Os agricultores baianos serão estimulados a devolver as embalagens de agrotóxicos em uma parceria inédita do Instituto Biofábrica de Cacau e a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). A ação é um reforço ao projeto ambiental Campo Limpo, desenvolvido pela empresa de defesa sanitária baiana. Ela vai garantir mudas gratuitas de cacaueiros e frutíferas aos agricultores que devolverem as embalagens. “Apesar de ser lei, esta é uma forma de incentivar o retorno de embalagens”, disse o diretor de vigilância sanitária da Adab, Armando Nascimento. Os viveiros da Biofábrica instalados em 20 municípios baianos funcionarão como pontos coletores das embalagens. Inicialmente, o projeto piloto será implantado em quatro unidades da Biofábrica. O objetivo é que, no curto prazo, seja estendido a todas as unidades do instituto. O acordo foi firmado em visita do diretor de vigilância sanitária da Adab, Armando Nascimento, à central da Biofábrica, no povoado de Banco do Pedro, em Ilhéus. A parceria contemplará ações de conscientização ambiental do produtor. “A Bahia já lidera o recolhimento de embalagens. Nosso objetivo é ampliar ainda mais o recolhimento com a premiação do produtor”, disse o diretor geral da Biofábrica, Moacir Smith Lima. Todo o material coletado será encaminhado ao posto central do projeto Campo Limpo na região, na sede da ceplac. A ação tem o apoio do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV), formado por 75 indústrias de fabricantes de defensivos. Fábio Macul ,coordenador da instituição, participou da elaboração da estratégia do plano de recolhimento. Em cinco anos, o Inpev já recolheu cinco toneladas de embalagens. Para o diretor da Adab, Armando Nascimento, a parceria com a Biofábrica vai contribuir para reduzir drasticamente os danos ao meio ambiente. “Em vez de descartar as embalagens em qualquer lugar, o produtor pode entregá-las nos pontos de coleta”. Nascimento também reforçou a importância da parceira entre as instituições, para a realização de intercâmbios técnicos e científicos. O diretor regional da Adab em Itabuna, João Carlos Oliveira, disse que o objetivo é banir o lançamento de embalagens de agrotóxicos no meio ambiente. “É uma prática que oferece riscos ao meio ambiente e diretamente à saúde do produtor”, ressaltou ele.Sigatoka negraO diretor da Adab também conheceu o Laboratório de Micropropagação da Biofábrica. Ele vai produzir mudas de bananeiras tolerantes às sigatokas negra e amarela. O objetivo é que o estado continue sendo reconhecido como zona livre da sigatoka negra.
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