terça-feira, 18 de outubro de 2011

Câmara Mirim reúne nesta terça-feira 400 crianças em sessão no Plenário

Agencia da Câmara


A 6ª edição do projeto Câmara Mirim será realizada nesta terça-feira (18) no Plenário da Câmara dos Deputados. Cerca de 400 crianças de escolas de todo o Brasil participarão de uma sessão para discutir e votar três projetos de lei selecionados entre mais de 1.200, todos eles elaborados por estudantes de 7 a 14 anos.

As três propostas que serão analisadas foram apresentadas por Marco Túlio Campos Machado, aluno da 8ª série do Colégio da Polícia Militar de São Paulo; André Dantas Ferreira da Silva, da 5ª série do colégio Mackenzie, em Brasília; e Juliana Fredo Marques, da 7ª série do colégio Bom Jesus, em Curitiba. Os três estarão na Câmara para defender seus projetos.

Marco Túlio propôs que todos os produtos mostrem quais os impostos estão embutidos nos preços. Já André quer que todos os órgãos públicos sejam obrigados a ter um site com linguagem para crianças, assim como a Câmara tem o Plenarinho. E Juliana sugeriu a criação de um número de telefone único para o atendimento de todo o tipo de emergência.

As propostas serão depois encaminhadas às comissões temáticas da Casa, onde poderão ser apadrinhadas por deputados, como destaca a coordenadora do Plenarinho, Ana Cláudia Lustosa.

A sessão do Câmara Mirim 2011 começa às 10 horas, no Plenário Ulysses Guimarães.

Saiba mais detalhes sobre o evento e os projetos no site do Plenarinho.
Da Redação/MR

Comissão de Educação debaterá transporte escolar rural

Agencia da Câmara

Comissão de Educação debaterá transporte escolar rural

O Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate) será debatido em audiência pública da Comissão de Educação e Cultura nesta quinta-feira (20). A audiência, solicitada pela deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), pretende avaliar o transporte escolar dos alunos das escolas públicas.
Foram convidados para participar da audiência pública o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento em Educação (FNDE), José Carlos Wanderley Dias Freitas; o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Roberto Ziulkoski; a secretária municipal de educação de Santarém (PA), Raimunda Lucineide Gonçalves Pinheiro, que representará a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime); e a presidenta do Conselho Nacional de Secretários de Educação, Maria Milene Badeca da Costa.

Pnate
O Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar foi instituído pela lei 10.880/04, com o objetivo de garantir o acesso e a permanência de alunos residentes em áreas rurais do ensino fundamental público nos estabelecimentos escolares. Com a lei 11.947/09, o programa foi ampliado para toda a educação básica, beneficiando também os estudantes da educação infantil e do ensino médio que moram em áreas rurais.

O programa consiste na transferência automática de recursos financeiros, sem necessidade de convênio ou outro instrumento congênere, para custear despesas com reforma, seguros, licenciamento, impostos e taxas, pneus, câmaras, serviços de mecânica em freio, suspensão, câmbio, motor, elétrica e funilaria, recuperação de assentos, combustível e lubrificantes do veículo ou, no que couber, da embarcação utilizada para o transporte de alunos da educação básica pública residentes em área rural. Serve, também, para o pagamento de serviços contratados junto a terceiros para o transporte escolar.

O valor per capita/ano varia entre R$ 120,73 e R$ 172,24, de acordo com a área rural do município, a população moradora do campo e a posição do município na linha de pobreza. Para 2011, o orçamento previsto é de R$ 644 milhões.

Repasses
Os estados podem autorizar o FNDE a efetuar o repasse do valor correspondente aos alunos da rede estadual diretamente aos respectivos municípios. Para isso, é necessário formalizar a autorização por meio de ofício ao órgão. Caso não o façam, terão de executar diretamente os recursos recebidos, ficando impedidos de fazer transferências futuras aos entes municipais.

