Agência da Câmara
Alexandra Martins
Paes de Barros: para maximizar a quantidade de bons docentes, é preciso premiá-los.
O Estado deve investir na qualidade dos professores e, inclusive, na premiação dos melhores para aperfeiçoar o desempenho dos alunos brasileiros de forma mais rápida. Essa é uma das conclusões da análise de 400 estudos mundiais sobre melhoria do aprendizado que foram selecionados pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, pelo Instituto Ayrton Senna e pelo Movimento Todos pela Educação.
Em audiência pública promovida pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara e pela Frente Parlamentar Mista da Educação, o secretário de Ações Estratégicas do governo federal, Ricardo Paes de Barros, disse que ter aula com o melhor docente da escola pode significar ao estudante um aumento no aprendizado de quase 70%: "A educação acontece quando um bom professor se encontra com um aluno motivado por horas. Quanto mais eles se encontrarem, maior será o aprendizado".
Para maximizar a quantidade de bons professores, segundo Paes de Barros, é necessário premiá-los, seja por meio de certificados, incentivos em projetos ou bonificações salariais. “Um dos problemas da profissão é que os próprios professores se convenceram de que eles são todos iguais, e que as diferenças entre eles não devem ser ressaltadas, documentadas, premiadas", argumentou.
Avaliação
O presidente da frente parlamentar, deputado Alex Canziani (PTB-PR), sustentou que o Brasil poderia ter sistemas mais refinados de avaliação da qualidade dos docentes como existem em outros países. Ele sugeriu a utilização de uma instituição independente que possa certificar quem é um bom professor. “Além de estarmos estimulando aqueles que não são considerados os melhores professores, poderemos pôr em prática a meritocracia. É justo pagarmos, darmos condições ou estimularmos mais aqueles que são mais efetivos na sua atividade", explicou.
O presidente da frente parlamentar, deputado Alex Canziani (PTB-PR), sustentou que o Brasil poderia ter sistemas mais refinados de avaliação da qualidade dos docentes como existem em outros países. Ele sugeriu a utilização de uma instituição independente que possa certificar quem é um bom professor. “Além de estarmos estimulando aqueles que não são considerados os melhores professores, poderemos pôr em prática a meritocracia. É justo pagarmos, darmos condições ou estimularmos mais aqueles que são mais efetivos na sua atividade", explicou.
Alexandra Martins
Canziani defende uma instituição independente para avaliar os professores.
Paes de Barros também citou dados que apontam acréscimos de mais de 40% na aprendizagem com a redução dos alunos por sala de aula, de 22 para 15, e com o aumento do calendário letivo de 190 para 200 dias.
Recursos
O secretário de Ações Estratégicas destacou ainda que o objetivo agora deve ser melhorar a qualidade, e não a quantidade, de recursos para o ensino. Conforme ele, o Chile gasta 4% do PIB em educação e está mais bem colocado que o Brasil, que gasta 5% do seu PIB, nos testes internacionais. Paes de Barros lembrou, no entanto, que o investimento no país andino chega a mais de 7% quando o gasto privado é somado.
O secretário de Ações Estratégicas destacou ainda que o objetivo agora deve ser melhorar a qualidade, e não a quantidade, de recursos para o ensino. Conforme ele, o Chile gasta 4% do PIB em educação e está mais bem colocado que o Brasil, que gasta 5% do seu PIB, nos testes internacionais. Paes de Barros lembrou, no entanto, que o investimento no país andino chega a mais de 7% quando o gasto privado é somado.
O especialista propôs que os alunos brasileiros com boas condições financeiras paguem para estudar nas universidades públicas. "Esse é um gasto com educação que a gente poderia induzir as famílias a ter – isso é o que acontece no Chile. Se você é de classe média alta, rico e colocou seu filho na universidade pública, mais do que bem-vindo. Só que terá de pagar, pois não precisa que eu pague por você", declarou.
Atualmente, informou Paes de Barros, o Brasil está entre os cinco países que mais avançaram na pontuação dos testes internacionais de avaliação do ensino na última década. Por outro lado, ainda está entre os 20% piores na colocação geral.
Reportagem – Sílvia Mugnatto/Rádio Câmara
Edição – Marcelo Oliveira
Edição – Marcelo Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário