
Joaquim Carvalho Cruz (sim, só uma coincidência) tinha 21 anos quando, vestindo azul, carregou sua magreza e seu semblante de esforço ao até hoje único ouro olímpico do Brasil em provas de pista no atletismo. Correu a final dos 800 metros rasos dos Jogos de Los Angeles, em 1984, em 1 minuto e 43 segundos, recorde olímpico na ocasião. Lá se vão quase 30 anos. E tanta coisa mudou de lá para cá. A União Soviética, que boicotou aquela Olimpíada, desapareceu. A China ficou só em quarto. O próprio Joaquim, que continua magro, modesto e tímido, já não tem aquela cabeleira toda, ganhou uns fios grisalhos e agora fala com leve sotaque americano - reflexo dos 30 anos nos Estados Unidos, onde estudou, casou, cria seus dois filhos adolescentes, trabalha num centro médico da Marinha americana procurando talentos esportivos entre militares feridos de guerra, treina atletas olímpicos e paraolímpicos do país e, finalmente, onde pensa em maneiras de mudar o Brasil por meio do esporte.
 - Divulgação
Divulgação
“É incrível que nesses 30 anos quase nada tenha mudado estruturalmente nessa área. Será que nossos dirigentes e políticos ainda não enxergaram que a solução para nossos problemas está no esporte na escola?”, ele pergunta retoricamente, porque sabe bem a resposta. “É na escola que formaremos uma base grande da qual será possível tirar muitos campeões.” De outro modo, ele lamenta, continuaremos a suspirar por esporádicos heróis como o ginasta Arthur Zanetti, ouro nas argolas em Londres, e os irmãos Falcão do boxe, que treinavam humildemente socando humildes bananeiras num humilde quintal. “A falta de oportunidades para o garoto brasileiro que queira ser esportista me assusta.”
Mas Joaquim não fala apenas. Ele também age. Em Brasília, onde mantém um instituto que leva seu nome, acaba de iniciar um processo seletivo para descobrir e formar fundistas capazes de medalhar na Olimpíada de 2020. O Programa Rumo ao Pódio, patrocinado pela multinacional do ramo de embalagens Tetra Pak com R$ 1,4 milhão, recebeu 1.400 inscritos. Depois de uma fina peneira inspirada no modelo de seleção dos Seals americanos, sobrarão 30 jovens de 16 a 20 anos.
Na quinta-feira, Joaquim estava no Estádio Olímpico de Londres quando falou ao Aliás por telefone. Entre uma resposta e outra, dirigia palavras de conforto à corredora americana Alice Schmidt, sua pupila, desclassificada na semifinal dos 800 metros. Ele contou como foi, desta vez nos bastidores, fazer história de novo nos Jogos. Joaquim também era o técnico da atleta saudita Sarah Attar, de 19 anos, que de calça, mangas compridas e lenço na cabeça, foi ovacionada pela plateia mesmo terminado sua prova em último lugar. Pela primeira vez o comitê olímpico saudita permitiu a participação de mulheres nos Jogos. E se até isso mudou...
O que te vem à cabeça quando dirigentes esportivos e políticos dizem que nós seremos top 10 nos Jogos do Rio em 2016?
Bom, essa é a especialidade deles, não é? Falar. Falar qualquer coisa. Mas tudo bem. Falar de objetivos altos não é ruim. Só que já se passaram dois anos desde que o Brasil foi escolhido para sediar a Olimpíada e nada foi feito para mudar o que interessa, o que realmente será capaz de construir uma realidade nova no País, que é o esporte na escola. Será que não enxergam que esse é nosso maior problema? Eu li que dias atrás, aqui em Londres, autoridades brasileiras iniciaram oficialmente a contagem regressiva para os Jogos do Rio. Com relógio e tudo. Só agora?! Essa contagem tinha que ter começado dois anos atrás. Se seis anos já seriam insuficientes para formar um atleta ou mudar a estrutura esportiva do Brasil, quatro anos então... Temos que mexer nesse cenário ONTEM. Os políticos e dirigentes fazem muita política e pouca ação. A hora de falar já passou. Agora é hora de agir.