Os valores transferidos diretamente aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios são feitos em nove parcelas anuais, de março a novembro. O cálculo do montante de recursos financeiros destinados aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios tem como base o quantitativo de alunos da zona rural transportados e informados no censo escolar do ano anterior.

A audiência será realizada às 10 horas, no Plenário 10.
Da Redação/MW
Com informações da Comissão de Educação e Cultura

Comissão discutirá criação de crédito para entidades filantrópicas

Agencia da Câmara


A Comissão de Seguridade Social e Família realiza nesta terça-feira (18) audiência pública para discutir a criação de uma linha de crédito especial para santas casas, hospitais e entidades filantrópicas. O requerimento foi feito pelos deputados Saraiva Felipe (PMDB-MG) e Antonio Brito (PTB-BA).

Os deputados que propuseram a audiência afirmam que, durante a terceira reunião da Frente Parlamentar de apoio às Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas na Área da Saúde e o 21º Congresso das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, a principal reivindicação do setor foi a criação de uma linha de crédito do BNDES, com juros diferenciados, para reestruturar a saúde financeira dessas entidades. As entidades lembraram que linha de crédito nesses moldes já existiu no passado.

“Embora atualmente exista uma linha de crédito chamada Caixa Hospital, que vem sendo operada pela Caixa Econômica Federal, a alta taxa de juros praticada, acima da utilizada pelo mercado, inviabiliza ou torna extremamente caras as operações de crédito”, afirmam Saraiva Felipe e Antonio Brito.

Os parlamentares argumentam que a audiência permitirá que representantes desses órgãos expliquem as medidas que estão sendo tomadas para assegurar a continuidade dos trabalhos das santas casas e dos hospitais filantrópicos.

Convidados
Foram convidados para a audiência:
- o ministro da Saúde, Alexandre Padilha;
- o superintendente da Área de Inclusão Social do BNDES, Ricardo Luiz de Souza Ramos;
- o chefe do Departamento de Avaliação e Gestão de Garantias Reais da Área de Crédito do BNDES, Henrique Rogério Lopes Ferreira da Silva;
- o presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filatrópicas (CMB), José Reinaldo Nogueira;

- o superintendente Nacional de Média e Grande Empresa da Caixa Econômica Federal, Giovanni de Carvalho Alves.

A audiência está marcada para as 14h30, no Plenário 5.

Debate
Na quarta-feira (19), às 8 horas, no Salão Verde, a frente parlamentar realizará sua quarta reunião de trabalho, acompanhada de um café da manhã, com o apoio da CMB.

O objetivo da reunião é debater o reajuste da tabela do SUS, uma fonte de financiamento para o setor e o resultado da audiência pública do dia anterior.
Da Redação/MM

Títulos de cursos até nível médio poderão ser equivalentes no Mercosul

Agencia da Câmara

A Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul) discutirá nesta terça-feira (18) a criação de uma tabela de equivalências entre os graus e títulos relativos a cursos de níveis fundamental e médio não-técnico de países do Mercosul. O parecer pela aprovação da Mensagem 436/10, que trata do tema, será votado pelos membros da delegação na reunião.

Relator da mensagem, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) apresentará parecer favorável à equivalência. O conteúdo da proposta é o mesmo que já foi aprovado pelo Conselho do Mercado Comum, em San Miguel de Tucumán, Argentina, em junho de 2008.

O relator acredita que a equivalência entre os títulos e graus permitirá uma maior aproximação entre os países. "O setor educacional, que é a base da formação e da preparação dos indivíduos para a vida, merece destaque. A equivalência promoverá o reconhecimento mútuo e o livre trânsito", diz Arruda.

A votação será presidida pelo senador Roberto Requião e acontecerá às 14h30, no plenário 19, na ala Alexandre Costa do Senado Federal.
Da Redação/MM

Lixo com Receita



Recentemente a Associação de Moradores do Hernani Sá realizou a plantação de algumas árvores e colocou placas de aviso ao lado do campo de futebol dos caminhos 40 e 41 do bairro, avisando aos moradores que era proibido jogar lixo ou entulho naquele local.

