segunda-feira, 2 de novembro de 2015

História do PV


PARTIDO VERDE - Foto: site 

O Surgimento do PV Enquanto Instituição Política

O Partido Verde surgiu como instituição política na Tasmânia (Austrália). Um grupo de ecologistas denominado United Tasmanian Group se reuniu pela primeira vez em 1972 com o objetivo de impedir o transbordamento do Lago Pedder. Mais Tarde o grupo adotou o nome de Green Party (Partido Verde em inglês). Na Europa os Verdes surgiram nos anos 70 e se consolidaram como partidos políticos nos anos 80.

O Surgimento do Partido Verde no Brasil

O Partido Verde surgiu no Brasil, em 1986, na cidade do Rio de Janeiro. A idéia partiu de um grupo de ecologistas, artistas, intelectuais e ativistas, principalmente do movimento antinuclear. Boa parte dos membros que ajudaram a dar origem ao PV no Brasil passou pelo exílio durante o regime militar, mantendo, nesta época, contato com os movimentos ecologistas e alternativos da Europa. O retorno dos exilados deu um forte impulso ao movimento, mas não conduziu de imediato à organização de um partido político Verde. Erroneamente, pensava se que a política Verde poderia ser executada dentro dos partidos de esquerda, tão somente. Com o fim do regime militar, em 1985, surgiu um novo ambiente político que acabou por estimular a organização política dos Verdes. Dentro dos movimentos ecologistas da época, o debate em dar forma ou não a um Partido Verde foi longo e áspero. No começo de 1986, um grupo composto por escritores, jornalistas, ecologistas, artistas e também por ex-exilados políticos começou a dar forma ao PV. As circunstâncias políticas da época eram muito positivas, levadas por influência das idéias ecologistas e alternativas que vinham da Europa, especialmente dos Verdes da Alemanha Ocidental.

As Primeiras Disputas Eleitorais

Embora legalizado o Partido Verde não participou das eleições de novembro de 1986. Apesar disso, no Rio de Janeiro, em uma aliança informal com o PT, o então líder verde, Fernando Gabeira, disputou as eleições para governador do Estado. Foi uma campanha maciça e entusiástica, porque, pela primeira vez no Brasil, nas tevês e nas ruas, foram vistas manifestações por uma política predominantemente ecológica, entre outras atitudes não conservadoras.

A reação foi dura e a candidatura Verde recebeu oposição forte através da mídia conservadora. A campanha teve seus momentos espetaculares, como por exemplo, o contingente de 100 mil pessoas no memorável abraço ecológico à Lagoa Rodrigo de Freitas. Naquela eleição, Fernando Gabeira obteve 7,8% dos votos e ficou em terceiro lugar. Os verdes elegeram também seu primeiro deputado estadual, Carlos Minc, hoje Ministro do Meio Ambiente.

Após as eleições de 1986, o Partido Verde expandiu para outras regiões. Em 1987, foi organizado em São Paulo e Minas Gerais e deu seus primeiros passos para o Norte e Nordeste. Foi naquela época que tiveram de enfrentar problemas de ordem interna. Os Verdes funcionavam bem como um movimento, fazendo ações diretas, criando fatos de impacto, etc. Mas, quando veio a necessidade de montar as estruturas estáveis, formais e regulares, necessárias para organização do Partido, a situação ficou difícil.

Um dos maiores problemas foi legalizar o Partido Verde, visto as dificuldades impostas pela legislação eleitoral vigente. No começo de 1988 o Partido obteve seu registro legal provisório e participou das eleições municipais. Nestas eleições, Os Verdes elegeram 20 vereadores, distribuídos entre os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Paraíba. Foi em 1988 que o Partido expandiu para outras regiões do país, especialmente na região da Amazônia, onde os Verdes tinham como aliado o líder dos seringueiros, Chico Mendes. Ele sempre esteve muito próximo do Partido Verde, que vivenciou seu esforço incondicional. Chico Mendes participou, como observador, em diversas reuniões e convenções e discutia a possibilidade de filiar-se ao PV e disputar uma vaga para deputado pelo Estado do Acre, na eleição de 1990. Foi morto em 1988. O crime tomou a atenção de todo o planeta.

Neste ano, os brasileiros votaram para presidente pela primeira vez, desde 1960. O PV enfrentava um período extremamente difícil de discussões, de esforços e de confrontos internos sobre o que fazer. A princípio se desenhou uma campanha que teria um candidato de um partido da esquerda para Presidente e o vice, seria do PV. O tal Partido de esquerda se contrapôs à candidatura à vice, indicada pelos Verdes. Nesta situação, a posição interna dentro do PV mudou e a idéia de um candidato Verde para presidente ganhou força. O Verde escolhido foi Herbert Daniel, ativista dos direitos civis, substituído posteriormente, por motivos de saúde. Com apenas quinze segundos de tempo na tevê, sem nenhuma estrutura financeira, a campanha presidencial Verde teve pouco impacto e eficácia perante o eleitorado. Mesmo porque, a maioria habitual dos eleitores Verdes decidiu pelo voto útil, beneficiando outros candidatos de esquerda que tentavam assegurar presença no segundo turno. Os Verdes obtiveram neste pleito, menos do que 1% dos votos. No segundo turno apoiaram a campanha da esquerda, derrotada por uma margem estreita de votos.

As perspectivas para as eleições de 1990 eram promissoras. Os Verdes esperavam eleger, pelo menos, cinco deputados federais e dez deputados estaduais. Alguns artistas afiliaram-se ao PV. Mas em maio de 1990, os Verdes sofreram um brutal e fatídico golpe, provindo da Justiça eleitoral, que recusou conceder o registro provisório a legenda. Diversos outros partidos tinham obtido este tipo de renovação antes, mas os juízes decidiram de outra maneira e os Verdes foram proibidos de existir, legalmente. Este episódio, decisivamente, impediu o crescimento do partido, como era esperado. Ainda em 1990, impedido mais uma vez de usar sua própria legenda, o PV carioca filiou um de seus ativistas em outro partido e conseguiu, pela primeira vez, eleger um deputado federal.