O dinheiro aumentou. Fala-se em R$ 2 bilhões investidos nos últimos quatro anos. Seria o dobro do ciclo olímpico anterior.
Sim, é verdade. Cresceu o apoio às confederações e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que são os responsáveis pela tarefa de possibilitar que os atletas ganhem medalhas. Mas tem um detalhe. Nós não temos esses atletas em quantidade. Temos uns poucos. Sabe por quê? Porque a base de onde se extraem possíveis medalhistas olímpicos é minúscula. Tirando o futebol, o Brasil não é uma mina que jorra atletas de alto desempenho. A falta dessa base é nossa maior deficiência. E a base precisa ser feita na escola. É o caminho mais fácil e promissor, para o esporte e para o País. Nos últimos seis anos, saiu ministro de Esporte, entrou ministro de Esporte. Saiu presidente da República, entrou presidente da República. E mudou o quê? Mas algo ainda pode ser feito.
O quê? De que maneira?
Para o Rio 2016 podemos copiar o exemplo britânico. Eles chamaram um holandês que mandou todo mundo embora e convidou um monte de gente comprovadamente boa, experts, muitos ex-esportistas do mundo todo, para trabalhar basicamente com os atletas já existentes e com potencial. Por meio das loterias, aumentaram os repasses de dinheiro e investiram pesado individualmente nesses atletas. O resultado está aí: a Grã-Bretanha deve terminar em terceiro lugar no quadro de medalhas, sua melhor participação na história da Olimpíada.
Mas esse método não mascara nossa grande deficiência, que é justamente a inexistência de um programa esportivo duradouro e que nos faça crescer como nação? As medalhas olímpicas devem ser o objetivo em si ou a consequência de um trabalho maior?
Você tem razão. A Olimpíada não vai acabar em 2016. E acho que o Brasil também não. Então, não precisamos pensar tão pragmaticamente só para daqui a quatro anos. O correto é aproveitar a grande oportunidade que temos para implantar esse programa mais duradouro junto com a educação, algo de que toda a população vai se beneficiar. Porque está mais do que provado que a prática de esportes melhora as notas dos alunos, afasta os jovens das drogas, da criminalidade, dá oportunidade e por aí vai. Por outro lado, ter a medalha olímpica como objetivo não é ruim. O atleta, o garoto, precisa acreditar que é possível. Parece pouco, mas te asseguro que significa um passo enorme.
Imagino que essa segurança vem da sua própria história...
Sim, da minha vida no esporte. Quando eu tinha 15 anos um americano me deu um par de tênis All Star - eu jogava basquete - e disse que quando eu terminasse a escola em Taguatinga ele me daria uma bolsa para estudar e jogar numa universidade americana. Eu ia duvidar? De jeito nenhum! Eu pensava: “Puxa, se esse cara que nem é meu parente, meu amigo ou meu vizinho vem de outro país e acredita desse jeito em mim, eu devo ser especial... Vou nessa!” Foi assim que me tornei medalhista olímpico, seis anos depois. Então, nós temos que plantar a semente da vitória. A vitória pode ser a medalha olímpica. Mas também é a jornada do garoto atrás dessa medalha. Veja uma coisa. Hoje (quinta-feira) a minha atleta, Alice Schmidt, que eu treinei por sete anos, não se classificou para a final dos 800 metros. Ela deixou a pista chorando, eu a deixei chorar um tempo e então fui conversar. Ela já está no final da carreira, portanto era praticamente a última chance dela em Olimpíada. Perguntei se, apesar do resultado ruim em Londres, ela tinha aprendido algo na trajetória esportiva dela. “Muita coisa, aprendi a viver”, ela me respondeu. É isso! A medalha representa o sacrifício, o esforço, é um símbolo importante. Mas, se ela não vem, a jornada tem que ter servido para aprendizados e sentimentos maiores, coisas que você vai carregar pelo resto da vida.
Além da Alice havia outra corredora treinada por você nos 800 metros, a Sarah Attar. Ela chegou em último lugar na eliminatória, 45 segundos atrás da primeira colocada, mas fez história por ser a primeira mulher saudita a disputar uma prova de atletismo nos Jogos. Que tal a experiência?