Passado alguns dias da instalação dos avisos, apareceu ao lado da grade de proteção de uma árvore, vários sacos com lixo deixando vários moradores indignados. Mas, um fato chamou a atenção de um morador curioso, no meio do lixo espalhado, existiam duas cópias de receita medica com os nomes dos pacientes. Com as receitas em mãos, um grupo de moradores resolveu investigar a origem daquele lixo e conseguiram identificar a casa de onde saiu os sacos com lixo. Abordado sobre paradeiro do lixo, o proprietário alegou que advertiu um catador de material reciclável para não mexer nos sacos de lixos e para surpresa dele, minutos depois os sacos com o lixo tinha desaparecido. Após ser comunicado do fato, o morador se dirigiu ao local onde se encontrava o lixo e recolheu tudo e colocou próximo a sua residência para ser recolhido pelo caminhão da coleta.

Postado por Blogger no URBIS NOTICIA

Comentário do tresilhasilheos:
Por Roberto Corsário
Não existe uma fórmula para lidar com as pessoas, somos individuos unicos, mas lidar com pessoas difíceis é uma tarefa que exige competências pessoais, como respeito às diferenças, domínio próprio e espírito de liderança. É importante não esquecermos que o comportamento das pessoas é resultado de suas respectivas histórias de vida. Sendo assim, para que seja possível diminuir os conflitos na interação social, familiar, no trabalho ou em outros espaços da vida cotidiana, se faz necessário que alguém assuma a liderança e este alguém seja capaz de respeitar os demais, favorecendo assim a construção de um relacionamento pautado no respeito mútuo e na tolerância recíproca. Autor: Chelsea

I ENCONTRO NACIONAL SOBRE DILEMAS CONTEMPORÂNEOS DA EPIDEMIA DE AIDS E DO II ENCONTRO DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO A SAÚDE NO CAMPO DO HIV AIDS



 





Com o objetivo de capacitar voluntários e funcionários do NEPSI, rede municipal de saúde e da educação de Ilhéus. Através da parceria do CTA/SMSI e o NEPSI estiveram em Salvador no período de 11 a 14 de outubro de 2011, equipe de vários segmentos ligados a saúde, educação e voluntariado do NEPSI coordenada pela presidente do NEPSI, Maria Eliene Soares e sua Vice, Idalzina Corrêa Rehem, participando I Encontro Nacional Sobre Dilemas Contemporâneos da Epidemia de AIDS e do II Encontro de Prevenção e Promoção a Saúde no Campo do HIV/AIDS, Promovido pelo Grupo de Apoio á Prevenção á Aids da Bahia –GAPA BAHIA, em parceria  com o departamento de ORG. DE CADST/AIDS e Hepatites Virais e a Coordenação Estadual de DST AIDS  da Bahia.

Representantes de Ilhéus no encontro em salvador.

Representando o NEPSI
Maria Eliene Soares, Idalzina Corrêa Rehem, Rosa Malena
Representante da SEDUC
José Nilton 
Representando o NASF
Ednagila Oliveira
Redução de Danos
Edgar
Secretaria de Saúde/Enfermeiras
Lilian e Silvana
Rede de Jovens
Danile /Saiara/ Valeria

Fonte Idalzina Rehem

PADRE EDNALDO MARTINS: "O PROFESSOR CONSTROI O FUTURO DA SOCIEDADE"

" Valorizar o professor em um todo, lhe propocionando um ambiente agradável de trabalho, cursos e seminários e pagando salários dignos e em dia, é que podemos mudar o rumo da história. Estes profissionais que aqui estão, com sua dedicação e paciência, estão construindo o futuro da sociedade itajuense". O desabafo foi feito pelo prefeito de Itaju do Colônia, padre Ednaldo Martins, quando reuniu professores da rede municipal e estadual, para uma comemoração conjunta do Dia do Professor.


