quinta-feira, 18 de novembro de 2010

UGT promove seminário da Diversidade Humana em Salvador



O novo Estatuto da Igualdade Racial e suas implicações no mundo do trabalho será o principal tema a ser discutido durante a realização do 2º Seminário Nacional da Diversidade Humana, que será promovido pela União Geral dos Trabalhadores – UGT, nos próximos dias 19 e 20 de novembro, em Salvador na Bahia.

Em vigor desde o dia 20 de outubro, o Estatuto da Igualdade Racial tem por objetivo promover políticas públicas de igualdade de oportunidades e combate à discriminação. Na aprovação do projeto no Senado, foi retirada a previsão de cotas para negros em universidades, empresas e candidaturas políticas. Para a União Geral dos Trabalhadores (UGT), o Estatuto representa um avanço, um princípio de um processo político, mas que ainda precisa ser aprofundado.

“O mundo do trabalho tem que se debruçar  sobre esse novo instrumento para utiliza-lo como ferramenta em benefício dos trabalhadores”, destacou o secretário para Assuntos da Diversidade Humana da UGT, Magno Lavigne.

De acordo com Lavigne já estão as presenças confirmadas no seminário, de Wilson Prudente, do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro, deputado federal Edson Santos (ex-ministro da Igualdade Racial), João Jorge  (Oludum), Edvaldo Brito (tributarista e vice-prefeito de Salvador). 

Local:GrandeHoteldaBarra
Av. Sete de Setembro, 3.564, Porto da Barra, Barra, SSA/BA

Maiores informações:
Fone: (11) 7115-1701  falar com Magno Lavigne

http://www.ugt.org.br/images/noticiasimg/faixa_ugt_diversidade.jpg




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        Joselino Aquino
  Secretario Geral UGT/BA  
 secretariaugtba@gmail.com
  (71) 3328-0885 / 8808-7507

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Baixa renda não poderá ser incluída em cadastro de devedor de água ou luz

Agencia da Câmara

A Câmara aprovou a proibição de que o nome do consumidor de baixa renda seja incluído nos cadastros de devedores quando houver inadimplência nos serviços de água e energia elétrica. O Projeto de Lei 2986/08, do deputado Vinicius Carvalho (PTdoB-RJ), previa o benefício para todos os consumidores e incluía todas as contas de consumo, mas a proposta foi alterada por substitutivo da Comissão de Defesa do Consumidor.
O relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, deputado Régis de Oliveira (PSC-SP), lembra que o consumidor de baixa renda pode ficar impedido de pagar uma conta por precisar do dinheiro para outras necessidades básicas, e que seria “extremanente injusto” que ele tivesse seu nome incluído em cadastros que o impediriam de fazer contratos, como um financiamento.
Oliveira considerou inconstitucional a proposta de proibir que a empresa credora envie o nome para os cartórios de protesto. Ele explicou que, da forma como estava, a proposta impedia o credor de cobrar a dívida extrajudicialmente, ficando impedido de comprovar o inadimplemento.
A proposta especifica que a proibição vale tanto quando o serviço é prestado diretamente pelo Poder Público quanto por concessionário ou permissionário.
A proposta, analisada de forma conclusivaRito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário., segue para o Senado.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Vania Alves
Edição - Patricia Roedel

Finanças aprova creche e pré-escola em assentamentos rurais

Agencia da Câmara

A Comissão de Finanças e Tributação aprovou hoje o Projeto de Lei 6103/05, do Senado, que prevê a construção de prédio para funcionamento de creche e pré-escola em assentamentos rurais. O objetivo da proposta é melhorar o desempenho escolar das crianças do meio rural.
O parecer do relator na comissão, deputado Pedro Eugênio (PT-PE), foi pela adequação financeira e orçamentária do projeto, que ainda precisa ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Da Redação/SR

