19 de março de 2009.
Elias Reis
eliasreis.ilheus@gmail.com
Um jovem recém-formado sai em busca de emprego. Dia após dia, às vezes muitos meses depois, continua obtendo respostas negativas das empresas. São dezenas de currículos espalhados sem sucesso, frusta-se por não encontrar nada. Muitas vezes sentindo-se fracassado e vulnerável, ele se sujeita a qualquer coisa e, quase sempre, perde o foco de sua carreira. Este é o retrato do mercado de trabalho em Ilh←us. Entra em Ilhéus. Entra prefeito, sai prefeito, a cada dois anos troca-se de presidente da mesa diretora da Câmara Municipal, um entra-e-sai constantemente de secretários e nada acontece. Ilhéus continua sem perspectivas de avanços e, principalmente de projetos ousados que venham contemplar o desempregado. Em Ilhéus as coisas são complicadas. O atual gestor, em campanha, criticava o seu padrinho político, o ex-prefeito Valderico Luiz, de não ter compromissos com a questão social e não conseguir gerar empregos e nem de criar políticas para os jovens adolescentes. O atual gestor prometeu, prometeu e nada até agora. O nosso jovem está sem ânimo diante da inércia do senhor Prefeito. Desde quando pintar meios-fios (vem gastando uma fortuna com cal), roçar terrenos baldios, fazer canteiros, jardins e trocar lâmpadas são sinônimos de desenvolvimento ou mesmo melhoria de qualidade de vida? Em Ilhéus os pouquíssimos projetos sociais existentes são oriundos do governo do estado e/ou federal ou de idealização de antigos gestores. Desde agosto de 2007 até agora, o atual gestor além de não capacitar o jovem, não foi capaz de atrair nenhuma fábrica para a cidade, nem mesmo uma oficina de calcinha, de bola de assoprar ou boneca de pano. Até quando o povo de Ilhéus irá suportar esta inabilidade, ninguém sabe. Tenha humildade senhor prefeito, peça auxílio a quem sabe, leia mais sobre administração pública e pare de se achar o sabichão. Sua falta de trato com a administração pública às vezes dá uma conotação de ditador. O pior de tudo é que o senhor prefeito acha que os outros é que são despreparados. Um administrador público precisa entender que o incentivo à capacitação aliada à oferta de postos de trabalho é a política pública ideal para a inclusão dos nossos jovens no mercado de trabalho. O senhor prefeito precisa enfrentar o problema de frente e entender que se agir assim, estará colaborando com o jovem e/ou desempregado, para sua formação, fazendo com que adquiram valores e exerçam sua cidadania. Ainda quanto aos jovens, é preciso a prefeitura juntamente com a CDL, ACI, Senai, Sudic, sindicatos e outros organismos, estimular à responsabilidade social, que reconhece o compromisso das empresas que contratarem. As alternativas são inúmeras. A cabeça não foi feita só pra usar chapéu de vaqueiro! Em Ilhéus as coisas são fantásticas. Aqui não funcionam as medidas voltadas às oportunidades de estágio e ao cumprimento da Lei de Aprendizagem. A falta de geração de emprego e renda vem levando nossos jovens à ociosidade, à falta de esperança e de dias melhores. Tudo por falta de ação das autoridades, principalmente do executivo. Mas, entendemos que a luta deve ser coletiva. Percebe-se que aqueles que concluíram o segundo ou terceiro grau, vivendo no desespero de conseguir o primeiro emprego, muitas vezes são obrigados a migrarem para outra região, já que Ilhéus afunilou-se no caos. Não gerar emprego na cidade é horrível, mais horrível ainda é ceifar o direito daqueles que estudaram, lutaram e conseguiram ser aprovados em concurso público do município. Alegando a LRF o atual gestor desrespeita o direito adquirido do concursado, desrespeita o TAC firmado com o MP e subestima o povo. Alias, sobre os concursos realizados pela PMI, especialmente da Guarda Municipal, os aprovados acreditam no Ministério Público e confiam na Justiça. Que por Justiça, sejam todos os duzentos convocados, e não somente 74 como se cogita. Diante da falta de geração de empregos em Ilhéus face a inabilidade do atual gestor, é claro, entendemos por que as famílias estão tendo dificuldades em lidar com a problemática. A falta de expectativa dos pais em ver seu filho conquistar sua independência financeira, vem criando tristezas e dificuldades. O senhor prefeito precisa entender também, por sua vez, aquela história que é preciso se graduar primeiro pra depois trabalhar. Pura conversa fiada. Em Ilhéus não tem emprego nem para formados em universidades, muito menos secundaristas. O cidadão desempregado é um sujeito sem identidade. O que falta em Ilhéus não é exatamente profissionais qualificados, graduados, especializados, mestres ou doutores, etc. Falta sim, a capacidade e sensibilidade do atual gestor em articular, criar parcerias, atrair investimentos e principalmente promover ações em favor do cidadão.
quinta-feira, 19 de março de 2009
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