A Sarah realizou o sonho de muitas mulheres e meninas. Ela permitiu que as novas gerações sonhem. Conheci a Sarah apenas seis semanas atrás, e tenho orgulho dela como se fosse minha filha. Ela é originalmente corredora de maratona. Nasceu nos Estados Unidos e tem dupla cidadania, porque a mãe é americana e o pai, saudita. Treina e estuda em uma universidade da Califórnia. O pai me ligou, explicou a situação. Ela tinha sido convidada pelo COI, não disputou seletiva. Eu topei e pensei: “Meu Deus, preciso montar um programa de trabalho para que essa menina termine a prova sem se machucar”. Porque mudar da maratona para os 800 metros não é pouca coisa. Seria o mesmo que pedir pro Usain Bolt correr os 10 mil metros. No fim, foi uma experiência muito legal. A Sarah é supercompetitiva. Estava preocupada, não queria fazer feio. Ficava na internet investigando sobre a pior marca dos 800 metros na história dos Jogos. Aí falei para ela: “Para com isso, Sarah. Você já é uma vencedora olímpica antes de entrar na pista. Quanto mais tempo você levar, melhor para o mundo! Não esquenta com o tempo”. Ela curtiu estar ali. Depois da prova veio me dizer que não tinha sentido o próprio corpo durante toda a corrida. Estava consumida pela energia da plateia.
Voltando às ambições brasileiras: como é que se forja uma potência olímpica?
Certamente não é em quatro anos. Tem que dar oportunidade para o garoto praticar esporte na escola, na comunidade dele, e dali você tira os fora de série capazes de competir em alto nível. Qual é nossa realidade hoje? Trinta por cento das escolas públicas brasileiras não têm espaço adequado à prática esportiva. Não estou falando de quadras poliesportivas. Não existe espaço nenhum, nada. São dados de uma pesquisa encomendada pela organização Atletas Pela Cidadania, da qual faço parte junto com Raí, Ana Moser, Magic Paula e uma porção de atletas preocupados com o futuro do País. Hoje acontece o seguinte: o garoto pobre brasileiro vê os grandes heróis olímpicos pela TV, se empolga e sente vontade de imitá-los. Quer correr, nadar, jogar tênis, saltar. Ok, ótimo! Mas onde ele vai praticar? Em clubes? Esquece, a família dele não tem dinheiro para pagar a mensalidade. Quando eu ganhei a medalha de ouro em Los Angeles, meu irmão e meu primo ficaram tão entusiasmados que decidiram correr também. Começaram a correr na rua mesmo, sozinhos, sem instrução, já que não tinha outro jeito. Durou dois dias o entusiasmo deles. E talvez nós tenhamos perdido duas medalhas olímpicas, vai saber... Isso faz quase 30 anos e continua do mesmo jeito. O poder público não pode sonegar essa oportunidade ao garoto. Tem o dever de proporcionar a chance de ele manter o entusiasmo, a chama. E é a escola pública que pode fazer isso, não o clube. Do clube saem os atletas cujas famílias podem bancar o início da jornada dele.
Um modelo perverso que faz o Brasil viver de heróis olímpicos esporádicos, não? Seu caso é uma exceção.
Mais ou menos. Eu tive sorte. Como meu pai era carpinteiro, trabalhava na indústria de construção civil, eu podia frequentar o Sesi (Serviço Social da Indústria) de Taguatinga. Meus amigos da escola ou do bairro não podiam, pois precisava de carteirinha para entrar. Então, aos 7 anos eu fui estudar num local que oferecia também boa estrutura para a prática de esporte. Ali encontrei meu primeiro professor de basquete, que depois descobriu meu talento para o atletismo. Era um lugar onde eu passava a maior parte do meu tempo. No Sesi fui apresentado a educação física, tratamento médico, alimentação correta, vi um dentista pela primeira vez na vida, tomava remédio para matar os bichos da barriga. O Joaquim Cruz campeão olímpico vem daí. Mas e os meus amigos e vizinhos que só tinham a rua?
Por onde você começaria a mudança?