A Escalada Organizativa e de Crescimento

Nas eleições municipais de 1992, os Verdes elegeram 54 vereadores em todo o país e três prefeitos em pequenas cidades do Estado de São Paulo. Após as eleições, alguns membros do PV foram convidados para dirigir secretarias de meio ambiente em vários municípios, inclusive em algumas capitais de Estado como, Rio de Janeiro, Salvador e Natal.

Em 30 de setembro de 1993, o Partido Verde obteve seu registro definitivo junto à Justiça Eleitoral Brasileira.

Nas eleições presidenciais de 1994 o PV, novamente, apoiou o candidato das esquerdas, assim como fez em 1990. Elegeu um deputado para o Parlamento Federal (PVRJ). Também elegeu três deputados estaduais; um em Minas, um na Paraíba e um em São Paulo.

Nas eleições municipais de outubro de 1996, o PV elegeu 13 prefeitos em pequenas cidades dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais; 189 vereadores distribuídos em 15 Estados da Federação. Em dois municípios de São Paulo, os prefeitos Verdes fizeram seus sucessores. A maior cidade com uma administração Verde, até então, passara a ser Rio Claro, no Estado de São Paulo, com uma população de 160 mil habitantes, e posteriormente, Guarulhos (1998), também no Estado de São Paulo, com uma população 1,1 milhão de habitantes (o vice-prefeito filiado ao PV assumiu o cargo deixado pelo prefeito em exercício).

Os Verdes definitivamente cresceram em representatividade com a filiação do ex-prefeito de Vitória e então Governador do Estado do Espírito Santo, Vitor Buaiz, que passou a ser o primeiro Governador Verde do Brasil.

Em 1998 a situação política nacional dava com folga uma vitória fácil para a reeleição do presidente social democrata em exercício. A terceira tentativa do candidato de oposição, no sentido de conduzir uma aliança das esquerdas foi duramente criticada e acusada de ser mais um manobra para manter a hegemonia do seu partido do que para ganhar realmente as eleições. Depois que as negociações políticas de alianças com os partidos se esgotaram, mais uma vez, os Verdes decidiram apresentar candidatura própria à Presidência da Republica. Desenvolveu-se uma campanha pequena, de três meses, sem financiamento, que serviu mais para ajudar a promover o programa e as agendas do PV. Em uma eleição novamente com muita pressão pelo voto útil, dividiram-se os votos entre o então presidente e os dois candidatos da oposição. O candidato Verde chegou em sexto lugar, entre doze candidatos, com 213 mil votos. A contagem presidencial precedente dos Verdes tinha sido 125 mil votos, em 89. Nesta eleição, os Verdes também disputaram os cargos para governador e senador em cinco estados da federação. Em 23 estados, disputaram vagas para os parlamentos estaduais e federal. O PV RJ reelegeu seu deputado federal. Mas nos outros estados, embora alguns outros candidatos tivessem tido bom desempenho, não foi o bastante para Elegê-los. Quatro deputados Verdes foram eleitos para os parlamentos estaduais; no Rio, São Paulo, Bahia e Paraíba.

O Partido Verde teve um crescimento substancial de votos nas eleições municipais de 2000, aproximadamente 1,5 milhões, no somatório entre os votos de legenda e nominais. Em números de votos válidos, os Verdes ficaram com a 13º colocação, entre os 30 partidos existentes. Mas, ainda continuaram discretos em números de prefeitos e vereadores. Elegeram novamente 13 prefeitos e elevaram suas cadeiras nos parlamentos municipais para 315 vereadores. Assumiram, por 120 dias, uma cadeira no Senado através do suplente (PVAC).

Em 2002, em razão das regras eleitorais o Partido Verde ficou impossibilitado de apresentar candidato a Presidência da Republica. Apresentou várias candidaturas ao senado e aos governos estaduais, embora sem êxito, ajudou estrategicamente nas eleições parlamentares. Obteve, 2% dos votos válidos para os parlamentos estaduais em todo o território nacional, foram 1,78 milhões de votos que elegeram 11 deputados. Elegeu cinco deputados federais, em quatro estados, obtendo 1,35% (mais de 1 milhão de votos) para o parlamento federal.

Em 2003 o PV integrou a base de apoio do recém empossado governo federal, sendo o Ministério da Cultura ocupado por Gilberto Gil. Filou aos seus quadros um deputado federal, elevando para seis o número de parlamentares na Câmara Federal. O PV também aumentou seus quadros nos parlamentos estaduais, passando de onze para treze deputados.

Em 2004 em uma memorável eleição municipal, os verdes elegeram 773 vereadores, obtendo 2,95% dos votos válidos do país. Foram eleitos 55 prefeitos e 68 vice-prefeitos.

Em 2006 os verdes prepararam a legenda para suplantar a cláusula de barreira até então imposta pela legislação eleitoral (5% dos votos válidos em todo país). Atingem pouco menos de 4% dos votos válidos, elegendo 13 deputados federais e 34 deputados estaduais. Sua bancada de deputados federais integrou-se novamente a base de apoio do governo reeleito, mantendo no cargo o Ministro da Cultura.

Em 2008 o PV se fez presente em todos os estados, organizando-se em 49% dos municípios brasileiros (2.730). Elegeu sua primeira prefeita de capital, a então deputada estadual Micarla de Sousa, em Natal (RN). Elegem-se 76 prefeitos e 152 vice-prefeitos, e de 773 vereadores eleitos em 2002 passa para 1.237 em 2008.