Haddad: Data do novo Enem será anunciada na próxima semana

Agencia da Câmara

As falhas ocorridas na primeira fase do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - inversão dos cabeçalhos de provas e erro de montagem de quase 2 mil provas amarelas, que tiveram questões repetidas ou faltando - não vão atrasar o cronograma de divulgação dos resultados do teste. De acordo com ministro da Educação, Fernando Haddad, as novas provas serão aplicadas ainda em dezembro aos candidatos prejudicados nos testes realizados nos últimos dias 6 e 7.
Marcelo Brandt
Haddad: não haverá prejuízo ao uso da nota da prova pelas instituições de ensino superior.
Haddad afirmou nesta quarta-feira, durante audiência Pública na Comissão de Educação e Cultura, que a data deve ser anunciada até a próxima semana, assim que for concluída a avaliação da quantidade de exames que serão reaplicados. Segundo o ministro, será preciso identificar caso a caso os alunos que foram prejudicados por erros gráficos, estimados em 0,1% do total de inscritos no exame (cerca de 3,5 milhões).
O ministro garantiu que não haverá prejuízo ao uso da nota da prova pelas instituições de ensino superior. Segundo ele, a capacidade de correção das provas é de 100 mil unidades por dia. "Se houvesse mais dez mil provas para processar, a correção seria em horas", destacou.
Perguntas dos leitores
O debate com Haddad inaugurou o serviço da Agência Câmara de Notícias de envio de perguntas, pelos cidadãos interessados no tema, a convidados de audiências públicas realizadas pelas comissões da Casa. As 44 perguntas sobre o Enem, recebidas por e-mail, foram distribuídas aos parlamentares da comissão para que escolhessem as que reportariam ao ministro. Os deputados Maria do Rosário (PT-RS), Lobbe Neto (PSDB-SP), Jorginho Maluly (DEM-SP) e Gastão Vieira (PMDB-MA) foram alguns dos que fizeram perguntas enviadas pelo público.

Problemas pontuais
Haddad informou que os novos exames serão aplicados pelas mesmas empresas organizadoras (Cespe/UnB e Fundação Cesgranrio) e sem custo adicional.
O ministro classificou os problemas enfrentados como "tópicos" e disse que ocorreram em razão do grande alcance do exame. “Esta não é a primeira vez em que será preciso reaplicar o exame para casos específicos. Não me lembro de uma edição do Enem na qual não tenha havido alguma ocorrência dessa natureza", afirmou, ressaltando que em uma prova com tantos candidatos é normal haver algum tipo de erro, humano ou mecânico.
Haddad contou que, no ano passado, houve enchentes no Espírito Santo e uma quantidade maior de alunos não pode fazer o Enem na data certa. Uma nova prova foi feita para esses estudantes. Mesmo assim, o ministro explicou que não está minimizando o problema. "Se afetasse um aluno, o problema seria, para o Ministério da Educação, o mesmo de afetar 2 mil ou 10 mil. O problema continua sendo da mesma natureza, que é assegurar o direito individual. Então a questão númerica não é central porque nós vamos, apurados os fatos, reaplicar a prova", comentou.
Isonomia entre os alunos
Haddad reafirmou ser possível aplicar uma segunda prova sem ferir a isonomia, porque em 2008 o Enem foi reformulado para permitir que as provas fossem comparáveis entre si em relação ao grau de dificuldade. O método, denominado Teoria de Resposta ao Item (TRI) é, segundo o ministro, usado em vários testes internacionais, como Pisa, Toefl e na própria Prova Brasil. "Até 2008, caso houvesse necessidade de aplicar novas provas, não havia como negar a diferença entre elas e isso geraria problemas jurídicos", argumentou.