Com apoio da secretaria Eujária Alves, o prefeito destacou a melhoria da educação no município, com aquisição de veículos para transportar os alunos, a qualidade da merenda escolar, o aumento do número de crianças nas salas de aula, a entrega de bicicletas para os alunos e a dedicação carinhosa com que os professores tem dado as crianças nas salas de aula. A festa foi animada pelo cantor, Gilney Caetano e pela cantora gospel, Fabiane Reis. Os professores agradeceram o apoio que eles tem recebido da secretária Eujária Alves da educação e a forma como são tratados pelo prefeito Ednaldo Martins, que reconhece no professor, o alicerce para o crescimento e desenvolvimento da sociedade de Itaju do Colônia.

NOTA DO PROFESSOR PAULO GABRIEL SOLEDADE NACIF, REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

Um vídeo editado cuidadosamente para ocultar o contexto das minhas colocações, durante as mais de vinte horas da Mesa de Negociação com os estudantes, foi divulgado por um grupo de discentes, alguns, legítimos militantes de partidos e outros coletivos políticos. Nele, uma frase descontextualizada está sendo propagada para dar a falsa impressão de que teria sido racista em minhas declarações. Eu, cujo combate a essa prática, é parte do meu cotidiano.

Ao longo de toda a minha vida, lutei contra as desigualdades sociais e raciais, tão deletérias à vida nacional e à humanidade. Como todo brasileiro, oriundo de família negra e pobre, sei na prática o real significado do racismo e da desigualdade. Por isso, ainda na condição de estudante, na época da Ditadura Militar, participei ativamente em processos denunciando o racismo na sociedade brasileira. Como professor da UFBA, antes da existência de nossa UFRB, pude ajudar a mudar essa realidade. Presidi a comissão responsável pela relatoria do Projeto de Implantação de Políticas Afirmativas, instituindo o programa na UFBA, contribuindo para a conquista de uma robusta e corajosa medida de reparação ao povo negro, mudando a composição social e racial daquela universidade, tornando-a mais inclusiva.

Acreditamos desde o início que uma universidade implantada na região mais negra do Brasil deveria refletir a composição étnica e social do nosso povo. Ao tomar posse do cargo de Reitor da UFRB, minha primeira ação institucional foi criar a primeira Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assistência Estudantil (PROPAAE) do Brasil.

Ainda em 2006 criamos o Fórum 20 de Novembro, iniciativa que determina que nesse dia toda a nossa instituição se dedica integralmente à reflexão sobre as questões sócio-raciais no Recôncavo, na Bahia e no Brasil. Em nossa universidade o número de alunos que integram o programa de assistência estudantil é amplamente superior à média nacional. No início, quando construímos as primeiras residências, sentamos e negociamos o modelo com os estudantes. Hoje temos sete residências universitárias, cinco delas, próprias. Novas residências serão construídas. Tudo isso em tão pouco tempo de existência. Lamentavelmente essa minoria nada reconhece.

Assistimos durante o período de paralisação estudantil, a ações de desrespeito e assédio moral focadas principalmente na reitoria e servidores técnico-administrativos. Tais atitudes não possuem precedentes na vida universitária brasileira. Não é possível desconsiderar os evidentes vínculos que existem entre esses surpreendentes desrespeitos e as características sócio-raciais da nossa região, da nossa universidade e do nosso Reitorado, principalmente quando vemos que tais atitudes partiram de uma parcela bem específica do corpo discente.

Já, no final das negociações que culminaram na desocupação da Reitoria e outros espaços da UFRB, considerei inadmissível continuar assistindo a cobranças desmedidas das nossas ações administrativas, sempre acompanhadas de ironias, sarcasmos e agressões, à UFRB, à reitoria e aos nossos servidores técnico-administrativos. Busquei, pedagogicamente, mais uma vez explicar aos alunos as dificuldades de implantação da UFRB, buscando que os mesmos saíssem de uma postura de agressividade para construir a solidariedade necessária a um projeto como esse.