Marina Silva

Em 2009 a Direção Nacional do PV definiu como prioridade para as eleições de 2010, lançar uma candidatura à Presidência da República que pudesse representar bem as demandas por novos modelos de consumo e produção e que ajudasse na construção de uma nova cultura política nacional. A partir de um convite para participação da reformulação programática e da construção de um plano de governo, a Senadora e Ex-Ministra do Meio Ambiente Marina Silva aceitou participar e ingressou nas fileiras verdes. O que o Brasil testemunhou a partir daí foi uma corrida de homens e mulheres de todas as idades e credos que pensam um Brasil diferente e querem participar da vida nacional. O Partido Verde se transformou no novo protagonista da cena política nacional e se prepara para o seu mias importante embate eleitoral: 2010!

  
Os Verdes Internacionais

Da Austrália para a Nova Zelândia, depois para Europa e hoje em todo o mundo. O Partido Verde está constituído em mais de 120 países.

Durante a conferência de UNCED RIO92, a ECO 92, o PV brasileiro promoveu a primeira reunião planetária dos Verdes. Foi a primeira vez que os Verdes de todo o planeta se encontraram para trocar experiências. A partir de então se iniciou a formação das Federações de Partidos Verdes com o objetivo de cooperação, troca de experiências e consolidação programática.
Hoje os verdes estão organizados em 4 Federações: A Federação Européia dos Partidos Verdes, a Federação dos Partidos Verdes das Américas, a Federação dos Partidos Verdes da África e a Federação dos Partidos Verdes da Ásia e Oceania.

Em 2001, em Canberra, Austrália, aconteceu o Global Greens 2001, encontro mundial dos Partidos Verdes quando foi aprovada a Carta Verde da Terra o primeiro documento unificado dos Partidos Verdes Mundiais. O Brasil foi sede para o Global Greens 2008, que aconteceu em são Paulo e reuniu quase uma centena dos Partidos Verdes.

Hoje o Partido Verde na Europa participa de vários governos e é a quarta maior bancada no Parlamento Europeu. Na Austrália é parte decisiva na política australiana tendo elegido deputados e senadores.

*Adaptado de TURTELLI, Claudio. Partido Verde. Do sonho ao projeto real de poder.


Aplicativo vai monitorar mensagens de ódio e racismo na web

App será lançado este mês e permitirá que usuários sejam identificados e denunciados - Foto: Reprodução l Agência Brasil
  • Reprodução l Agência Brasil
    App será lançado este mês e permitirá que usuários sejam identificados e denunciados

Um aplicativo na internet vai monitorar postagens nas redes sociais que reproduzam mensagens de ódio, racismo, intolerância e que promovam a violência. Criado pelo Laboratório de Estudos em Imagem e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), o instrumento será lançado este mês e permitirá que usuários sejam identificados e denunciados.
De acordo com o professor responsável pelo projeto, Fábio Malini, os direitos humanos são vistos de maneira pejorativa na internet e discursos de ódio tem ganhado fôlego. "É preciso desmantelar esse processo", defende. Por meio da disponibilização dos dados, ele acredita que é possível criar políticas públicas "que amparem e empoderem as vítimas".
Encomendado pelo Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, o Monitor de Direitos Humanos, como foi batizado o aplicativo, buscará palavras-chaves em conversas que estimulem violência sexual contra mulheres, racismo e discriminação contra negros, índios, imigrantes, gays, lésbicas, travestis e transexuais. Os dados ficarão disponíveis online.
A blogueira e professora universitária Lola Aronovich relata ser vítima frequente de agressões e até ameaças de morte pela internet, por defender dos direitos das mulheres. Nos fóruns de discussão em que participa, várias mensagens de ódio são postadas.
Para a blogueira, o monitoramento dos ataques, a investigação e a punição dos autores são importantes para frear crimes, que chegam a extrapolar o mundo virtual. "Mensagens nas redes têm estimulado mortes e suicídios no mundo real", disse. "Não podemos mais fingir que não acontece", acrescentou.
Quem não expõe ideias na rede, não está livre de violência. Para a jovem Maria das Dores Martins dos Reis bastou ser negra e postar uma foto no Facebook ao lado do namorado, que é branco, para ser alvo de discriminação. A foto recebeu dezenas de comentários racistas e foi compartilhada em grupos criados especialmente para agredi-la.
"É como se fosse uma diversão para ele. Só que para quem sofre não é legal. Isso dói e machuca", revelou, que, mesmo após ter denunciado o caso, não viu agressores condenados.
No último sábado, 31, a atriz Taís Araújo foi alvo de mensagens racistas nas redes sociais. A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, por meio de nota, informou nesta segunda-feira, 2, que a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) vai instaurar inquérito para apurar o crime. A atriz será ouvida e os autores identificados serão intimados a depor.
O racismo é crime no Brasil e, por lei, quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional pode ser condenado a reclusão de um a três anos e pagamento de multa.
Fonte: http://atarde.uol.com.br/brasil/noticias/1723655-aplicativo-vai-monitorar-mensagens-de-odio-e-racismo-na-web