Reportagem - Rachel Librelon e Silvia Mugnatto
Edição - Patricia Roedel

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Paulo Bernardo diz que aumento de 56% paraservidores do Judiciário é meio delirante

Extraído de: Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal do Estado de Mato Grosso  -  10 de Novembro de 2010

BOMBA-RELÓGIO ORÇAMENTÁRIA

BRASÍLIA - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira que o governo é contra a concessão do reajuste médio de 56% para os servidores do Poder Judiciário , que teria impacto anual de R$ 6,4 bilhões. Paulo Bernardo disse que não há mais espaço para novos aumentos e lembrou que o governo Lula concedeu robustos reajustes ao funcionalismo público. Agora à tarde, o relator-geral do Orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF), se reunirá com servidores do Poder Judiciário. Ele disse que, depois do recado do ministro, não há como conceder os 56%. Mas lembrou que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pleiteiam um reajuste de cerca de 14% e que isso poderia ser adotado como parâmetro _ proposta já rejeitada pelos sindicalistas. (Leia também: Dilma diz que preocupação principal da transição é com Orçamento de 2011 )
- Com uma inflação de 5%, com toda a franqueza, querer um aumento de mais de 50% é meio delirante. Quem vai pagar isso não é o Ministério da Fazenda, o Paulo Bernardo, é o contribuinte - avisou Paulo Bernardo.
O ministro foi mais condescendente com o pedido dos ministros do Supremo, que querem subir seus vencimentos para R$ 30 mil. Ele disse que o governo deu parte desse aumento na proposta orçamentária - cerca de 5,5% dos 14% pedidos - e que agora cabe ao Congresso ver se vai "completar" esse índice. Mas, nesse caso, o impacto total é bem menor, de cerca de R$ 450 milhões ao no na esfera do Poder Judiciário federal. 

Com uma inflação de 5%, com toda a franqueza, querer um aumento de mais de 50% é meio delirante. Quem vai pagar isso não é o Ministério da Fazenda, o Paulo Bernardo, é o contribuinteMinistro quer controle de gastos do governo e da folha de pessoal,  ao mesmo tempo em que o futuro governo quer aumentar gastos com salário mínimo e Bolsa Família, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que, na outra ponta, a meta é reduzir o crescimento dos gastos correntes para um patamar abaixo da evolução do Produto Interno Bruto (PIB). Hoje, as despesas do governo crescem mais do que o crescimento da economia. Ele acredita que, em quatro ou cinco anos, esse controle pode permitir que o governo aumente seus investimentos. O aumento dos investimentos do governo é uma das metas da presidente eleita Dilma Rousseff, segundo Paulo Bernardo. 

No Orçamento de 2011, os investimentos estão fixados em R$ 51,44 bilhões. Em 2010, os investimentos do Orçamento - sem contar as estatais - totalizou R$ 58,11 bilhões, mas a proposta original do governo era de R$ 44,51 bilhões e foi "inflada" por emendas na discussão do Orçamento. Agora, o ministro acredita que os parlamentares também aumentarão os recursos. Hoje, o percentual de investimentos é considerado pequeno, abaixo de 1%.
- Com o controle dos gastos correntes, em quatro ou cinco anos, podemos dobrar a parcela de investimentos, elevando em mais um ponto percentual - disse o ministro. A proposta foi levada na segunda-feira a Dilma .
Além disso, Paulo Bernardo avisou a presidente que a equipe técnica quer a aprovação de um teto para os gastos com pessoal.
- Mas Dilma quis saber: aprova? Disse a ela que já aprovamos no Senado - contou Paulo Bernardo.
A proposta aprovada no Senado para teto para pessoal é de inflação mais 2,5%. A proposta original do governo era de inflação mais 1,5%. A questão é polêmica, divide o próprio PT e está parada desde 2007, quando foi enviada ao Congresso

Maior produtor de níquel do mundo visita instalações do Porto de Ilhéus

DoColaborador Sobral

Os diretores da empresa russa Norilsk, considerada como a maior produtora de níquel do mundo, Antli Koski-Lammi e Seppo Jounela, estiveram em Ilhéus nesta quinta-feira (11) visitando as instalações do porto e discutindo sobre a área onde será armazenado o níquel produzido pela empresa Mirabela, que será exportada para a Rússia. Os diretores da Norilsk estavam acompanhados do gerente do Porto de Ilhéus, Antônio Melquíades, do secretário municipal de Indústria, Comércio e Planejamento, Alisson Mendonça, e dos diretores presidente e administrativo da Mirabela Mineração do Brasil, Luis Carlos Nepomuceno e Cláudio Lyra, respectivamente.
 


