Elias Reis
eliasreis@gmail.com
UMA COISA VEM DESPERTANDO A MINHA ATENÇÃO NOS ÚLTIMOS ANOS NO QUESITO ESCOLA PRIVADA: A influência cada dia mais disseminado do uso da internet, na freqüência da “informação fria”, por parte dos estudantes em geral nos seus trabalhos escolares de pesquisa. Na maioria das vezes, na primeira busca que se avança, se copia todo o material necessário, não se dando nem a obrigação da leitura. Aliás, existe inclusive a oferta pela rede de serviços oferecendo trabalhos e pesquisas escolares, monografias prontas e até mesmo teses acadêmicas, que podem ser compradas. O acesso simples e rápido a conteúdos da mais variada natureza seduz o jovem preguiçoso, convidando-o a copiar tudo.
O aluno preguiçoso busca amparo na internet e muitas vezes parece se dá bem. Só parece. Parte dos docentes não tem convívio com a internet, poucos se importam com a fonte da pesquisa e terminam aceitando numa boa o trabalho, achando tudo como fruto da capacidade intelectual do discente.
Tenho um testemunho interessante: Final do ano de 2007 numa determinada escola particular em Ilhéus, um aluno do 3° ano ficou para recuperação e o professor exigiu um trabalho como nota. Primeiro erro e fatal: A prova de recuperação seria um trabalho de pesquisa para ser entregue três dias depois. Didática mercantilista de uma escola particular que cobra R$ 120 reais por prova de recuperação. Pois bem, o trabalho seria apresentar um texto sobre o “Papel da mulher na idade média”. Só isso!
O aluno fez o trabalho em casa, em 30 minutos e no mesmo dia. Copiou o texto do Google, fez uma capa bonitinha e no dia previsto foi entregue na escola. O professor desatualizado e desatento, doido pra receber a sua 2ª parcela do 13° salário e curtir as férias do final de ano, recebeu o material conferindo na mesma hora. O aluno foi aprovado na disciplina com nota 9,5. Isto foi há dois anos e, há dois anos seguidamente o aluno vem sendo reprovado no vestibular da Uesc. Está aqui o insucesso de muitos jovens rumo ao 3° grau: O uso indevido e erradamente da Rede Mundial de Computadores, professores desatentos e desatualizados e escolas paradas no tempo. Infelizmente, em Ilhéus, ainda temos professores despreparados, escolas com métodos de aprendizagens arcaicas que desconhecem até mesmo a Lei de Diretrizes. Pra se ter uma idéia existe uma outra escola que custa um absurdo, no entanto, ainda trabalham com questionários, tipo: 1) Quem descobriu o Brasil? -, alunos da 5ª série. Pode? Acha pouco? Existe um outro colégio que realiza anualmente uma gincana. Até aí tudo bem. O problema é que os alunos são obrigados a mendigarem dinheiro nos semáforos para custearem as despesas das equipes. Não citaremos os nomes das escolas por questões de princípios. O objetivo não é destruir nenhuma instituição escolar, mas, chamar à atenção às aberrações.
Precisamos acabar com o conceito de que escola boa é aquela que tem a farda mais bonita; é aquela que a cada seis meses promove um show musical; é aquela que realiza a mais movimentada mostra cultural, é aquela que promove viagens todo ano e todo dia exige dinheiro pra isso ou aquilo, alegando que é em benefício do aluno. Precisamos acabar com o conceito que os melhores professores são aqueles que beijam nossos filhos e que são bonzinhos e complacentes. E, aceitam plágio da internet.
Anos atrás um dos mais populares comunicadores da tevê brasileira, o Chacrinha, fazia a apologia desse processo do “copiar” com o refrão: “Nada se cria, tudo se copia”. O bordão já se inscreveu de maneira irreversível na prática cotidiana da educação. A escola na maioria das vezes fecha os olhos.
Vivemos numa época em que a instantaneidade e a simultaneidade pela mídia em geral mobilizam comportamentos de imitação. Não só a internet, mas, a tevê e o rádio têm um papel especial – ditam atitudes e idéias. Existe uma complacência e um gênero de condomínio de simplificação num ritmo alucinado. O próprio ensino nos conduz a simplificar as coisas.
Esta situação de viver continuando a “copiar” limita o ser humano, tosa a sua capacidade de criação, esbarrando sempre na mesmice, sem visão critica dos fatos.
Se assim persistir, chegaremos ao cúmulo de achar que a originalidade seja sinônimo de pernóstica, numa inversão total de valores. Corremos o risco de um ensino plagiário, voltado ao ridículo da palmatória, dos questionários, das notas apenas pelo conceito de classe, voltado à memorização do vestibular, esquecendo a verdadeira função da liberdade do pensamento.