Insisto: na escola. Nos meus tempos de ginásio, nós íamos para a escola de manhã e voltávamos lá à tarde para as aulas de educação física. Hoje a educação física está dentro da grade escolar, antes da aula de matemática e depois da de história. Ou seja, o garoto que é bom em algum esporte, joga um basquetinho ralado na rua dele, não vai poder desenvolver essa aptidão na escola, onde poderia dar a sorte de ter um professor capaz de identificar nele algum potencial. Ao contrário, ele vai ter só os 50 minutos de aula, insuficientes para desenvolver algo consistente ou mostrar seu talento. E assim, o garoto que gosta de jogar na rua continua na rua. Aí ele chega à adolescência, fase da vida em que a gente se junta, faz grupos, turminhas, e em vez de se juntar a um grupo de estudantes atletas como ele, com possibilidade de construir uma vida melhor, ele se junta a grupos destrutivos. Bem, eu acho que o Brasil conhece bem essa história...
Como funciona nos Estados Unidos?
Vou contar a minha experiência para você sentir a diferença. Eu tenho dois filhos, de 18 e 15 anos. Quando o mais velho tinha 4, minha mulher me pediu que eu o colocasse no esporte. “Ok, vou matriculá-lo no futebol.” Saí da minha casa, andei mil metros até o centro comunitário do bairro e inscrevi meu garoto nas aulas de futebol. Ali mesmo, no ato da inscrição, me perguntaram se eu gostaria de ser professor voluntário da turma do meu filho. Eu disse que não, pois não tinha experiência. Eu nunca tinha tido um filho! Depois assumi uma turma de basquete. Mas na primeira reunião com as famílias outro pai se prontificou a ficar com as aulas. Ele recebeu as instruções necessárias e foi credenciado pela prefeitura para ser treinador. Como nessa fase é algo bem básico, mais a título de diversão, tudo bem que não seja um especialista. E tudo isso sem custo, muito perto de casa, bem organizado e com boas instalações. O centro comunitário tem ginásio, piscina, quadra de tênis, campo gramado. Sem luxo, mas com o necessário. Cada bairro tem o seu, a 3 ou 4 quilômetros um do outro. O esporte está injetado na cultura americana - e começa quase sempre nesses centros comunitários oferecidos pela prefeitura.
E depois?
Na sequência vem a escola. No primeiro grau o garoto é apresentado a diferentes modalidades, ainda sem competição. No ensino médio ele pode participar de esportes competitivos e escolher: ou faz as aulas de educação física, que são obrigatórias, ou entra para uma equipe que vai competir com outras escolas do bairro, da cidade, do Estado, do país. O poder público dá dinheiro para as escolas manterem essas equipes. Elas são muito tradicionais. E tudo faz parte de um grande sistema gerenciado por uma espécie de federação estadual, sem fins lucrativos, que organiza as competições. Essa federação então trabalha em conjunto com as universidades, que vão recrutar os melhores para serem seus esportistas estudantes. A base, portanto, é muito grande. Encontrar atletas com potencial para o alto rendimento não é procurar agulha no palheiro como no Brasil. Desse sistema americano saem todos os grandes esportistas do país.
Por que é tão difícil estruturar um sistema assim no Brasil?
Porque nossos políticos conversam demais, e só entre eles. Os Atletas pela Cidadania têm um plano pronto, com diversas propostas de ação, entre elas a de que o País invista para levar esporte a todas, TODAS as escolas públicas até 2022. Há quase um ano nós pedimos uma audiência com a presidente Dilma para apresentar esse plano. Estamos esperando.
E por que você insiste, Joaquim? Por que se importa? Por que luta contra uma estrutura que está aí há pelo menos 500 anos?
(Depois de longo silêncio, emocionado) Olha, o meu trabalho como gente, como ser humano, não acabou ainda. Eu nasci com um objetivo. E se isso não for levado para a frente, todo o sacrifício, os treinamentos, as dores, as cirurgias terão sido em vão. (Silêncio de novo.) Existe algo maior do que tudo isso, sabe? Eu acredito que toda criança nasce uma estrela e tem o direito de brilhar. E nós adultos temos a responsabilidade de oferecer oportunidades de ela brilhar. Acho que é isso.