O diretor-presidente da Norilsk, Antli Koski-Lammi, disse ter ficado satisfeito com as instalações do porto e tranqüilo em saber que a carga que será transportada por sua empresa sairá de um terminal seguro. Também elogiou a cidade e garante que retornará a Ilhéus mais vezes. Toda a produção que será exportada pela empresa Mirabela seguirá para a Norilsk. No mercado interno, a empresa abastece a Votorantim. O primeiro embarque de níquel pelo Porto de Ilhéus está previsto para o mês de janeiro, quando serão exportadas entre 5 a 7 mil toneladas.
 


O secretário de Indústria, Comércio e Planejamento, Alisson Mendonça, considera a vinda da empresa maior produtora de níquel do mundo a Ilhéus como um fato extremamente positivo, o que demonstra que investir na cidade é um negócio altamente seguro e rentável. Além disso, Alisson Mendonça destaca que atrair novos investidores e novas cargas para o Porto de Ilhéus faz parte de um projeto conjunto da Prefeitura e Governo do Estado, visando garantir mais emprego e renda para a cidade.
 


No caso do níquel, Mendonça adiantou que, além de ser uma carga limpa, que não oferece riscos ao meio ambiente, a exportação pelo Porto de Ilhéus ainda poderá atrair muito mais empresas para a cidade, a exemplo de uma grande produtora de aço inox que já manifestou o desejo de se instalar na cidade. Alisson Mendonça esteve recentemente no Espírito Santo, onde acompanhou um embarque de níquel.
 


O diretor-presidente da Mirabela, Luis Carlos Nepomuceno, disse que o desejo da empresa é de operar pelo Porto de Ilhéus por um prazo de 40 anos. Nessa primeira fase a previsão é de movimentar cerca de 40 mil toneladas por ano. A data do primeiro embarque do níquel para a Rússia depende apenas da definição da área onde o produto será armazenado. O diretor do Porto de Ilhéus, Antônio Melquíades, informou que os entendimentos estão bastante avançados. Inicialmente o níquel ficará em um dos armazéns, até que seja feito o processo licitatório para que se defina uma área definitiva para a instalação do galpão onde o níquel será armazenado para a exportação.

"Ficamos esperando que o Estado resolva os problemas"

 Postado por Brasil Economico

Entrevista concecida ao podcast da Rio Bravo Investimentos
Paulo Saab:
Paulo Saab: "Sou candidato a um Brasil melhor"

Paulo Saab, um dos fundadores e presidente do Instituto da Cidadania Brasil, explica o motivo de muitos brasileiros não serem investidos do sentimento de País. 

Em entrevista ao podcast da gestora de recursos Rio Bravo Investimentos, Paulo Saab discorreu sobre o tema. O Instituto é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público cuja missão é difundir os conceitos de cidadania através da educação.

O Instituto tem projetos tais como o "Construindo a nação" (para alunos no ensino fundamental e médio) e o "Cidadania sem fronteiras" (para o ensino superior), e desenvolve seu trabalho em parceria com instituições como a Fundação Casper Líbero, a Fundação Volkswagen e a Anhanguera Educacional.

É comum a gente dizer que o brasileiro não se comporta como um cidadão, ou que não é investido do sentimento de País. Onde é que esse distanciamento começa? Quais as raízes históricas disto?

A situação da cidadania no Brasil reflete um pouco o processo cultural brasileiro. Nós não temos a consciência da cidadania, não sabemos o que é isso; claro que hoje numa escala menor do que era antes, há um processo em evolução embora, muito aquém da necessidade que o Brasil apresenta porque aqui tudo é exponencial.

A origem desse distanciamento se dá por um processo histórico que começa com o que se chama de descobrimento do Brasil, que na verdade foi o "achamento" do nosso território. O Brasil tem hoje 510 anos de território e o Estado Brasileiro começou a ser fundado a partir de 1808 quando o Rei D. João VI, fugindo de Napoleão, veio para o Brasil. Ele trouxe com ele o reino. Ao trazer o reino pra cá, ele precisou de mecanismos pra governar, porque até então nós éramos uma colônia que passou a vice-reino e, de repente, sede do reino português. Todo mundo sabe isso porque aprendeu na escola.

