segunda-feira, 29 de junho de 2009

Senador junta 40 assinaturas para apresentar PEC que torna obrigatória exigência do diploma

O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), que na última terça-feira (23) protocolou uma Proposta de Emenda à Constituição Federal (PEC) para tornar obrigatória a exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista, já conseguiu juntar 40 assinaturas de apoio.

Para poder apresentar o PEC, eram necessárias 27 assinaturas. Segundo a Agência Brasil, a proposta de Valadares torna obrigatório o diploma para exercer o Jornalismo, além de tornar facultativa a exigência do diploma para colaboradores.
Com todo o respeito que tenho ao Supremo Tribunal Federal, foi uma decisão equivocada. O jornalista é um profissional cujo trabalho é reconhecido. É uma tradição a legitimidade. O Brasil não pode retroceder. Como um senador socialista, não poderia deixar de recolher as assinaturas e protocolar a PEC, declarou o senador.

Com o objetivo de aperfeiçoar o texto do PEC, Valadares ainda vai solicitar que o Senado realize audiências públicas na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ), com representantes de associações e federações de jornalistas e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de estudantes e jornalistas.

No dia 17 de junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) revogou, por oito votos a um, a exigência do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão.

Ciro fala da corrida presidencial


Correio Braziliense

Entrevista publicada no Correio Braziliense, em 25 de junho de 2009

Em entrevista exclusiva ao Correio, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) não esconde a vontade de disputar a Presidência da República, mas não fecha a porta para concorrer ao governo de São Paulo nem a uma vaga de vice na chapa da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Hoje, Ciro está confortavelmente instalado na posição de curinga da base de Lula e ainda tem uma avenida aberta para o PSDB, caso seu amigo Aécio Neves, governador de Minas Gerais, seja candidato ao Palácio do Planalto.

Aécio Neves, se candidato, põe em risco sério a estratégia daqueles que estão ao lado do governo Lula”, diz Ciro, que se define como alguém que tem boas relações com a maioria esmagadora dos tucanos. O raciocínio do pré-candidato socialista é de uma lógica matemática acoplada à política: Aécio, com o apoio de José Serra, empataria o jogo com o PT em São Paulo, sai com Minas Gerais fechada em torno da sua candidatura e ainda tem espaço no Nordeste, no Norte e no Sul.

Se ele vier para o PSB, é o meu candidato, afirma o socialista. O PSB, de sua parte, não tem esperanças a respeito da filiação de Aécio e, a partir de julho, deflagra uma série de conversas para ver se Ciro vai ou não para o horário eleitoral gratuito como candidato a presidente ou se prefere selar desde já um acordo com o PT e definir os palanques estaduais. A seguir, os principais trechos da entrevista:

O que o empolga mais? A candidatura a governador de São Paulo ou à Presidência da República?

O que me empolga hoje na política é muito pouca coisa. Estou completando 30 anos de vida pública, felizmente uma vida pública decente, dedicada a resgatar com muita responsabilidade a confiança que as pessoas me deram generosamente ao longo desse tempo. E me preparo para ser candidato a presidente do Brasil. Francamente, nunca esteve na minha cogitação disputar o governo de São Paulo, mas algumas pessoas por quem eu tenho muito respeito — por exemplo, os deputados Márcio França (PSB-SP), Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Cândido Vaccarezza (SP, líder do PT na Câmara) — têm me pedido para pensar sobre esse assunto. O que eu preciso é ver respondida a pergunta: a que serve esse desafio?

E a que o senhor acha que serve esse desafio?

Consigo ver duas correntes contraditórias colocando esse assunto na pauta: uma é de pessoas que, abusando da inteligência dos amigos, mas mais do que isso, desrespeitando a gente valorosa de São Paulo, deseja fazer esse movimento para me tirar do caminho da disputa presidencial.

O senhor pode dar nome aos bois?