VACINAÇÃO DE 18 A 24 DE AGOSTO


Secretário da Casa Civil publica artigo sobre democratização do acesso a água

Postado por jornal Atarde

318543 291970984152244 204844043 nEm artigo publicado nesta quarta-feira (15), no jornal A Tarde, o secretário da Casa Civil do Governo da Bahia, Rui Costa, apresenta o investimento em distribuição de água realizado pela gestão do governador Jaques Wagner. São R$ 4 bilhões captados para que baianos e baianas tenham acesso a este bem público.
Costa defende que o maior investimento em água na história da Bahia está em execução e que o padrão de condução do governador Wagner é o mais humano que o estado já teve. Ele ressalta ainda importantes ações do Programa Água Para Todos, que serviu de exemplo para a política de distribuição de água do governo federal.
Leia na íntegra:
O maior investimento em água da história da Bahia
Chegamos ao governo, sob a liderança de Jaques Wagner, com a missão de superar as décadas de atraso e negligência na Bahia, quando os mais pobres não recebiam a atenção necessária, em especial a população do semiárido. O governador encontrou um estado com diversas marcas sociais negativas, como a pior taxa de analfabetismo, o alto índice de pobreza e uma das menores proporções de distribuição de água de todo o país.
O governo anterior, no período entre 1999 e 2006, investiu cerca de R$ 1,1 bilhão em abastecimento de água. De 2007 a 2012, captamos e executaremos R$ 4 bilhões, elevando em 249% o valor investido em oito anos da gestão passada. Os números superam qualquer referência histórica na Bahia e traduzem o esforço e a prioridade do governador em levar esse bem público, tão essencial à vida humana, a quem mais precisa.
Esta prioridade ficou explícita já no primeiro ano, com o Programa Água Para Todos, que é o carro chefe deste novo padrão de condução: o mais humano que a Bahia já teve. Somando os recursos para água e esgotamento sanitário, o programa totaliza hoje R$ 7,7 bilhões.
Só em 2012, quando vivemos a pior seca dos últimos 50 anos, captamos R$ 1,7 bilhão para ampliar e fortalecer a infraestrutura hídrica do estado. Resultado de uma sensibilização e articulação com o governo federal, que garantiu a inserção da Bahia no Plano de Combate aos Desastres Naturais, anunciado pela presidenta Dilma Rousseff.
Estes investimentos se materializam em obras estruturantes, como o Projeto Águas do Sertão, que já beneficia cerca de 83 mil pessoas distribuídas em 22 localidades baianas, no chamado “polígono da seca,” e as duas adutoras que captam água do Rio São Francisco: a do Algodão e a do Feijão, que abastecerão a região de Guanambi e Caetité e a de Irecê. Juntas, somam R$ 320 milhões e beneficiarão 657mil pessoas.
Outras tecnologias são utilizadas, a exemplo de 2,3 mil sistemas simplificados de abastecimento já concluídos. Alcançaremos a meta de 4 mil em oito anos. Para as populações dispersas, residentes da zona rural, foram construídas 93 mil cisternas de água, ultrapassando a marca de 170 mil até 2014.  Em novas ligações, os números também são extraordinários: 636 mil, e devem chegar a mais de 900 mil.
Com o Água Para Todos, famílias inteiras estão saindo de ciclos dramáticos de escassez para adentrar a democratização do acesso aos recursos hídricos de qualidade em quantidade. Dentre os principais resultados alcançados pelo programa, destaca-se a recuperação da dignidade do cidadão, a geração de emprego e renda, a melhoria na saúde pública e o combate à indústria da seca.
O trabalho não se finaliza com as obras. Existe uma real preocupação com os beneficiados. São realizadas medidas de capacitação, no que tange à gestão do meio ambiente e no armazenamento da água, viabilizando a permanência do homem no campo e poupando o desgaste recorrente do trabalhador rural na busca e transporte de água.
Deu certo. Por priorizar a qualidade de vida do cidadão, a Bahia vence desafios e é exemplo para todo o país. O alcance dos resultados fez com que o Água Para Todos ganhasse proporções nacionais. O projeto implantado pelo governador Jaques Wagner foi incorporado na política de distribuição de água do governo federal.
Muito ainda precisa ser feito, daí a importância de darmos continuidade aos trabalhos. Entendemos a seca como uma consequência natural do clima desta região e que não é possível vencer a natureza. Portanto, nosso objetivo não é o combate, mas a busca de alternativas para uma boa convivência com o semiárido. É uma forma de garantir condições de cidadania e perspectiva de desenvolvimento a todos os baianos.