Dupla Ba-Vi vê concorrentes ameaçarem retorno à Série A

Por Ricardo Palmeira

  • Times baianos foram derrotados na rodada passada - Foto: Margarida Neide l Ag. A TARE e Alexandre Loureiro l Inovafoto l Estadão Conteúdo
    Times baianos foram derrotados na rodada passada
As derrotas do fim de semana complicaram a caminhada da dupla Ba-Vi rumo à Série A do Brasileirão. O acesso, que até o início da rodada passada era dado como praticamente certo, agora está em 77% de chances para o Vitória e 36,5% para o Bahia, segundo o departamento de estatística da Universidade Federal de Minas Gerais.
A cinco rodadas do fim da Série B, o Tricolor e o Rubro-Negro lutam contra outros sete rivais por quatro vagas na elite nacional. O que dificultou a caminhada foi que todos os concorrentes venceram na rodada passada. O Botafogo, após bater o Bahia por 1 a 0, disparou na liderança, com 65 pontos, e alcançou 99% de chance de subir. Na próxima partida, contra o Criciúma, pode carimbar matematicamente a vaga.
Já o time baiano segue em 4º lugar, fechando o grupo de acesso com 54 pontos, mas viu o Sampaio Corrêa, 5º, chegar a 53. Na sequência, com 52, vêm Santa Cruz, Paysandu e Náutico, que fez 3 a 2 no Vitória, no Barradão. Também no páreo, o Bragantino tem 51. Segundo os matemáticos, a probabilidade de cada um desses times subir varia entre 18% e 23%. Mais acima na tabela, América-MG, em 2º e com 83% de chances, e Vitória, 3º, possuem 57 pontos.
"Nós não podíamos ter perdido para o Náutico. Mas continuamos na luta", desabafou Pedro Ken, meia do Vitória, logo após o jogo.  O treinador Vágner Mancini emendou: "Quero pedir desculpas à torcida, que merecia um melhor futebol. Porém, infelizmente, o Vitória não conseguiu jogar diante do Náutico.  Tivemos um apagão de 15 minutos que foi crucial para a nossa derrota. Isso não pode acontecer num campeonato em que estamos buscando algo muito importante. Faltou mais experiência ao time".
Pelo Bahia, Kieza afirmou: "Não jogamos mal contra o Botafogo. Vacilamos em uma bola e eles fizeram o gol. Agora, temos dois jogos em casa e precisamos vencer para ficar perto do acesso".
Confrontos diretos
A solução sugerida pelo centroavante tricolor, mas que serve também ao Vitória, pode ser uma faca de dois gumes para as equipes baianas. Tratam-se dos confrontos diretos.
A primeira das duas partidas seguidas que o Bahia terá na Fonte Nova será contra o Santa Cruz. Já o Rubro-Negro, como visitante, após pegar o Macaé, que luta para não cair, vai encarar o América-MG. Na reta final do campeonato, o Esquadrão terá duelo com o Náutico, e o Vitória com o Santa Cruz .
Outros três confrontos diretos vão ocorrer até o final da Série B: América-MG x Paysandu (34ª rodada), Bragantino x Sampaio Corrêa (36ª) e Bragantino x Náutico (38ª).
"O sinal de alerta está ligado desde o início do campeonato. Há três rodadas, estávamos em 6º lugar (antes de perder para o Botafogo, haviam batido Oeste e Criciúma por 1 a 0), mas nunca deixamos de acreditar. Hoje, ainda estamos no G-4. Se mantivermos esse ponto de vantagem até o final, vamos conquistar o acesso", declarou Paulinho Dias, volante do Bahia.
Postado por Atarde on line

Racismo deve ser combatido todos os dias e não apenas quando atinge pessoas conhecidas, afirma vereador Luiz Carlos Suíca

 Vereador Luiz Carlos Suíca
O líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador manifestou seu total apoio e solidariedade à atriz Taís Araújo, atacada com ações racistas no Facebook. "Sou negro, da periferia, trabalhador do setor de limpeza e sei que o racismo se manifesta todos os dias. Muitos não conseguem me ver como vereador de Salvador e líder da oposição por essas razões. Os agressores de Taís Araújo são os mesmo que atingem as pessoas não famosas e
​ que​
, por isso, não conseguem que suas dores acessem os meios de comunicação. A luta contra o racismo deve ocorrer todos os dias e não de forma pontual quando atinge pessoas conhecidas", disse. Ele lembra também o destaque recente quando a jornalista Maria Júlia Coutinho, conhecida como Maju, também foi vítima de comentários racistas na página oficial do Jornal Nacional no Facebook.

Suíca lembra que o racismo se manifesta nos detalhes em nossa sociedade. "O Ilê Aiyê, primeiro bloco afro da Brasil, nasceu no Curuzu, Liberdade, bairro de maior população negra do país, com aproximadamente 600 mil habitantes, fez 42 anos e quase não consegue comemorar seu aniversário da forma necessária por falta de recursos e patrocínios. Ora, o Ilê é fundamental para o processo de identidade étnica e a
​​ autoestima do negro. Mesmo assim é tratado sem a devida atenção dos poderes públicos e das entidades privadas. Para mim isso também é um caso de racismo institucional", critica.

"Mesmo em Salvador, a cidade mais negra fora do continente africano, veja o número de pessoas negras dentro das joalherias mesm
​​
o como balconistas. Nas grandes escolas particulares, o número de estudantes e professores negros é minoritário. Tem mais, mesmo nas vitrines dos grandes shoppings, é possível contar nos dedos das mãos a quantidade de manequins que representam a etnia negra consumidora. Mesmo nos partidos políticos, de esquerda e de direita, o número de dirigentes negros é mínimo. Somos maioria apenas nos abrigos infantis, nas cadeias, nas casas correcionais para adolescentes. É contra isso que lutamos e a sociedade precisa lutar todos os dias", enfatiza e finaliza Luiz Carlos Suíca.

Salvador, 02 de novembro de 2015.

*Ascom Vereador Luiz Carlos Suíca (PT)
Edifício Bahia Center - Anexo da Câmara de Vereadores
Gabinete nº 24 - 4º andar - Telefone: (71) 3320-0430
Rua Ruy Barbosa - Centro - Salvador , BA

I JORNADA NEGRA NA UESC


ASCOM: Coletivo "Só podia ser Preto"

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Enem: Simone de Beauvoir ganha acusações de nazista e pedófila na Wikipedia

Por Rafael Barifouse
Da BBC Brasil em São Paulo

A filósofa Simone de Beauvoir

Quem entrou no verbete sobre a francesa Simone de Beauvoir na Wikipédia no domingo passado, leu que ela era escritora e publicou romances e monografias sobre filosofia, sociedade, política e uma autobiografia, mas "não entendia nada de biologia".

Este último trecho não constava nesta descrição até o dia anterior e foi incluído após uma passagem de seu livro O Segundo Sexo, de 1949, aparecer em uma questão do Exame Nacional de Ensino Médio, o Enem, realizado no domingo.

A passagem dizia: "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino".