Ainda não, mas, proximamente, quando terminar de separar o joio do trigo, serei capaz de fazê-lo. Aqueles que mencionei estão de boa-fé, pensando que é hora de se oferecer uma coisa nova ao debate em São Paulo. Um mesmo grupo administra São Paulo e os problemas se agravam em todos os ângulos. Não há um projeto estratégico. As pessoas acham que posso dar uma contribuição a esse pedaço importante do Brasil que é São Paulo. Fico honrado, mas é um desafio grande demais para tomar uma decisão sem amadurecer muito.

Na hipótese de fracassar o plano A ou o plano B de governo paulista, o senhor aceitaria ser vice da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff?

A ministra tem todas as virtudes, qualidades e valores que um brasileiro de primeira linha possa ter. Trabalhamos juntos na pequena equipe que coordenou o enfrentamento da tentativa de golpe que se fez contra o Lula, a pretexto daquela desgraça que aconteceu, do chamado mensalão. Tenho por ela imensa afeição, estima e respeito. Mas ninguém é candidato a vice. Você pode desejar, comunicar a seus companheiros de partido, de base política, o desejo de participar do processo. Mas nem mesmo candidato você pode querer ser. Sonho em servir ao Brasil como seu presidente.

Como o senhor vai fazer para arrancar uma candidatura presidencial num partido tão ligado ao governo Lula?

Não vou de forma nenhuma. Pelo contrário. Estou pronto para aproveitar o que me resta de juventude na vida pessoal. A instrução que tenho do partido é para preparar uma candidatura à Presidência. Há muita intriga, futrica, normais nesse período. Mas entre nós há muita seriedade. O presidente Eduardo Campos não é Roberto Freire. É uma pessoa transparente, líder natural do partido, que não precisa de expedientes traiçoeiros, como aqueles que experimentei no PPS.

Por que tanta mágoa de Freire?

Não é mágoa. Estou fazendo uma crítica política. Tenho pena dele.

O senhor tem alguma mágoa dos tucanos?

Não me movimento por mágoa. Tenho uma crítica azeda com relação à traição de um grupo que se reuniu ao redor da ética, da social democracia, da justiça social. Vai para o poder, o povo acredita, dá a nós essa faculdade, eles jogam tudo na lata do lixo e fazem o oposto. É uma indignação muito grande. Amizade tenho com Geraldo Alckmin, que não foi ministro do Fernando Henrique, era muito amigo do Mário Covas, do Franco Montoro. Sou muito
amigo do Aécio Neves (governador de Minas). Você já me viu
falar alguma coisa azeda com Aécio? Sou amigo, irmão, do Tasso Jereissati (senador pelo Ceará).

E se Aécio for o candidato? Como o senhor vai fazer? Seu partido vai com ele?

Política a gente faz por responsabilidade. Se ele for candidato pelo PSDB, está tudo o que eu falei politicamente aqui valendo. Se for pelo PSB, é o meu candidato.

Mas se ele for pelo PSDB, não enfraquece a sua candidatura no PSB?

Meu cálculo hoje é que o Aécio, candidato pelo PSDB, põe em risco sério a estratégia dos que estão nesse campo sob a liderança do presidente Lula. Acho que ele tem uma entrada nacional muito mais forte do que o Serra, potencialmente, coisas que as pesquisas não deixam as pessoas lerem direito, porque são muito manipuladas nesse momento. Como eu vejo: se o Serra for candidato à reeleição em São Paulo, apoiando Aécio, São Paulo fica neutralizado na sucessão federal. Daí para frente, Aécio tem 80% de Minas Gerais, entra com muito mais facilidade na Amazônia, no Nordeste e no Rio do que o Serra. E o grande embate no Sul hoje é hostil ao Lula. O que mostra que o Aécio é um candidato muito mais viável para nos derrotar do que o Serra.

Ele leva o PSB?

Não sei.

Só o tempo vai dizer?

Não é provável. O PSB faz parte do arco de sustentação do governo do presidente Lula. Se (Aécio) for candidato da coalizão (PSDB-DEM), fez acordo com o Serra, que irá exigir certas questões.