Só quem testemunha a dimensão deste trabalho tem noção da alegria que é ver um senhor, aos 70 anos de idade, ter água na torneira de casa pela primeira vez. O reconhecimento do cuidado e atenção está impresso na vida dos baianos e baianas. Esta marca os livros já podem contar: Wagner é o governador que mais investiu em água na história da Bahia. Parabéns.(15/08/2012)

O que é Educação de Qualidade?

 Postado por Planeta Educação
João Luís de Almeida Machado Doutor em Educação pela PUC-SP; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP); Professor Universitário e Pesquisador; Autor do livro "Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema" (Editora Intersubjetiva).


Educadores também salvam vidas
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Se tivesse que sintetizar e responder em poucas linhas a questão‑título deste texto, não teria dúvidas, diria que educação de qualidade é aquela que garante ao cidadão acesso, compreensão e uso das possibilidades a ele concedidas pelo conhecimento, de forma crítica, cidadã, ética e fraterna.
Nesse sentido, creio ser de grande valia analisar alguns dos termos‑chave desta síntese, a principiar pela própria expressão “educação de qualidade”, que pode ser entendida, para início de conversa, como redundante, apesar de bastante necessária. O acréscimo do vocábulo “qualidade”, definido no dicionário Aurélio como sendo a “propriedade, atributo ou condição das coisas ou das pessoas, que as distingue das outras e lhes determina a natureza” ou ainda como aquilo que define padrões de “superioridade, excelência” para alguém ou algo deveria ser inerente, ou seja, entendido como característica presente ou, no mínimo, almejada para a educação.
Não é isso o que acontece. Quando falamos simplesmente de “educação” não agregamos a este conceito, a princípio, como dado permanente e presente, ou ao menos esperado, a ideia de prática virtuosa, superior. Ou seja, Educação e Qualidade não são palavras que entendemos como irmãs, emparceiradas e unidas de forma indissolúvel. Ao menos não até o momento. Por isso utilizamos como distintivo a expressão “educação de qualidade”. Há, portanto, em nosso horizonte, “educação” e “educação de qualidade”.
O que esperamos é que isso venha a acontecer, de tal modo que, ao falarmos em educação num futuro indefinido, que esperamos próximo, já concebamos tal ação ou área de atuação como sendo de “qualidade”, ou seja, de alto nível.
Indo um pouco além na definição inicialmente apresentada, daria enlevo à ideia de que a educação deve “garantir” ao cidadão acesso, compreensão e uso do conhecimento. Não vivemos num país em que as garantias sejam culturalmente significativas, a não ser que nosso direito de consumidores seja diretamente afetado pelo mau funcionamento de um televisor ou de um computador, por exemplo.
A garantia de uma educação que ofereça possibilidades reais de progresso dentro do contexto social, econômico e político em que vivemos, a todo e qualquer cidadão, não deveria ser apenas um belo discurso apregoado em nossas leis. O não cumprimento deste preceito constitucional deveria resultar em penalidades a todas as pessoas que, responsáveis por essa ação, não proporcionarem reais possibilidades a seus alunos de atingirem metas e resultados que comprovadamente garantam a eles o esperado sucesso educacional.
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E o que queremos dizer com “sucesso educacional”? Altivez, voz ativa, capacidade e ensejo à participação, condição de avaliar criticamente as variáveis do mundo em que vive, compreensão dos códigos e normas que regem a vida em sociedade, respeito pelo próximo, mobilização em favor de valores universais [como a paz e solidariedade] e capacidade de empreender, de realizar, são atributos esperados para que possamos atestar tal sucesso.
Mas estes resultados acontecem ao longo de toda a vida, cabendo a escola papéis aparentemente “menores” nesta jornada rumo ao cidadão consciente, integrado, participativo e solidário mencionado como aquele que atinge o sucesso educacional. Às escolas competem ações mais objetivas e claras como a alfabetização e o letramento, o estímulo e a prática da leitura, a compreensão e uso da linguagem matemática, o acesso a línguas estrangeiras, o ensejo e apreciação das artes, o entendimento do mundo e da humanidade a partir das ciências humanas, o incentivo à prática desportiva...