Ele abriu os portos às Nações Amigas, fundou o Banco do Brasil, criou toda uma infraestrutura. O Estado nasceu primeiro que a sociedade. Nós temos um país que tem 510 anos, com um Estado que tem 202 anos e a nação brasileira?


A nação brasileira está em construção neste momento. Nos três primeiros séculos nós tivemos os portugueses, os índios que aqui estavam e os negros trazidos escravizados. A miscigenação começou ali e mais tarde, nos séculos seguintes, começaram os processos de imigração pro Brasil.

Todos nós somos frutos desse processo; ou das três primeiras raças que vieram, ou das que vieram posteriormente, criando a grande miscigenação que está fazendo hoje que a população brasileira comece a apurar, de fato, seus valores. Isso está em andamento, mas não existe como realidade.

Por isso que há uma grande defasagem em relação ao que deveríamos ser como nação e ao que nós somos, por uma questão cultural e educacional.


Nós temos um Estado que nasceu antes, e por isso o brasileiro, aquele que pra cá veio e aqui vive, de alguma maneira, se acostumou a esperar que tudo venha de cima, por isso que se dá tanta importância também à figura do Presidente; nós ficamos sempre esperando que o Estado venha resolver os problemas do cidadão.

Você acha que a maioria das pessoas terceiriza a idéia de cidadania para os políticos e os governantes, como se fosse deles a tarefa de consertar o país?

É o inverso. Deveria terceirizar, porque a democracia representativa é assim, mas em cima de valores que essas pessoas deveriam transportar na representação como emanados dessa base, quando acontece justamente o contrário. Como nós não temos ainda essa sensação de organização social, de que nós somos um povo e uma nação com valores comuns, nós não elegemos representantes que representam o nosso pensamento; nós terceirizamos o voto, mas não sabemos pra quem.

É a mesma coisa que ir a um cartório e passar uma procuração em branco. As pessoas não têm consciência de que o voto é uma procuração em branco; alguém vai falar no seu nome, só que a gente escolhe o candidato aleatoriamente por "n" motivos que nem valem mencionar agora e esta pessoa vai pra lá representando a si próprio e jamais aqueles que deram a delegação pra ele.

Por isso que existe essa defasagem do distanciamento. Nós não conhecemos como funciona o país, não conhecemos a nossa história, temos esse ranço cultural de esperar que o poder público resolva.


Nós deveríamos ser uma sociedade organizada com valores, elegendo representantes que fossem exercitar esses valores consagrados na constituição no exercício do governo que é a administração do bem-comum, dos interesses, da conciliação, enfim, é a forma de fazer o país andar. No Brasil não acontece isso. Todo mundo fica esperando vir de cima e aí há o distanciamento natural.


A pessoa diz que não participa de política e sofre em casa porque abre o jornal, ouve o rádio, assiste à televisão e entra no que eu chamo de síndrome do "que absurdo". O que é que é isso? É a confrontação dos seus valores com a realidade, só que as pessoas por não emanarem os seus valores, ficam nas mãos de terceiros que representam a si próprios ou a grupos de poder oligopolizados. Por que? Porque a população não participa. Ao delegar, ela também faz de forma aleatória.

O Instituto foi fundado em 1998. Você hoje está mais animado ou está achando que a batalha é muito difícil?

O começo foi muito difícil porque você ao sair falando de educação e cidadania, as pessoas logo perguntam se você é candidato a alguma coisa.

"Sou candidato a um Brasil melhor". Eu sou fruto desse processo porque eu sou neto de imigrantes e eu consegui realizar minha carreira profissional, estruturar minha vida e minha família, baseado no fato de eu ter tido oportunidade de estudar.