O que o senhor vai trazer de novo se for candidato?

O avanço é tão expressivo que não há mais necessidade de dar centralidade como foi em outras campanhas. Eu paguei um preço muito amargo porque quis falar com franqueza para a população. Acabou que o Lula virou, com aquela carta aos brasileiros, o moderado, e eu é que era o incendiário. Essa fase passou.

E o Ciro destemperado? Passou?

Você não tem uma prova sequer de eu fazendo um xingamento pessoal a ninguém. Engraçado é que a versão se reproduz e tal. Eu sou uma pessoa indignada. Não sou filho da aristocracia, não venho do poder econômico. Sempre construí essa participação no processo com as unhas. Errei muito porque não tinha manual.

Qual foi o maior erro que o senhor acha que cometeu?
Os mais graves foram na campanha de 2002. Piada machista, de mau gosto, que acaba sendo uma reprodução da cultura machista na qual eu fui criado. Eu felizmente pude ver, pedir desculpas e aprender com essa amargura. Foi um erro amargo. Botavam as cascas de banana, e eu botava os dois pés. Eu não gosto dessa malícia. Você acha que eu não seria capaz de, com a experiência que adquiri, de enganar todo mundo e fazer carinha de bom moço? O que eu sou é decente. Estou na vida pública porque gosto. Agora, sou indignado. Se alguém quer alguém que seja uma gosma, que não tem sentimentos, que tem aquele olho de vidro, de cobra, procure outro.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Projeto estabelece piso salarial de R$ 4.650 para enfermeiros


Tramita na Câmara o Projeto de Lei 4924/09, do deputado Mauro Nazif (PSB-RO), que estabelece piso salarial de R$ 4.650 para os enfermeiros e reajuste anual pelo INPC.

O projeto fixa para o técnico de enfermagem piso equivalente à metade deste (R$ 2.325), e para o auxiliar de enfermagem e a parteira piso equivalente a 40% (R$ 1.860). A proposta altera a Lei 7.498/86, que regulamenta essas profissões.

Jornada desgastante
Mauro Nazif argumenta que os profissionais da área da saúde precisam de melhores garantias, pois são obrigados a uma jornada de trabalho desgastante, associada ao estresse pelos constantes deslocamentos entre diversos locais de trabalho.

"Isso acaba prejudicando a totalidade da população, que, a cada dia, tem seu sofrimento aumentado com a deterioriação do sistema de saúde", afirma o deputado. Ele conclui salientando que esse piso salarial vai proporcionar melhores condições de trabalho e valorizar os profissionais da área da saúde.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Agência Câmara

Ajuda de R$ 1 bi a municípios



















Na pauta, se destacam ainda a criação da Superintendência de Previdência Complementar e o projeto que detalha, para os consumidores, o peso dos impostos sobre os valores das mercadorias.

A transferência de R$ 1 bilhão ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), por meio da Medida Provisória 462/09, é o destaque da pauta do Plenário nesta semana. Também poderão ser analisadas outras 21 matérias, entre projetos de lei e propostas de emenda à Constituição (PECs). Um dos principais itens é o PL 3962/08, do Poder Executivo, que cria a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

A MP 462/09 não tranca os trabalhos. A sua análise tem sido adiada, mediante acordo de líderes, para que outros projetos possam ser aprovados. O repasse ao FPM vale para este ano e deve cobrir as diferenças entre o que foi transferido em 2008 e o calculado para 2009.

O objetivo é reduzir as dificuldades enfrentadas pelos municípios devido à queda da arrecadação dos tributos que compõem o fundo, afetada pela crise econômica.

Na MP, o governo também muda as regras do Fundo de Garantia para a Construção Naval (FGCN), com o objetivo de permitir que os estaleiros nacionais contem com essa garantia na construção de plataformas de exploração de petróleo, o que deve beneficiar a Petrobras.