E é justamente neste ponto que reside a necessidade de virar a mesa e compreender que, todas estas ações empreendidas pela escola, em parceria com a família e a sociedade como um todo, ungida e promovida pelas forças políticas que comandam o país [independentemente de bandeiras políticas], constituem o alicerce fundamental para a consecução da educação de qualidade, aquela que concretiza o sucesso educacional.
Cada ação educacional, realizada da forma mais competente, profissional e plena possível tem a capacidade de consolidar nos estudantes mais e melhores possibilidades de êxito em suas vidas. E mais, o entrelaçamento de todas as ações e práticas realizadas ao longo da vida escolar de uma criança é capaz de definir aonde ela poderá chegar, ou seja, se será um técnico especializado, um médico a salvar vidas, um professor competente ou se irá purgar em sua existência terrena, subempregado ou desempregado, mendigando pelas ruas, vivendo em barracos ou embaixo da ponte...
Costumo ressaltar que assim como os médicos, também os professores [e todos os outros profissionais, cada qual no seu ínterim, em sua área de atuação] são capazes de salvar vidas. Se ao médico compete realizar tal ato de forma mais palpável e visualizável aos nossos olhos, no caso dos educadores, a educação qualificada pode significar melhores empregos, participação política, compreensão das leis, capacidade de manifestação...
Indo um pouco além das garantias e dos resultados proporcionáveis pela educação de qualidade, devemos também refletir quanto ao uso do termo “cidadão” surgido na afirmação inicial que embasa este texto. Não é possível crer como sendo “cidadãos” nossos conterrâneos brasileiros que não tem acesso garantido a um sistema educacional que lhes garanta autonomia e condições de igualdade na luta por uma vida mais digna. Cidadania encerra, enquanto conceito, a compreensão de que para seu pleno exercício devam existir algumas prerrogativas básicas, entre as quais, certamente, a educação [de qualidade] “puxa a fila”.
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Cidadão, de acordo com o Dicionário Aurélio, é o “indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado”. Como alguém pode usufruir dos direitos e cumprir com os deveres estabelecidos por qualquer Estado estabelecido de acordo com prerrogativas democráticas se é alijado logo de princípio por não ter acesso ou não dispor de educação que lhe conceda os quesitos mínimos para o exercício de suas responsabilidades e gozo de seus direitos?
O mínimo que se pode dizer é que vivemos paradoxos como o da cidadania que é concedida por lei, mas incompreendida por quem a ela deveria ter acesso por incapacidade para o exercício da leitura... Ou ainda que tenha o poder de ditar os rumos políticos do país através do voto, os brasileiros na realidade não decidem por não estarem aptos a entender com a devida profundidade quem são os candidatos, os partidos, as plataformas ou mesmo quais as funções de cada cargo eletivo...
De qualquer forma, ainda que compreendamos tudo aquilo que já foi debatido nestas linhas [e isto nos torna privilegiados num país em que ainda existe expressivo contingente de pessoas que não tem acesso ou capacidade de compreensão para tal], cabe finalizar o presente artigo destacando que ao cidadão brasileiro [ou de qualquer nacionalidade] deve ser dado e executado o direito de acesso, compreensão e uso do conhecimento humano.
Neste sentido precisamos de escolas que não apenas “reproduzam” e despejem conhecimento livresco sobre nossos estudantes. Promover o pensamento, a prática científica voltada para a aplicação em prol da sociedade, a capacidade de participação, o ensejo as artes e aos esportes não apenas como discurso ou como “objetivo” que consta dos planejamentos anuais é algo a se realizar. As escolas precisam ir além do acesso ao conhecimento, promovendo de forma clara e consistente também a compreensão e, em especial, a utilização destes saberes em suas vidas.
Agora, é preciso igualmente forçar a leitura até o final da definição apresentada quanto à “educação de qualidade” para que não nos esqueçamos que o acesso, a compreensão e o uso do conhecimento devem ser sempre guiados por conceitos de fraternidade, justiça, lealdade, criticidade, ética e cidadania. Só assim teremos, de fato, atingido o almejado sucesso educacional. Apenas contando com estas bases como o apoio à aplicação dos saberes acessados e em utilização é que poderemos ter certeza que atingimos, de fato, a educação que cremos ser de qualidade...