O que fizemos foi evidenciar que a desigualdade sócio-racial até hoje reflete negativamente em toda região. Essa exclusão tem conseqüências em todas as áreas, desde a carência de infraestrutura até a qualificação profissional que, numa sociedade ainda apartada, penaliza ainda mais os pobres e negros. Defendemos ali que os servidores não são “incompetentes” ou “corruptos”, como foram chamados várias vezes no processo de greve estudantil. Os servidores não podem ser condenados pelos problemas que são inerentes à instalação de uma universidade deste porte.

Disse e reafirmo que “o desafio é maior”, uma vez que a desigualdade sócio-racial é maior. Disse e reafirmo que precisamos ser solidários aos nossos servidores que possuem os salários mais baixos do Serviço Público Federal. Disse e reafirmo que os nossos servidores vêm das classes populares e merecem respeito por isso. Disse e reafirmo que a maior parte dos nossos servidores são afrodescendentes e, sofremos todos, o perverso racismo que infelizmente o Brasil teima em não reconhecer e cujo efeito é profundamente deletério na nossa sociedade. Disse e reafirmo que o tratamento dispensado aos servidores e à reitoria é racismo. Disse e reafirmo que não é possível exigir que a UFRB funcione, já nos seus primeiros anos, como uma universidade consolidada dos grandes centros, situadas em ambiente em que o sistema capitalista e o Estado atuam e funcionam em condições mais avançadas. Disse e reafirmo que cumprir em curto e médio prazo as “exigências” dos estudantes, na sua última pauta com 106 itens, mesmo que tivéssemos recursos, seria uma exigência desumana com o nosso competente corpo técnico-administrativo. 

A questão da raça ou cor existe apenas em razão da ideologia racista, sem nenhuma base biológica. Segundo Edward Telles no livro “racismo à brasileira”, colocar no centro dessas discussões a cor é importante porque as pessoas continuam a classificar e a tratar o outro segundo idéias socialmente aceitas, e cita W.I. Thomas que declarou: “se os homens definem situações como reais, elas se tornam reais em suas conseqüências”.

É lamentável que esses militantes, alguns já diplomados pela UFRB, desconheçam estudos que demonstram, por exemplo, que a escolaridade é responsável pela maior parte das diferenças na mobilidade social entre brancos e negros. Não é possível se desconhecer pesquisas que demonstram um Brasil no qual, já na pré-escola, existem professores que são mais afetivos com crianças brancas e que muitos ignoram atos discriminatórios entre alunos.

Lembro que na época da discussão do Programa de Políticas Afirmativas da UFBA, o professor João Reis, participando de uma lista de discussão afirmou: “o Brasil é um país miscigenado. Aliás, os Estados Unidos também e diversos da América Latina, idem. Esse aspecto biológico não se traduz imediatamente na mentalidade das pessoas, em nenhum lugar. Uma coisa é a biologia, outra é a sociologia ou a antropologia do fenômeno "racial". 

No Brasil a cor da pele e outros traços físicos são pretextos para discriminar negativamente. Isso significa que ter a pele clara é possuir um capital simbólico que ajuda grandemente no processo de ascensão social.”

As edições de vídeos divulgados a cada momento não mostram que os estudantes, numa academia, se recusaram a permitir esse franco debate. Fui impedido, a partir dali, de concluir o raciocínio, sob acusação de racismo e determinismo geográfico, tentando expressar o meu orgulho pelos nossos trabalhadores e da nossa história de luta que dura quase meio milênio. E, num julgamento sumário de um verdadeiro tribunal de exceção, fui transformado naquele momento, em um “racista”. Em reuniões anteriores fui chamado repetidamente de Hitler. Eu, que enfrentei a crítica dos que diziam que as cotas iriam “abaixar o nível” da universidade, enquanto o que se provou, por pesquisas, foi o contrário. 