Previc
Ainda não há acordo sobre o mérito do PL 3962/08 - a oposição não quer que sejam criados cargos em comissão para o funcionamento da superintendência. O projeto cria também a Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar (Tafic), a ser paga pelas entidades fechadas do setor em valor que pode chegar a R$ 2 milhões para os fundos de pensão com patrimônio acima de R$ 60 bilhões.

A Previc deve substituir a secretaria de igual nome na fiscalização das entidades. Porém, a secretaria continuará existindo no Ministério da Previdência Social e será responsável pela política e pelas diretrizes da previdência complementar.

Imposto na nota
Na pauta, está ainda o Projeto de Lei 1472/07, do Senado, que obriga os comerciantes a colocarem nas notas fiscais os valores dos tributos incidentes sobre os produtos e serviços. O objetivo é detalhar, para o consumidor, o peso dos impostos nos preços das mercadorias.

O texto estabelece que deverão ser identificados os seguintes tributos: Imposto de Renda, IOF, IPI, PIS/Pasep, Cofins, Cide-combustíveis, ICMS e ISS. Os dois últimos são, respectivamente, das esferas estadual e municipal. Os demais são arrecadados pela União.

Cemitério faz promoção de túmulos: pague um, leve dois

No cenário de crise na economia americana, um cemitério na cidade de Indianápolis, no estado de Indiana, lançou uma promoção para atrair novos moradores. Apesar de soar como algo de mau gosto para muitos, há quem aproveite a oferta. Segundo o site G1, quem comprar uma sepultura no Memorial Park leva outra de graça. O gerente-geral do cemitério, Mark McCronklin, destacou que a promoção não foi motivada pela recessão. Segundo ele, o cemitério realiza há vários anos promoções durante o Memorial Day, um feriado para lembrar os soldados mortos em guerras. Porém, muita gente critica a iniciativa. Placas fincadas no jardim de entrada do cemitério trazem a mensagem: "compre um lote, obtenha um grátis".

Voltando a realidade ilheense, se essa moda pega por aqui, do jeito que o municipio de Ilhéus corre atrás de grana para sair da crise estrutural. Os espaços aqui já vendidos a mais de 20 anos e os donos não conseguem reaver, como D. Dora da Zona Sul, que em 1975 comprou um buraco para quando precisar se enterrar, e hoje coitada, sentindo a vontade de Deus chegando, ela foi a prefeitura e ao responsavel pelos cemiterios e como surpresa descobriu que o buraco que ela sempre pagou sumiu, ninguem sabe ninguem viu e para piorar tentaram vender a ela um buraco novinho em folha por duzentinhos, como ela não aceitou outro buraco ela simplesmente está ver navios sem saber a quem recorrer para reaver o buraco pago até hoje por ela. dizem até que com o tempo o buraco foi tapado, vedado e sua localização riscado do mapa.

continuando a promoção o maior medo é que por aqui começem uma promoção dessas e muitos que pagam seus buracos, tenham perdidos os locais e caiam nessa promoção, apesar de aqui não se ter montanha para pagar um e levar dois.

Partidos reclamam falta da reforma política

Evandro Matos

A incerteza da propalada reforma eleitoral tem deixado uma séria de deputados angustiados. Além de aguardarem com expectativa a possibilidade de mudança de partido sem correr o risco de cometer o ato de infidelidade partidária, vários deputados federais e estaduais baianos veem cada vez mais essa possibilidade ir embora. A proximidade do dia 4 de outubro, data limite para que os candidatos estejam filiados a um partido político, os deputados buscam fazer acordos para a aprovação de uma regra mínima, ou uma minirrefor-ma, para que lhes permita uma saída sem consequencias.