O fato de palavras de Beauvoir, expoente do feminismo, estarem em uma questão do Enem gerou muita discussão nas redes sociais brasileiras. Mas as reações negativas não ficaram restritas a estes sites.

Nos dias seguintes à prova, o verbete sobre Beauvoir na Wikipedia não só teve um salto no número de visitas, passando das 250 que tinha em média por dia para 35 mil na última segunda-feira, como sofreu diversas alterações. Foram 46 edições em quatro dias. Em todo o ano de 2015, o texto havia sido alterado apenas dez vezes antes do Enem.
O trecho que fazia piada com o suposto desconhecimento de Beauvoir sobre biologia foi só um dos primeiros. Logo, vieram outros - e a página teve suas edições restringidas por "vandalismo excessivo", de acordo com a Wikipédia.

Pedofilia e nazismo
Um usuário mudou o verbete para dizer que ela havia escrito um "livro de estupro". Outro informou que Beauvoir era uma "antifeminista". Um terceiro disse ainda que ela era "muito conhecida por seu comodismo e pela luta na justiça por uma lei que proibia o trabalho das mulheres fora de casa".

Também foram incluídas sugestões e mesmo afirmações de que Beauvoir, no passado, teria colaborado com a ocupação nazista da França na Segunda Guerra e de que ela teria feito campanha pela "legalização da pedofilia".

Foram tantas as alterações que o usuário da Wikipedia responsável por resguardar a qualidade do verbete restringiu as modificações.

Na Wikipedia, qualquer pessoa pode fazer uma edição em um artigo, mas, em alguns casos específicos, podem ser impostas restrições, como foi o caso do artigo sobre de Beauvoir.

No dia seguinte ao Enem, por causa de "vandalismo excessivo", o verbete passou a só poder ser alterado por "usuários autoconfirmados" - pessoas com conta no site há pelo menos quatro dias e que já tenham feito no mínimo dez edições.

Lucas Telles, administrador da Wikipedia em português e editor voluntário desde 2007, explica que é considerado vandalismo qualquer alteração que tente reduzir a qualidade de um artigo - e a proteção do artigo é aplicada para que só pessoas minimamente familiarizadas com as regras de edição do site possam alterar seu conteúdo.

"A informação incluída precisa ter uma fonte respeitável. Não pode ser algo tirado de um blog, rede social ou uma página de menor visibilidade, por exemplo. Mesmo assim, essa fonte não pode ser parcial. É preciso ter os dois lados de um ponto de vista", afirma Telles, que esclarece que o ocorrido com o verbete de Beauvoir não é "comum".

"É normal que, após um assunto ou figura pública ficar em evidência, muitas pessoas acessem seu verbete e o complementem ou tirem um trecho do qual discordam. Mas o que aconteceu no verbete de Simone - incluir informações consideradas negativas para influenciar a visão que as pessoas têm dela - não é frequente."

Controvérsias

As edições que taxavam Beauvoir de nazista e pedófila estão relacionadas a controvérsias de sua biografia pessoal. Entre 1943 e 1944, enquanto a França estava ocupada por nazistas, ela de fato trabalhou como diretora de sonoplastia da emissora estatal Rádio Vichy.

E, apesar de ter mantido um longo relacionamento com o filósofo e ganhador do prêmio Nobel Jean-Paul Sartre, é sabido que Beauvoir se relacionou com diversas mulheres, algumas das quais eram suas alunas.

Uma estudante, Bianca Lamblin, chegou a escrever um livro no qual dizia de ter sido vítima de abuso por parte de Beauvoir. E, em 1943, ela foi suspensa de suas atividades como Quem entrou no verbete sobre a francesa Simone de Beauvoir na Wikipédia no domingo passado, leu que ela era escritora e publicou romances e monografias sobre filosofia, sociedade, política e uma autobiografia, mas "não entendia nada de biologia".
Este último trecho não constava nesta descrição até o dia anterior e foi incluído após uma passagem de seu livro O Segundo Sexo, de 1949, aparecer em uma questão do Exame Nacional de Ensino Médio, o Enem, realizado no domingo.

A passagem dizia: "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino".

O fato de palavras de Beauvoir, expoente do feminismo, estarem em uma questão do Enem gerou muita discussão nas redes sociais brasileiras. Mas as reações negativas não ficaram restritas a estes sites.

Nos dias seguintes à prova, o verbete sobre Beauvoir na Wikipedia não só teve um salto no número de visitas, passando das 250 que tinha em média por dia para 35 mil na última segunda-feira, como sofreu diversas alterações. Foram 46 edições em quatro dias. Em todo o ano de 2015, o texto havia sido alterado apenas dez vezes antes do Enem.
O trecho que fazia piada com o suposto desconhecimento de Beauvoir sobre biologia foi só um dos primeiros. Logo, vieram outros - e a página teve suas edições restringidas por "vandalismo excessivo", de acordo com a Wikipédia.

Pedofilia e nazismo

Um usuário mudou o verbete para dizer que ela havia escrito um "livro de estupro". Outro informou que Beauvoir era uma "antifeminista". Um terceiro disse ainda que ela era "muito conhecida por seu comodismo e pela luta na justiça por uma lei que proibia o trabalho das mulheres fora de casa".

Também foram incluídas sugestões e mesmo afirmações de que Beauvoir, no passado, teria colaborado com a ocupação nazista da França na Segunda Guerra e de que ela teria feito campanha pela "legalização da pedofilia".

Foram tantas as alterações que o usuário da Wikipedia responsável por resguardar a qualidade do verbete restringiu as modificações.
Na Wikipedia, qualquer pessoa pode fazer uma edição em um artigo, mas, em alguns casos específicos, podem ser impostas restrições, como foi o caso do artigo sobre de Beauvoir.
No dia seguinte ao Enem, por causa de "vandalismo excessivo", o verbete passou a só poder ser alterado por "usuários autoconfirmados" - pessoas com conta no site há pelo menos quatro dias e que já tenham feito no mínimo dez edições.