Porque eu estudei eu pude criar essa carreira, esse trabalho que me trouxe até o momento que os amigos e companheiros entenderam que eu poderia capitanear esse trabalho. Se serviu pra mim, pode servir para todos os brasileiros.

Esta contribuição a gente dá voluntariamente, por entender que é uma contribuição que todos que puderem dar pra melhorar o país deveriam dar.

Radialistas, industriários, comerciários e outras profissões. Uma retaliação absurda!

16 de novembro de 2010
*Elias Reis
     
Após mais de 1.500 anos, quando todos esperavam que algumas práticas medievais estivessem banidas das relações sociais, ainda nos surpreendemos com notícias de que empregados que ajuízam ações trabalhistas sofrem ‘marcação’ por algumas empresas. E, em Ilhéus e Itabuna não é diferente.  
    Os empregadores precisam entende que o ajuizamento de uma ação pela ameaça a um direito, é considerado pela Constituição Federal como um direito humano fundamental. Trata-se do exercício regular de um direito pelo qual o indivíduo, ao menos, em tese, não pode sofrer nenhum tipo de conseqüência. A prática de qualquer retaliação patronal é, portanto, notoriamente ilegal. Todo aquele que tenha passado ou venha a passar qualquer tipo de constrangimento, poderá tomar algumas providências. Antes de qualquer coisa, é fundamental comunicar o fato ao Sindicato representativo, como também ao Ministério Público do Trabalho.
    Uma vez acionado o Sindicato e o Ministério Público do Trabalho, juntos podem tomar providências coletiva, buscando reparar aos danos causados aos prejudicados, por empresas, que de alguma forma, dificultam o acesso dos trabalhadores a novos vínculos empregatícios.
    Exemplo clássico são os contatos que as empresas mantém entre si. Na hora de admitir algum funcionário, normalmente à empresa contratante telefona para o antigo patrão, buscando saber se o empregado ajuizou algum tipo de ação trabalhista. Se positivo, automaticamente o candidato é dispensado. Uma verdadeira afronta ao Direito. Se já demitido o funcionário após ajuizar uma ação é perseguido, imaginem uma reclamação por direito adquirido por um funcionário ainda com vínculo? É aviso prévio com certeza.
    Estas situações são comuns nas indústrias, no comércio e agora, comprovadamente, na radiodifusão de Ilhéus e Itabuna. Tanto o patronato, como os seus prepostos, nunca admitem, porém, o fato acontece descaradamente e, isso vem criando embaraços aos pais de família e desempregados.
    É de se lastimar que haja uma significativa omissão em matéria legislativa. Teoricamente, devem ser consideradas criminosas todas as condutas que impliquem violações éticas muito intensas, e as práticas aqui retratadas, embora ofendam princípios éticos relevantes, não são consideradas criminosas por nossas vagas leis. Os patrões precisam conscientizar-se das suas obrigações trabalhistas, cumprindo rigorosamente a Consolidação das Leis do Trabalho.
   Já estamos no fim do ano, e é oportuno que os Sindicatos fiquem atentos à Lei 4.090 que reza sobre o pagamento do 13º salário. E, aqui vai um recado para o patronato irresponsável: Quem não cumprir a lei, principalmente no tocante ao prazo, somente uma denuncia para inibir tal prática.
   Finalmente, com relação às ações judiciais, a empresa que queira evitar reclamações trabalhistas junto ao TRT, simplesmente paguem as verbas rescisórias corretamente como manda a lei vigente. Só isso!

*Elias Reis é articulista e Presidente do Sindicato dos Radialistas de Ilhéus.
eliasreis.ilheus@gmail.com

Os cargos cobiçados

Postado por Brasil Econômico
Diz a lenda que, eleito governador de Minas Gerais em 1982, Tancredo Neves recebeu um correligionário que o procurou com o mesmo objetivo de quase todos os que o visitavam naqueles dias: cavar uma vaga na administração.