Na Bahia, o caso mais complicado é o dos parlamentes do PR, que é presidido pelo senador Cesar Borges. O problema é que o partido está dividido entre duas facções, uma que apoia o governo estadual, liderada pelo deputado federal José Carlos Araújo, e outra oposicionista, que segue a orientação do senador Cesar Borges. Na ala governista, pelo menos quatro deputados aguardam ansiosamente a minirreforma: Pedro Alcântara, Gilberto Brito, Ângelo Coronel e Ivo de Assis. Todos eles apoiam a candidatura à reeleição do governador Jaques Wagner (PT) ao governo do estado, mas estariam dispostos a deixar a legenda caso aparecesse outra possibilidade de abrigo sem risco.

Recentemente, o PR se reuniu para traçar os rumos de 2010, mas a única certeza tirada desse encontro foi o apoio pela candidatura à reeleição do Senador Cesar Borges ao Senado. O deputado Pedro Alcântara, por exemplo, concorda com a unidade em torno da reeleição do senador republicano, mas não descarta a mudança para outro partido caso a janela apareça. "O partido ainda não se posicionou em relação a 2010. Se existir alguma possibilidade, vamos analisar. A janela pode ser uma solução", declarou.

O PSDB é outro partido baiano que vive o drama da reforma política. A aliança formulada com o Democratas na semana passada já provocou a primeira baixa no partido com a saída do deputado Marcelo Nilo. Embora sua saída seja por questões políticas, e com o aval dos antigos aliados, Nilo não tem a certeza de que sem uma minirreforma o seu mandato não esteja ameaçado. Mas a situação pior é a do deputado Emério Resedá, que havia prometido a Nilo que se transferiria junto com ele para outro partido, em caso de sua saída do ninho tucano. Resedá bem que tentou sair, mas teve que recuar diante da ameaça de perda de seu mandato por conta da infidelidade partidária. Por enquanto, ele permanece no PSDB, embora reconheça o seu desconforto.

Assim, de olho nas eleições de 2010, parlamentares da base aliada, principalmente, aguardam a abertura de uma janela política dentro de uma reforma que flexibilize a fidelidade partidária. Sobre o assunto, o deputado federal Jutahy Júnior (PSDB) disse não acreditar numa reforma política para valer nas próximas eleições. "É que não haverá mais tempo. O máximo que poderá acontecer serão alguns ajustes na lei eleitoral, mas nada com profundidade", avaliou o parlamentar tucano.

Para agradar aos adeptos do troca-troca sem ganhar a resistência dos partidos de oposição que temem perder filiados para a base governista, o deputado federal Luciano Castro (PR) deve incluir na proposta a proibição de o político mudar de legenda mais de uma vez no mesmo mês de movimentos pré-eleitorais. Além disso, o projeto promete criar barreiras para que as trocas aconteçam em períodos inferiores a quatro anos. Na prática, deputados federais não poderiam deixar as legendas pelas quais foram eleitos durante as convenções referentes aos pleitos municipais. "É uma questão de limitar a circunscrição. Dessa forma, ninguém vai poder ficar usando eleições diversas para justificar a troca a cada dois anos. Terão de esperar quase quatro. Achei que essa foi a melhor maneira de tentar agradar a todos", explica o parlamentar.

Uma alternativa à proposta de Castro bem aceita pelos parlamentares é o projeto apresentado em maio deste ano pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O texto reduz o prazo para a obrigatoriedade de filiação, prevendo que uma pessoa interessada em candidatar-se deve se filiar até março do ano da eleição, e não mais até setembro do ano anterior.



A redução pela metade do prazo para que o político decida por qual partido concorrerá ao pleito terá efeito direto nos processos de cassação por infidelidade partidária. Isso porque, com a proximidade da eleição, passam a ser remotas as chances de um infiel ser condenado à cassação antes de concluir o mandato em curso. A ideia ganhou a simpatia dos peemedebistas e passou a tramitar em regime de urgência.