Lucas Telles, administrador da Wikipedia em português e editor voluntário desde 2007, explica que é considerado vandalismo qualquer alteração que tente reduzir a qualidade de um artigo - e a proteção do artigo é aplicada para que só pessoas minimamente familiarizadas com as regras de edição do site possam alterar seu conteúdo.

"A informação incluída precisa ter uma fonte respeitável. Não pode ser algo tirado de um blog, rede social ou uma página de menor visibilidade, por exemplo. Mesmo assim, essa fonte não pode ser parcial. É preciso ter os dois lados de um ponto de vista", afirma Telles, que esclarece que o ocorrido com o verbete de Beauvoir não é "comum".

"É normal que, após um assunto ou figura pública ficar em evidência, muitas pessoas acessem seu verbete e o complementem ou tirem um trecho do qual discordam. Mas o que aconteceu no verbete de Simone - incluir informações consideradas negativas para influenciar a visão que as pessoas têm dela - não é frequente."

Controvérsias
As edições que taxavam Beauvoir de nazista e pedófila estão relacionadas a controvérsias de sua biografia pessoal. Entre 1943 e 1944, enquanto a França estava ocupada por nazistas, ela de fato trabalhou como diretora de sonoplastia da emissora estatal Rádio Vichy.
E, apesar de ter mantido um longo relacionamento com o filósofo e ganhador do prêmio Nobel Jean-Paul Sartre, é sabido que Beauvoir se relacionou com diversas mulheres, algumas das quais eram suas alunas.

Uma estudante, Bianca Lamblin, chegou a escrever um livro no qual dizia de ter sido vítima de abuso por parte de Beauvoir. E, em 1943, ela foi suspensa de suas atividades como professora, porque outra aluna, Natalie Sorokine, a acusou de ter tentado seduzi-la quando a estudante tinha 17 anos.

Fonte: 
Em 1977, Beauvoir ainda assinou, junto com outro intelectuais de seu tempo, como os filósofos Michael Focault e o próprio Sartre, uma petição ao Parlamento francês pela abolição da idade de consentimento - na prática, a maioridade sexual de um cidadão, que era de 15 anos na França naquela época - e em prol da descriminalização do sexo consensual com pessoas abaixo desta idade limite.

Mas especialistas ouvidas pela BBC Brasil discordam que estes fatos justifiquem as alterações feitas no verbete da Wikipédia.

'Desonestidade'
Para a filósofa Djamila Ribeiro, pesquisadora da vida e obra da escritora francesa e integrante a Simone de Beauvoir Society, organização fundada em 1981 que organiza conferências internacionais sobre Beauvoir, é "desonesto" classificá-la como defensora da pedofilia e do nazismo.

"Não há nada comprovado. Ela assumiu posições políticas muito fortes contra o nazismo, por exemplo. Esse assunto nem entra nas discussões acadêmicas travadas sobre Simone", afirma Ribeiro.

"Também é um absurdo dizer que ela fazia apologia à pedofilia. Para isso, seria necessário comprovar que ela abusou de crianças, mas só podemos dizer que ela assinou um documento. Pessoalmente, discordo da posição dela, mas isso é diferente de dizer que ela era pedófila."

Ribeiro destaca que outros intelectuais também assinaram a mesma petição e "ninguém os chama de pedófilos".

"Hegel tinha ligações com o nazismo. Kant era preconceituoso. Mas eles não são acusados de 'nazista' ou 'racista'. São considerados apenas grandes filósofos", afirma a especialista.
"Para mim, isso é obra de pessoas que estão incomodadas com o fato das ideias dela estarem no Enem e tentam demonizá-la ou desqualificá-la por meio de sua vida pessoal. Temos que focar na sua obra e o que trouxe de significativo em vez de tentar diminuir uma mulher que estava à frente de seu tempo."

Contexto
Clarisse Fukelman, professora do departamento de Comunicação da PUC-SP e que foi curadora da mostra sobre o centenário de Sartre, em 2005, defende ser "extremamente inconsequente usar termos como pedofilia e nazismo sem que isso venha junto com fatos e reflexões".

"Não dá para discutir isso sem ver o contexto em que tudo ocorreu. Era uma época em que as pessoas se casavam e tinham filhos aos 15 anos, por exemplo. E, no Brasil, houve escritores e jornalistas que escreveram sobre Getúlio Vargas quando ele controlava a imprensa e nem por isso podemos dizer que eles eram fascistas", afirma Fukelman.

"A internet é um fórum a princípio democrático, mas que também expõe pensamentos apressados em que o preconceito se revela sem máscaras."

Para a especialista, o "vandalismo" ocorrido na Wikipedia deriva da resistência às ideias de Beauvoir contra a dominação masculina e os direitos da mulher.

"Ela desmonta o determinismo biológico nos papéis sociais da mulher e do homem, e isso incomoda muita gente ainda hoje, porque vai contra a tradição de uma sociedade como a brasileira, que é preconceituosa e machista", diz Fukelman.

"O trabalho de Beauvoir é muito mais importante do que buscar elementos externos para desqualificar uma figura que teve contribuições filosóficas, literárias e políticas notáveis."

Furor
Atualmente, o artigo da Wikipedia sobre Beauvoir não exibe nenhuma das alterações que foram consideradas "vandalismo". Todas foram retiradas, e o texto, revertido ao seu estado pré-Enem. E assim como nas versões do verbete em inglês em espanhol, não há mais qualquer menção direta a pedofilia ou nazismo.

Permanece somente o trecho que menciona as acusações de abuso feitas por sua ex-alunas, que têm como fontes livros ou artigos de jornais de renome já publicados sobre o tema.

A restrição às edições teve seu efeito. As alterações feitas desde então se resumem basicamente a ajustes pontuais de grafia ou gramaticais. Segundo Telles, administrador da Wikipédia, o verbete sobre Beauvoir deve ficar protegido por ao menos uma semana.