O homem foi direto ao assunto e disse mais ou menos o seguinte:"Doutor Tancredo, corre nas minhas bases a notícia de que o senhor me nomeará para o governo. Eu preciso dar uma satisfação aos eleitores e gostaria que o senhor me autorizasse a dizer que serei secretário".
Com a voz pausada e tranquila de sempre, Tancredo respondeu:"Fique tranquilo, meu filho. Pode dizer a seus eleitores que você não será secretário".

Com a devida distância em relação ao momento e ao apetite dos aliados, o problema de Tancredo era muito parecido com o que está se passando em Brasília neste instante.
Todo mundo que ficou ao lado de Dilma acha que merece uma boa vaga no ministério e faz questão de anunciar isso em alto e bom som.

Desde seu primeiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou o hábito de acomodar aliados no governo nem que, para satisfazer a todos, fosse preciso criar cargos especialmente para tal finalidade.
O esquema funcionou como um calmante para muita gente - e é, com certeza, um dos responsáveis pelo fato de Lula haver atravessado oito anos sem opositores capazes de lhe dar trabalho.
A presidente eleita, Dilma Rousseff, não tem motivos para alterá-lo. O problema é que o apetite dos "aliados" neste momento não tem limites.

O deputado Ciro Gomes, por exemplo, se movimenta para assumir um posto cobiçadíssimo: a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
É pouco provável que leve. Assim como é generoso na distribuição de cargos, o modelo criado por Lula também prevê a reserva dos melhores postos para pessoas do seu círculo mais próximo.
A presidência do BNDES equivaleria àquela diretoria da Petrobras "que fura poço e acha petróleo" pleiteada e não obtida pelo ex-aliado Severino Cavalcanti. O modelo da fartura de cargos rende frutos. Mas também pode gerar ressentimentos.
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Ricardo Galuppo é diretor de redação do Brasil Econômico

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Até quando os alunos do CAIC vão esperar pela reforma do Ginasio de Esportes e também na estrutura da escola

                                Esse é o estado que se encontra o Ginsário de Esportes do CAIC
                                        O ferrugem e o salitre tomou conta do teto do ginasio
                                           Ginásio de Esportes do CAIC
                                                  Teto ameaçado de cair pela ação do salitre

                           Banheiros, vestiarios e a sala da administração toda depredada pelo abandono
                                            Piso todo esburacado
                                         Tabela de Basquete daninficada 
                    Telhado do CAIC se encontra em ruinas, corroido pelo salitre e o ferrugem

Até quando os alunos do Centro de Atenção Integral a Criança - CAIC irão esperar pela reforma do Ginásio de Esportes? É uma resposta que ninguém pode responder. Veja abaixo a determinação judicial. Pelo prazo dado ao municipio para fazer as reformas nas escolas, Inclusive o CAIC, provavelmente só será feita reformas em pleno curso do ano letivo de 2011, em meio ao calendário escolar. Será que o calendário escolar 2011 irá suportar mais dias parados? Já não bastam os dias que não se tem aula por falta de professores substitutos (profissionais que substituem os professores em dias de AC), feriados (nacional, estadual e municipal), paradas por conta das discussões do dissidio da classe (que normalmente terminam em paralisações).
Com o retardamento da licitação para o inicio da reforma do CAIC, dar para se prevê que teremos mais de 1.400 mil alunos desse estabelecimento fora da sala de aula, como fica o aprendizado desses alunos, que não tem culpa do descaso público? Esses jovens alunos das Escolas públicas do Municipio de Ilhéus, aguardam com ansiedade o cumprimento da lei por parte da justiça e da responsabilidade do Gestor público para com a educação em Ilhéus. Segue abaixo matéria publicada em 16 de setembro de 2010.