Em uma outra oportunidade estaremos escrevendo sobre os colégios aqui em Ilhéus, que no intuito de não se gastar, se utiliza ‘professores’ de educação física sem graduação especifica. Isto é exercício ilegal da profissão. Cadê o Conselho Regional?
O aluno preguiçoso busca amparo na internet e muitas vezes parece se dá bem. Só parece. Parte dos docentes não tem convívio com a internet, poucos se importam com a fonte da pesquisa e terminam aceitando numa boa o trabalho, achando tudo como fruto da capacidade intelectual do discente.
Tenho um testemunho interessante: Final do ano de 2007 numa determinada escola particular em Ilhéus, um aluno do 3° ano ficou para recuperação e o professor exigiu um trabalho como nota. Primeiro erro e fatal: A prova de recuperação seria um trabalho de pesquisa para ser entregue três dias depois. Didática mercantilista de uma escola particular que cobra R$ 120 reais por prova de recuperação. Pois bem, o trabalho seria apresentar um texto sobre o “Papel da mulher na idade média”. Só isso!
O aluno fez o trabalho em casa, em 30 minutos e no mesmo dia. Copiou o texto do Google, fez uma capa bonitinha e no dia previsto foi entregue na escola. O professor desatualizado e desatento, doido pra receber a sua 2ª parcela do 13° salário e curtir as férias do final de ano, recebeu o material conferindo na mesma hora. O aluno foi aprovado na disciplina com nota 9,5. Isto foi há dois anos e, há dois anos seguidamente o aluno vem sendo reprovado no vestibular da Uesc. Está aqui o insucesso de muitos jovens rumo ao 3° grau: O uso indevido e erradamente da Rede Mundial de Computadores, professores desatentos e desatualizados e escolas paradas no tempo. Infelizmente, em Ilhéus, ainda temos professores despreparados, escolas com métodos de aprendizagens arcaicas que desconhecem até mesmo a Lei de Diretrizes. Pra se ter uma idéia existe uma outra escola que custa um absurdo, no entanto, ainda trabalham com questionários, tipo: 1) Quem descobriu o Brasil? -, alunos da 5ª série. Pode? Acha pouco? Existe um outro colégio que realiza anualmente uma gincana. Até aí tudo bem. O problema é que os alunos são obrigados a mendigarem dinheiro nos semáforos para custearem as despesas das equipes. Não citaremos os nomes das escolas por questões de princípios. O objetivo não é destruir nenhuma instituição escolar, mas, chamar à atenção às aberrações.
Precisamos acabar com o conceito de que escola boa é aquela que tem a farda mais bonita; é aquela que a cada seis meses promove um show musical; é aquela que realiza a mais movimentada mostra cultural, é aquela que promove viagens todo ano e todo dia exige dinheiro pra isso ou aquilo, alegando que é em benefício do aluno. Precisamos acabar com o conceito que os melhores professores são aqueles que beijam nossos filhos e que são bonzinhos e complacentes. E, aceitam plágio da internet.
Anos atrás um dos mais populares comunicadores da tevê brasileira, o Chacrinha, fazia a apologia desse processo do “copiar” com o refrão: “Nada se cria, tudo se copia”. O bordão já se inscreveu de maneira irreversível na prática cotidiana da educação. A escola na maioria das vezes fecha os olhos.
Vivemos numa época em que a instantaneidade e a simultaneidade pela mídia em geral mobilizam comportamentos de imitação. Não só a internet, mas, a tevê e o rádio têm um papel especial – ditam atitudes e idéias. Existe uma complacência e um gênero de condomínio de simplificação num ritmo alucinado. O próprio ensino nos conduz a simplificar as coisas.
Esta situação de viver continuando a “copiar” limita o ser humano, tosa a sua capacidade de criação, esbarrando sempre na mesmice, sem visão critica dos fatos.
Se assim persistir, chegaremos ao cúmulo de achar que a originalidade seja sinônimo de pernóstica, numa inversão total de valores. Corremos o risco de um ensino plagiário, voltado ao ridículo da palmatória, dos questionários, das notas apenas pelo conceito de classe, voltado à memorização do vestibular, esquecendo a verdadeira função da liberdade do pensamento.
Em uma outra oportunidade estaremos escrevendo sobre os colégios aqui em Ilhéus, que no intuito de não se gastar, se utiliza ‘professores’ de educação física sem graduação especifica. Isto é exercício ilegal da profissão. Cadê o Conselho Regional?
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