"É de praxe fazer isso até que o furor acabe, o assunto saia da mídia e as pessoas percam o interesse em danificar o artigo. Mas, se isso persistir, o prazo desta restrição pode ser estendido."

Fonte: http://educacao.uol.com.br/noticias/bbc/2015/10/29/enem-simone-de-beauvoir-ganha-acusacoes-de-nazista-e-pedofila-na-wikipedia.htm


Vereadores de Campinas aprovam 'moção' contra Enem e Simone de Beauvoir

Thiago Varella

Colaboração para o UOL, em Campinas
Os vereadores de Campinas, no interior de São Paulo, aprovaram, na última quarta-feira (28), uma moção "contra a inserção de questão de temática de ideologia de gênero, por meio de pensamento de Simone de Beauvoir, na prova do Enem de 2015". No plenário, vários vereadores fizeram discursos inflamados e com forte carga. O vídeo, com as declarações, chegou a viralizar nas redes sociais.
Os parlamentares se revoltaram contra uma questão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que trazia a seguinte afirmação da escritora e filósofa feminista Simone de Beauvoir, publicada no livro O Segundo Sexo, de 1949: "A gente não nasce, mas se torna mulher."
Se para o ministro da Educação, Aloísio Mercadante, a questão tratou de discutir "a condição histórica da mulher, que não votava até os anos 30 e que era tida como um ser ligeiramente acima de crianças e de loucos", para os vereadores campineiros foi uma pergunta doutrinadora que afrontou a família e os bons costumes.
Para o autor da moção, o vereador Campos Filho (DEM), o governo federal tenta forçar algo que a sociedade repudia.
"A iniciativa do governo federal é demoníaca. Eles estão querendo empurrar goela abaixo da população o que está no Enem. Nos posicionamos de maneira contrária. A grande maioria é favorável à lei da natureza: homem é homem e mulher é mulher", afirmou.
Para o vereador Prof. Alberto (PR), é preciso levar a população cristã em consideração. "Isso é uma ideologia. A realidade é que você nasce mulher, sim. Agora, vem com essa história e acha que tem que impor na sociedade brasileira, sabendo que nossa sociedade tem tradição cristã. Foi fundada na insígnia da cruz", disse, em plenário.
O vereador Jairson Canário (SD) também evocou a religião ao criticar a questão do Enem. "Nosso Deus sabe de tudo, do princípio ao fim. Aqueles que acreditam que Deus existe, deveriam crer que se fosse essa a vontade de Deus, ele teria criado Adão com dois órgãos genitais", bradou aos colegas parlamentares.
Em entrevista ao UOL Educação, Canário mudou o tom. Segundo ele, a discussão na Câmara tomou outro rumo, influenciada pela ainda recente questão da inclusão da chamada "ideologia de gênero" no Plano Municipal de Educação.
Em junho, a Câmara de Campinas proibiu o Executivo de incluir o tema das discussões de gênero, de maneira direta ou indireta, no currículo escolar da rede municipal. Em votação com o plenário lotado de ativistas e estudantes, muito bate-boca e confusão, por 25 a 5 votos a emenda foi aprovada.
"O debate sobre a moção descambou por causa de um processo anterior. Todo mundo largou a moção e correu para o debate da questão de gênero", disse Canário. "Eu fui criado sem pai e dou muito valor à questão da mulher. Eu já até falei que minha mãe é uma heroína. A mulher precisa estar presente sempre", completou.
Já o vereador Prof. Alberto, também em entrevista ao UOL Educação, se manteve firme à sua posição no plenário da Câmara.
"Saiu uma questão no Enem que suscita uma questão sobre gênero. A questão afirma que a mulher não nasce mulher. Os partidos de esquerda são favoráveis a favor dessa temática", disse, politizando toda a questão.
Quando confrontado sobre a questão do feminismo, o vereador afirmou não defendê-lo como ideologia por ser cristão. "Somos contra o aborto, uma bandeira feminista. E outras questões, não aceitamos. Mas, sem dúvidas, estamos de acordo de que a mulher tem de ter os mesmos privilégios."
Oposição
Para o vereador Pedro Tourinho (PT), que foi contra a moção, há, antes de tudo, uma intenção de seus pares em mostrar o posicionamento político ao ir contra o Enem. "Há uma maioria na Câmara que mistura sua posição política com a educação. Na moção, havia um desconhecimento. Os votos foram feitos nas crenças e nos preconceitos", afirmou.
Tourinho considera a questão do Enem importante para se pensar a sociedade. "A pergunta testa o conhecimento básico de história do século 20. A misoginia dos vereadores é tão forte que a simples menção de uma figura forte do feminismo, como Simone de Beauvoir, causa um desejo de fazer um repúdio."
Opinião parecida tem a advogada campineira Ana Carolina Cavazza. Moradora de Campinas, ela ficou constrangida com o desconhecimento mostrado pelos vereadores da cidade.
"A questão pediu para que os candidatos fizessem a associação entre o pensamento de uma filósofa com um fato social. Para esses senhores, não se pode perguntar ou debater a ideia de uma filósofa que tem um pensamento diferente do deles", afirmou. "Os vereadores voltaram a protagonizar um papel absurdo associando s questões com uma suposta ideologia de gênero, que é uma coisa que não existe", completou.
A reportagem do UOL Educação tentou entrar em contato com o vereador Campos Filho por celular, mas não conseguiu resposta do parlamentar.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/noticias/2015/10/30/vereadores-de-campinas-aprovam-mocao-contra-enem-e-simone-de-beavoir.htm

terça-feira, 27 de outubro de 2015

TCM rejeita as contas da Prefeitura de Ilhéus pelo descumprimento do limite de 54% das despesas de pessoal