Torcedores rubro-negros têm comparecido pouco ao Barradão

André Uzêda, do A TARDE

Com uma boa campanha, o time não vem sendo muito prestigiado

Tem que vir apoiar. Isso aqui é Vitória, é sangue. O desabafo do jogador Apodi, acompanhado de um gestual indicando o falatório da torcida, no final do jogo contra o Botafogo, foi contra as vaias que ecoaram no Barradão, enquanto o Vitória empatava com a equipe carioca. Mas as mesmas palavras podem ganhar outro significado se forem expostas aos números da média de público do Vitória nos três jogos disputados em casa.

Apesar da boa campanha do time do Vitória, a massa rubro-negra não tem marcado grande presença no estádio do Barradão. Foram ao todo três jogos em casa, todos aos finais de semana, contra os tradicionais Sport, Grêmio e Botafogo.

Em todas as partidas, o Leão só conheceu o gosto doce dos três pontos. Contudo, nenhum dos jogos foi acompanhado de um número de torcedores acima dos 20.000, dignos da campanha que vem desenvolvendo a equipe.

No jogo contra o Sport, justificada pela forte chuva em Salvador, apenas 4.588 torcedores assistiram ao gol de Neto Baiano, que garantiu o segundo triunfo rubro-negro no campeonato.

Contra o Grêmio, jogo da recuperação do Vitória, após conhecer a primeira derrota contra o Cruzeiro, o público registrado no Barradão foi de 16.310, maior do time na competição.

Nem todos os torcedores, porém, chegaram a ver o gol de Leandro Domingues, aos 48 minutos. Crentes em um possível empate, foi visível o abandono de muitas pessoas antes do apito final.

Média – Antes do jogo contra o Botafogo, o Instituto Datafolha havia catalogado alguns números do Campeonato Brasileiro de 2009. Dentre eles a quantidade de cabeças que cada time arrasta para seus domínios.

O Vitória apresentava a quarta pior média, com um público de 9.557, a frente apenas de equipes pouco tradicionais ou com mal desempenho no início do Brasileirão.

A torcida do Vitória só compareceu mais do que a do Goiás (7.504), Santo André (6.192) e Barueri (2.934). Os números do confronto contra o Botafogo pouco têm a acrescentar a essa média inicial. Às vésperas do São João, 12.274 estiveram presentes para o 4 a 3 diante dos cariocas.

Conferência Nacional da Igualdade começa quinta-feira

Na próxima quinta-feira, 25, começa em Brasília a II Conferência Nacional da Igualdade Racial II Conapir. O encontro vai reunir cerca de 1.500 pessoas e termina no dia 28.

Os participantes foram escolhidos durante as conferências estaduais e representam instituições de governo e sociedade civil organizada.

Os debates vão tratar de temas como titulação de terras, quilombos, ações afirmativas, educação, religiões afro-brasileiras, saúde e combate ao racismo institucional.

Temas relacionados aos povos indígenas e de etnia cigana também fazem parte do programa da Conapir.

A cerimônia de abertura contará com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro de Promoção da Igualdade, Edson Santos.

Deputados caem no forró para 2010

Desde o final de semana está difícil encontrar deputados, estaduais e federais baianos. Quase todos tomaram o rumo do interior, aproveitando a festa mais popular da Bahia para renovar os contatos com as bases eleitorais e não perder espaços para 2010, quando se prenuncia uma das mais difíceis eleições para o Poder Legislativo. À base do licor de jenipapo e da canjica, os parlamentares articulam os passos e se defendem dos avanços sobre os seus redutos eleitorais.

Tem muito deputado com medo do que as urnas lhes reservam em 5 de outubro de 2010. A concorrência, que já é grande, tende a aumentar ante a possibilidade de uma campanha nuito acirrada para o governo estadual. O problema será pior caso existam mesmo três candidaturas viáveis, porque isto fará crescer bastante o número de postulantes tanto à Assembleia Legislativa como à Câmara Federal.

São João Movimentado em Itororó

AMIGOS DE DANIEL X AMIGOS CHARLES

Além de se apresentar amanha (23) no FestSol em Itororó, o cantor Daniel vai participar de um jogo de futebol na cidade.