Tudo isso é lamentável. Uma universidade amarrada a uma burocracia estatal desmedida deve se preparar para sobreviver a atrasos de suas obras. Mas, uma universidade não poderá jamais sobreviver sem a capacidade de discussão crítica, sinônimo do próprio trabalho do intelectual. Milton Santos destacou que “a universidade é talvez a única instituição que pode sobreviver apenas se aceitar críticas, de dentro dela própria, de uma ou outra forma. Se a universidade pede aos seus participantes que calem, ela está se condenando ao silêncio, isto é à morte, pois seu destino é falar”.

Ao invés de aprofundar esta discussão, fundamental para entender as origens históricas das dificuldades infraestruturais e logísticas dessa região esquecida pelo Estado Brasileiro, por sua vez, indispensável à compreensão da gestão acadêmica, os militantes políticos preferiram cortar um pequeno trecho de longos vídeos, oriundo de extensas negociações, gravadas durante vários dias, e me caluniar, numa campanha política para reverter o resultado do recente processo de consulta à comunidade acadêmica, que redundou na minha posse. Daí, aviltando a academia e a democracia, partem para uma sistemática destruição moral de seus pretensos “inimigos”: nós, que lutamos tanto para construir esta universidade.

Tenho orgulho de termos uma universidade em que 71,89% dos estudantes são oriundos das classes C, D e E. Construímos uma universidade na qual 84,3% dos estudantes se declaram afrodescendentes, algo sem precedentes na história da educação brasileira e que, sem as políticas afirmativas não seria possível nesta etapa de nossa história.

Assumi este mandato há pouco mais de dois meses e, durante toda a eleição, defendi a excelência aliada à inclusão social e elas serão as prioridades da nossa nova gestão. Fui eleito com 88% dos votos válidos de nossa comunidade acadêmica.

Se, durante esse processo de greve, negociamos até o final com este específico grupo de estudantes, num universo de mais de 8 mil, é porque, embora minoritários, são também membros desta comunidade e devem ser tratados com respeito. Há muito que o isolamento político de tal coletivo tem os conduzido a uma progressiva e violenta escalada das agressões, ameaças e calúnias.

Ao difundirem agora a acusação de racismo como estratégia política e partidária para agredir a minha história de vida e a trajetória que construí em defesa de uma sociedade mais justa e humana, estes militantes me levam a, na qualidade de professor concursado, membro da UFRB, fazer a defesa de minha integridade e desta universidade, que, para erguer, dedicamos importante parte de nossas vidas.

A todo o momento este coletivo político assaca acusações, distorce a verdade, manipula os dados e realiza uma articulada campanha de destruição da imagem pública da UFRB.  A atitude de atacar a minha honra, após um longo processo de negociação e o fim da paralisação, não tem outro objetivo a não ser construir a fórceps uma crise permanente de modo a inviabilizar as atividades da UFRB, ao arrepio da vontade da ampla maioria da comunidade acadêmica. Não se conformam com qualquer saída negociada, tal qual a que conquistamos, querem o impasse, que não virá. 

Em nome da minha história, do meu nome, da minha família e de todos que lutaram pela implantação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, não tenho o direito de deixar de me manifestar contra essas agressões e calúnias e, desta forma, repelir veementemente este tipo de prática inquisitória e antiética

Agradeço profundamente as centenas de mensagens de indignação solidária encaminhada pelos servidores docentes, técnico-administrativos, discentes e da sociedade brasileira. Não obstante, tomarei as medidas cabíveis para impetrar ações com vistas à reparação dos danos causados à minha honra e à imagem da UFRB.
Paulo Gabriel Soledade Nacif
Professor e Reitor da UFRB

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Alunos do CAIC tem sua própria Orquestra

O CAIC  de Fortaleza no Ceará tem sua própria Orquestra Sinfônica, graças aos alunos que ali passam se formam e depois voltam para trabalhar, como aconteceu com Paulo Kleber, jovem professor de música que foi aluno do CAIC, e hoje dar aula de música aos alunos da instituição.