O prefeito Jabes Ribeiro informou que irá pedir a reconsideração, por entender que alguns elementos não foram observados pelo Tribunal de Contas
Em sessão plenária realizada hoje, dia 27 de outubro, o conselheiro relator Fernando Vita, do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), emitiu voto pela rejeição das contas da Prefeitura de Ilhéus, referentes ao exercício de 2014, pelo motivo exclusivo do descumprimento do limite máximo de gastos com pessoal. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece o índice de 54% como limite para gastos com pagamento de salários.
O relator Fernando Vita foi enfático ao destacar que o descumprimento do limite de despesa com a folha de pagamento era o único motivo pelo qual estaria votando pela rejeição.
Por sua vez, o prefeito do Município, Jabes Ribeiro, informou que ingressará com pedido de reconsideração das contas no prazo legal, por entender que alguns elementos não foram considerados pelo Tribunal de Contas, e que após novas análises,  acredita que haverá mudança de entendimento daquele colegiado.
Desde 2013, quando assumiu a administração, o prefeito busca reduzir o gasto com pessoal que, à época, comprometia mais de 70% das receitas líquidas do município. Hoje, esse índice, como atesta o próprio TCM, se aproxima de 63%, após uma série de medidas tomadas, como a redução de cargos comissionados, corte de despesas e a elevação das receitas próprias, através do novo Código Tributário Municipal.
 Secretaria de Comunicação Social – Secom.

MPF/BA: Solenidade apresenta novo procurador-chefe e marca recondução do procurador Regional Eleitoral na Bahia

Evento foi realizado no fim da tarde da última sexta-feira, 23 de outubro, na sede do MPF em Salvador/BA.

 

Na última sexta-feira, 23 de outubro, o Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) realizou a solenidade de transmissão de cargo para o biênio 2015-2017. Na cerimônia, os procuradores da República Oliveiros Guanais de Aguiar Filho e Juliana de Azevedo Moraes foram empossados como chefe do órgão e substituta, respectivamente, e o procurador da República Ruy Mello foi reconduzido ao cargo de procurador Regional Eleitoral na Bahia. O evento, que aconteceu na sede do órgão em Salvador, contou com a participação de diversas autoridades, além de membros e servidores do MPF.
Iniciada com o hino nacional – tocado na flauta pelo soldado Eduardo Santos, da banda da Polícia Militar –, a solenidade buscou expressar “o compromisso daqueles que assumem os cargos e a necessidade de festejar o cumprimento da missão por aqueles que se despedem”, como disse o novo procurador-chefe do MPF/BA, Oliveiros Guanais.
Em seu discurso, o procurador salientou as dificuldades da administração de uma entidade pública em tempos de orçamento deficitário e de enfrentamento da corrupção, porém ele diz manter o otimismo. “Acredito que podemos atravessar períodos de dificuldades financeiras fortalecendo em nós características preciosas: a parcimônia, a atenção, a criatividade e o despojamento”. Guanais falou, ainda, sobre a valorização do servidor. “Como condutor administrativo de uma das unidades do MPF, sinto o compromisso de fazer todo o possível para ajudar os colegas e os nossos servidores a desempenharem suas funções com as condições necessárias”.
O procurador Pablo Barreto, que transmitiu o cargo, aproveitou o momento do discurso para agradecer a todos os membros e servidores que estiveram ao seu lado durante sua gestão, além de realizar uma breve retrospectiva de sua administração e desejar sucesso aos novos chefes do MPF/BA.
Reconduzido ao cargo que ocupa desde agosto de 2014, o procurador Regional Eleitoral Ruy Mello falou da sua história, paixão e desafios na área, além da atuação da Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE/BA) nas eleições do ano passado. “O que mais me impressiona positivamente no eleitoral é a possibilidade de contribuir na discussão de questões fundamentais para a sociedade, especialmente para a concretização da nossa democracia”, disse Mello.
Homenagens – Durante a cerimônia, o servidor Alex Esteves, da Assessoria Jurídica do MPF/BA, fez um discurso em homenagem aos procuradores Pablo Barreto e Melina Montoya, procurador-chefe e substituta durante o biênio 2013-2015. “Esta Procuradoria manterá consigo uma boa memória de uma gestão leve, simples, eficiente e humana”. Os procuradores receberam, ainda, placas de homenagem e flores.

O procurador-chefe do MPF/BA, Oliveiros Guanais, e o procurador da República Pablo Barreto (da esquerda para a direita), o procurador Regional Eleitoral Ruy Mello (abaixo, à esquerda) e homenagem ao procurador-chefe e substituta do biênio 2013-2015 (abaixo, à direita).

 Composição da mesa – Além de Barreto, Guanais e Mello, participaram da mesa diretora a atual procuradora-chefe substituta do MPF/BA, Juliana Moraes; o procurador-geral de Justiça, Márcio Fahel; o diretor do Foro da Justiça Federal na Bahia, Iran Leite; e o presidente do Tribunal Regional Eleitoral na Bahia, Lourival Trindade.
Na extensão de mesa, estiveram presentes a procuradora-chefe substituta do Ministério Público do Trabalho na Bahia 5ª Região, Adriana Campelo; o comandante da 6ª Região Militar do Exército Brasileiro, general Artur Moura; o comandante do 2º Distrito Naval, vice-almirante Cláudio Viveiros; o comandante da Base Aérea de Salvador, tenente coronel aviador Marcelo Schiavo; o superintendente Regional da Polícia Federal na Bahia, Daniel Madruga; e o vice-presidente da Ordem dos Advogados no Brasil – Seção do Estado da Bahia (OAB/BA), Fabrício Oliveira.
Assessoria de Comunicação
Ministério Público Federal na Bahia
Tel.: (71) 3617- 2295/2296/2200
E-mail: prba-ascom@mpf.mp.br
www.twitter.com/mpf_ba

Seduc realiza pagamento aos beneficiários não contemplados do Precatório do FUNDEF 2024

Autor: Ivana Barreto (Ncom Seduc)    Seduc realiza pagamento aos beneficiários não contemplados do Precatório do FUNDEF 2024 O pagamento ser...