A partida, que acontece a partir das 15 horas no Estádio Municipal Odilon Pomphilio, será entre Amigos de Daniel e Amigos de Charles Fabian, que foi Campeão Brasileiro pelo Bahia em 1989.

O ingresso é um quilo de alimento não perecível. Os alimentos arrecadados serão doados a instituições beneficentes de Itororó.

Vitória busca manter 100% de aproveitamento em casa contra o Santo André

No segundo tempo, Carpegiani fez três modificações na equipe, sem efeitos

No segundo tempo, Carpegiani fez três modificações na equipe, sem efeitos



André Uzeda, de A TARDE

Metade do planejamento já foi cumprido, com muito sufoco diga-se de passagem. Contudo, de qualquer forma, os 1,72 m de Apodi, que de cabeça garantiu o triunfo rubro-negro sobre o Botafogo aos 44 minutos do segundo tempo, manteve o Vitória 100% no Barradão, além fixá-lo por mais uma rodada entre os quatro primeiros da Série A.

Na chegada do Vitória, pós empate com o Internacional, no Beira-Rio, o técnico Paulo César Carpegiani chegou a dizer que vencer os dois próximos compromissos é fundamental, repetindo uma fórmula óbvia, mas bastante eficiente para campeonatos longos.

Contra o Santo André, no próximo domingo, em casa, o Vitória tentará mais uma vez manter sua hegemonia. A tarefa, todavia, parece mais fácil no papel do que realmente deverá ser na prática.

Tido inicialmente como um dos possíveis rebaixáveis, o time do ABC paulista tem supreendido as piores previsões e figura bem, ao fim da sétima rodada do Brasileirão, no pelotão das equipes que almejam uma vaga no grupo de elite, com dez pontos conquistados.

Coincidentemente, a exemplo do Vitória, o Ramalhão, como é conhecido o Santo André, também conseguiu, no fim do jogo, transformar o que seria um empate melancólico em casa, contra o Sport, em um triunfo. O detalhe é que o zagueiro Maciel, autor do gol da virada, estava claramente impedido.

A boa fase do Santo André já tem, inclusive, despertado a cobiça de outras equipes pelo treinador Sérgio Guedes. O ex-jogador do Santos já teve seu nome sondado para dirigir o Flamengo, que atualmente vive em crise com o técnico Cuca.

A partida marcará ainda o reencontro do meia Elvis, ex-Vitória nas temporadas de 1997 a 2000 e novamente 2002, com o clube que o revelou para o futebol brasileiro.

Confrontos – Vitória e Santo André jamais se enfrentaram em um duelo válido pelo Campeonato Brasileiro da Série A. Na única participação do Ramalhão em um campeonato brasileiro, em 1984, o rubro-negro baiano esteve ausente. Ou seja, o Barradão será palco do primeiro encontro das duas equipes na primeira divisão. Um outro jogo que também não aconteceu, desta vez válido pela Copa do Brasil, ficou para sempre na memória do torcedor do Leão.

No ano de 2004, o Vitória, semifinalista do torneio que garante acesso mais rápido para a Libertadores, acabou barrado pelo Flamengo. Caso passasse para a final, o time na época dirigido por Agnaldo Liz teria disputado a final contra o Santo André, de Péricles Chamusca, técnico criado na Toca do Leão.

Ao contrário porém do que até hoje afirmam os torcedores do Vitória que, caso passasse pelo Flamengo, o rubro-negro fatalmente conquistaria seu primeiro título nacional diante do Santo André, o time do ABC provou sua superioridade, em um Maracanã lotado e com um futebol irrepreensível, ao vencer os donos da casa por 2 a 0.

Seduc realiza pagamento aos beneficiários não contemplados do Precatório do FUNDEF 2024

Autor: Ivana Barreto (Ncom Seduc)    Seduc realiza pagamento aos beneficiários não contemplados do Precatório do FUNDEF 2024 O pagamento ser...