 Para ele é uma honra hoje poder dizer que foi aluno do CAIC, se formou, prestou concurso público somente pensando em trabalhar no CAIC. Hoje os frutos já começam a dar, como é o caso de vários ex-alunos que hoje estão fazendo parte de bandas, orquestras estaduais, muitos se encontram fazendo sucesso em outras localidades. O trabalho iniciou-se em 1997 quando foi criado o Programa Aprendendo a Lidar com os Instrumentos Musicais no CAIC, por ele. "É muito gratificante para mim ver essas duas alunas, que vão se apresentar aqui hoje pela primeira vez, mais ainda, elas já são referencia na orquestra" finalizou.
Maestro Paulo Kleber - Professor e ex-aluno do CAIC


Paulo Kleber - Professor e ex-aluno do CAIC
Paulo Kleber - Professor e ex-aluno do CAIC

 Apresentação da Orquestra do CAIC no Iº Seminário de Mobilização Social pela Educação em Fortaleza-CE
 Orquestra do CAIC de Fortaleza-CE
 Roberto Corsário e os futuros musicos alunos do CAIC de Fortaleza.

COMITÊ MOBILIZAÇÃO EDUCAÇÃO ILHÉUS - COMSEI: Professor revitaliza escola e faz violência de bai...

COMITÊ MOBILIZAÇÃO EDUCAÇÃO ILHÉUS - COMSEI: Professor revitaliza escola e faz violência de bai...: Postado por Régia Valléria Franca Rodrigues O MP e os Objetivos do Milênio A escola fica em Arapoanga, um dos bairros mais violen...

Professor revitaliza escola e faz violência de bairro do interior diminuir

A escola fica em Arapoanga, um dos bairros mais violentos de Planaltina, a 40 quilômetros de Brasília. Quando assumiu a direção, o professor Jordenes encontrou o caos.
O Fantástico foi até a escola pública com as melhores notas do Distrito Federal. “A nossa escola alcançou já em 2010 o que o MEC estipulou para que alcançássemos em 2014”, revela o professor Jordenes da Silva.
Quem vê o povo reunido na maior tranquilidade não imagina o terror de dez anos atrás. “As pessoas tinham medo de botar os filhos na escola. Ela vivia, essencialmente, a condição de insegurança do bairro”, lembra o professor.

A escola fica em Arapoanga, um dos bairros mais violentos de Planaltina, a 40 quilômetros de Brasília. Quando assumiu a direção, o professor Jordenes encontrou o caos. “Era desrespeito com os professores e servidores, e destruição do patrimônio da escola”, conta.

A primeira providência do novo diretor foi chamar a polícia. Em um só dia, 75 prisões; 25 camburões da PM saíram lotados da escola.

“Foragidos da Justiça, pessoas com mandado de prisão e que usavam a escola para ter acesso aos adolescentes e alunos”, diz. É claro que depois vieram as ameaças de morte, mas o professor Jordenes estava determinado a fazer a escola funcionar. Uma ideia fixa que talvez tenha começado muitos anos antes de tanto ouvir o pai repetir o velho ditado: “Feliz do homem que é escravo de uma grande ideia”.

“Eu resolvi me tornar escravo de uma grande ideia: formar meus filhos”, diz Juverci da Silva, pai de Jordenes.

Quando juntou a tralha da família e deixou o interior de Minas em direção a Planaltina, Juverci já sabia o que fazer. “Procurei uma escola, matriculei os filhos, comprei uma carroça, um cavalo e fui para a rua”.