ASSEMBLEIA GERAL

APPI/APLB - SINDICATO CONVOCA TODA CATEGORIA PARA ASSEMBLEIA GERAL DA REDE MUNICIPAL QUE VAI ACONTECER NESTA QUINTA FEIRA, DIA 16/08/2012, ÀS 15:30 H., NO AUDITÓRIO DO IME- CENTRO, TENDO COMO PAUTA: ATRASO DE SALÁRIO.
 

Eleição de Carmelita é prioridade para o PT e para a presidente Dilma, afirma Falcão

Documents O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, disse nesta terça-feira (14), em Ilhéus, que a eleição da Professora Carmelita é prioridade para o partido e para a presidente Dilma Roussef. Falcão participou de um encontro com representantes sindicais e de partidos que formam a base aliada do governo federal e garantiu que, para o País, a eleição de Carmelita em Ilhéus representa mudança, inovação e via de esperança para uma cidade que tenta retomar o rumo do desenvolvimento depois de uma crise profunda. “Nós viemos aqui para falar desta prioridade”, afirmou, acrescentando que, Carmelita ganhar a eleição em Ilhéus “significa trazer para cá, e com identidade, os benefícios que o governo federal já está oferecendo a todo o Brasil”. De acordo com o presidente nacional do PT, está na hora de Ilhéus abrir oportunidade de trabalho para as pessoas. “O que acontece em todo o Brasil precisa acontecer aqui também”, afirmou, sendo bastante aplaudido.
Rui Falcão também confirmou que nesta quarta-feira (15), Professora Carmelita será recebida, em São Paulo, pelo ex-presidente Lula. “Ela também conta com ele”, garantiu. Ainda segundo o dirigente, o PT de todo o Brasil entra de corpo e alma para ajudar Carmelita. “É não será só para ganhar a eleição. Será para colocar Ilhéus nos trilhos e em sintonia com o governo federal”, completou. Além do presidente nacional da sigla, esteve em Ilhéus o sindicalista Jonas Paulo, presidente estadual do PT, que veio reforçar o apoio dos dirigentes estaduais à candidatura de Professora Carmelita. “Não abriremos mão de ajudar governos com a sensibilidade de apoiar o nosso projeto nacional. Entendemos a importância da candidatura de Professora Carmelita. Sabemos que Ilhéus não pode esperar. Não queremos ficar ouvindo o apito do trem e do navio que passarão pela Fiol e pelo Porto Sul. Queremos isso em forma de benefício para o povo de Ilhéus, o povo mais simples”, afirmou.
Para Jonas Paulo a cidade vive um momento em que é preciso ter um gestor que não tenha apenas a visão de administrar, mas que ofereça a sensibilidade para cuidar das pessoas. “E quem cuida bem, sabe cuidar melhor do que qualquer pessoa é a mulher, é a mãe”, destacou. O presidente estadual do PT denunciou que setores que disputam a eleição chegaram até a trabalhar contra os investimentos previstos para a cidade. “Eles queriam apostar no caos, por quem com o caos tudo ficaria mais fácil”, disse. “Deixa a disputa acontecer. Nós sabemos quanto vale a nossa sola de sapato. E temos a tranquilidade de dizer que esta curva ascendente da Professora nos anima e empolga a militância. Alguém achava que ia ter WO, mas a vitória vai ser nossa. Temos condições objetivas de vencer”, garantiu. Jonas Paulo disse ainda que a vinda do presidente nacional do PT é apenas um começo de sucessivos apoios nacionais que Carmelita terá. ”Viremos mais, viremos todos. Temos o compromisso em fazer as transformações que ilhéus almeja. O Brasil tem responsabilidade com esta cidade”, finalizou.

Seduc realiza pagamento aos beneficiários não contemplados do Precatório do FUNDEF 2024

Autor: Ivana Barreto (Ncom Seduc)    Seduc realiza pagamento aos beneficiários não contemplados do Precatório do FUNDEF 2024 O pagamento ser...