sexta-feira, 13 de março de 2009

Ciro Gomes Responsabiliza a Política Neoliberal Pela Crise

Brasília - O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) disse, durante o debate realizado nesta terça-feira (09/03), na Assembléia Legislativa do Ceará, que o modelo neoliberal de desenvolvimento é o verdadeiro responsável pela crise econômica mundial. Ao mesmo tempo, criticou o Congresso Nacional por não ter, em nenhum momento, se reunido para avaliar os efeitos da economia no Brasil e no mundo. “Não se pode trabalhar desse jeito”, desabafou.

Para Ciro, a crise, que se tornou mais aguda a partir do final do ano passado, já era conhecida desde 2007, quando aconteceram algumas modificações na balança das contas internacionais do país. Mas lembrou que houve um trabalho desenvolvido pelo Governo Fernando Henrique Cardoso para vender ao conjunto da sociedade que o setor público é corrupto e ineficiente, para que houvesse as privatizações. Isso, segundo ele, é uma total perversão dos valores.

“Toda e qualquer mediação do setor público, diz o neoliberalismo, é uma introdução ineficiente, cara e corrupta. Para isso prosperar, algumas questões foram evidenciadas, experiências ruinosas, as ineficiências e as ladroeiras impunes. Entre os latino-americanos, aconteceu o surto inflacionário de décadas. E poucos tiveram o direito de compreender as razões“, afirmou. A saída apontada pelo sistema, conforme Ciro, foi desmontar o Estado, “desentranhá-lo de intervenções e entregar às forças do mercado”.

Ciro Gomes considerou que politicamente foi duro combater esse teorema. “Mas o que vemos é muito eloqüente. A exacerbação levou à desregulamentação. O destino da humanidade foi entregue a garotos de 22 a 24 que operam a vida e a morte do planeta em Wall Street, como se jogasse um videogame. Essa crise já é maior que a de 29. A concepção de Estado mínimo é um impacto generalizado, uma pandemia sem fronteiras. Poucos países têm conseguido não quebrar. A China é o mais eloqüente deles. Caiu de 12% para 5% a 6% a taxa de crescimento da China”, ressaltou o parlamentar.

Para Ciro, os efeitos da crise foram reduzidos no Brasil graças às políticas públicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que levou o País ao superávit nas contas internacionais, ao mesmo tempo em que propicia lucros aos bancos internacionais como HSBC, que teve prejuízo lá fora, mas que aqui registrou lucro da ordem de R$ 1,7 bilhão, no ano passado.

Toda a crise tem como base, conforme explicou o deputado federal, o próprio conceito de felicidade. “Se antigamente, essa era associada a coisas lúdicas, como a poesia, os namoros, ou a música, hoje só é feliz quem consome e as marcas são os ícones da felicidade. Para se sair da crise é preciso se adotar, inclusive uma nova espiritualidade, onde os bens de consumo não sejam relacionados à felicidade”, destacou ele.Assessoria de Imprensa

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