Um carroceiro e uma empregada doméstica semianalfabetos tomavam as lições dos filhos com obstinação. “Vocês aprendem a tabuada, porque, se souberem de cor, vocês vão conseguir a matemática de vocês”, ensina a mãe Jurandy da Silva. O filho mais velho virou doutor com três diplomas: biologia, administração e direito. Por isso, ele acredita na força da educação. E mesmo no bairro cinzento e pobre, quer seus alunos estudando na sombra de um jardim florido.

“Esse impacto traz ao aluno a certeza de que chegou a um lugar especial”, acredita Jordenes.

Tão especial que tem musica clássica em vez de sirene. “O ambiente é calmo e tranquilo, mas é vivo, porque a música também traz essa vivacidade. A sirene, não”, acrescenta. Há espelhos por todos os lados. “A imagem te dá o referencial de como você se contextualiza, o que você faz aqui na escola. Quando colocamos as barras de espelho, os alunos começaram a olhar primeiro para si. Isso deu um choque de autoestima”, explica o professor.

Ele não tem vergonha de pedir. Com a embaixada do Japão, conseguiu uma tela interativa. Foi a primeira escola do Brasil a ter essa ferramenta. “Só o Fantástico, da Rede Globo, e nós tínhamos esse quadro quando ele chegou nessa escola. Só que de lá para cá a nossa evasão escolar caiu 35%.” É fácil entender o porquê. “É muito melhor, porque a gente tira parte do conteúdo maçante que a gente só aprende no quadro branco”, opina Gualter Sobrinho, de 13 anos.

O fascínio dos alunos com a tecnologia é canalizado para as microaulas no blog da escola, que já tem 60 mil acessos. Tendo uma dúvida, ele passa um e-mail, que é entregue para o professor da matéria, que sana a dúvida”, aponta Jordenes.

Em uma comunidade tão pobre, por que não empregar gente da região? “Começamos a trazer para trabalhar na limpeza da escola moradores do bairro. Nesse momento em que estamos conversando, o responsável pela segurança da escola é pai de uma aluna da oitava série”.

Em dez anos, muita gente já mudou de vida. O professor Uarlen Dias foi aluno de Jordenes. Está de volta como professor para ensinar em outro contexto. “Do lado de cá era a quarta série e do outro lado a quinta. O que dividia era uma madeira no meio. Eu vi isso mudando”, diz Uarlen.

Ex-alunos dificilmente perdem o vínculo com a escola. “Esse telhado é um presente de Sandro, da seleção brasileira. Nosso ex-aluno”, mostra Jordenes. Da Inglaterra, onde mora, o volante Sandro, do Tottenham e da seleção brasileira, diz que o bairro de Arapoanga mudou por causa da escola. “É um bairro hoje está muito melhor, conseguindo tirar mais a criminalidade e drogas das ruas. Hoje em dia está uma maravilha”, elogia Sandro.

Receitar educação contra a violência é um remédio de eficiência comprovada até pelo juiz de Planaltina, Ademar Vasconcelos. “Tínhamos, no final dos anos 1990, uma média de quase um homicídio por dia. Isso diminuiu, assim como o tráfico de drogas”, garante o juiz.

Para Jordenes, o que existe no local é uma competição que ele está determinado a vencer.

“O traficante oferece a moto, o dinheiro, o tênis, o celular. Eu não posso oferecer isso. O que eu ofereço é uma possibilidade. Só que eu ganho essa luta. Eu ofereço ao aluno a possibilidade de sonhar. Eu tenho 1.243 alunos. A minha história prova para cada um deles que a educação dá certo, porque ela transformou a minha vida, e pode transformar a deles também”, conclui.

Seduc realiza pagamento aos beneficiários não contemplados do Precatório do FUNDEF 2024

Autor: Ivana Barreto (Ncom Seduc)    Seduc realiza pagamento aos beneficiários não contemplados do Precatório do FUNDEF 2024 O pagamento ser...