Por Roberto Corsário


O RECONHECIMENTO JUDICIAL AO PROGRAMA O MP E OS OBJETIVOS DO MILÊNIO

O Município de Ilhéus foi condenado na ação civil pública nº 1333215-5/2006, entre outros pedidos, a equipar as escolas públicas locais. Não cabe mais recurso dessa decisão, que deve ser cumprida. Para tanto, a Justiça e a Promotoria da Infância e da Juventude estão realizando audiências com o Município de Ilhéus, para detalhamento da obrigação de fazer, nas quais são estabelecidos prazo e forma de cumprimento. Para as determinações que fez ao Município de Ilhéus, em execução de sentença, a Justiça da Infância e da Juventude de Ilhéus adotou os dados apresentados pelo PROGRAMA O MP E OS OBJETIVOS DO MILÊNIO. Assim, a partir de 17-09-2010, o Município de Ilhéus tem seis meses para efetuar todas as reformas apontadas pelos membros do Programa nas sete escolas visitadas até o momento: CAIC, José Haroldo, Centro Comunitário Dr. Nelson D´Oliveira, Princesa Isabel, Odete Salma, Nova Jerusalém e Batista Memorial. Depois de seis meses, haverá vistoria judicial nas escolas, para ver se as irregularidades apontadas pelo PROGRAMA O MP E OS OBJETIVOS DO MILÊNIO foram corrigidas. A cada seis meses serão renovadas as escolas a serem equipadas pelo Poder Público Municipal, observando as escolas indicadas e previamente visitadas pelo Ministério Público, em parceria com Colegiados de Controle Social, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, CREA/BA/Ilhéus, Comissão Permanente de Educação da Câmara de Vereadores e o próprio Poder Executivo de Ilhéus. Com as melhorias na infraestrutura, avança-se na busca à qualidade de ensino. Mais um gol pela educação.

A arte de cuidar do outro

Postado no site da ONCO


 

Publicado em 08/11/2010 no Jornal A Tarde, pág. 3, Caderno 1.
Tânia Miranda
Historiadora, mestre em educação
tmiranda@sec.ba.gov.br
Receber um diagnóstico de câncer no centro da minha família soou como uma sentença de morte. Foi a mais impactante notícia que recebi. Invadida por um sofrimento cuja dimensão imaginei superior à minha capacidade de suportar, nada mais fazia sentido. As palavras de Cazuza não me abandonavam: eu vi a morte, ela estava viva, confessou o poeta quando lutava pra viver. Fui posta à prova.
O instinto de sobrevivência nos obrigou a seguir em frente. Após cirurgia bem sucedida, era preciso buscar forças para vencer o medo e apostar na vida. Foi na clínica ONCO, escolhida para a quimioterapia, que o caminho foi encontrado. O espaço bem cuidado, o ambiente acolhedor, profissionais de saúde cuidadosos, a clínica surpreendeu. Nada indicava que ali, homens, mulheres, jovens e crianças estavam submetidos a doloroso tratamento, mesmo tendo perdido a expectativa de viver. Ao contrário. Encontramos seres humanos serenos, expressando paz em suas fisionomias.
À frente dessa rara medicina humanizada está o oncologista Roque Andrade. Com ares que nos lembram um monge budista, desconcertante simplicidade, tranquilidade contagiante, nos recebeu atencioso, inspirando confiança imediata. Diálogo franco, sem nada nos omitir, utilizando vocabulário para leigo, discorreu sobre os avanços da medicina na área, nos confortou, nos injetou otimismo. Categórico, afirmou: a família é o principal suporte emocional e precisa estar bem para bem cuidar do outro. Disfarçando as lágrimas que insistiam em chorar, entendi a mensagem. E nessa interação nos fez voltar “a contemplar as estrelas sem tirar os pés do chão”.
Tratamento finalizando, estamos no processo de superação. A vida volta a sua normalidade. A dor e o medo cedem lugar à autoestima recuperada, a confiança consolidada. A ONCO foi, para nós, uma fonte de força e esperança. Felizmente ainda há médicos que humanizam a medicina e conhecem a arte de cuidar do outro, de cuidar de pessoas, não só da doença.
 
Fonte: Jornal A Tarde

Seduc realiza pagamento aos beneficiários não contemplados do Precatório do FUNDEF 2024

Autor: Ivana Barreto (Ncom Seduc)    Seduc realiza pagamento aos beneficiários não contemplados do Precatório do FUNDEF 2024 O pagamento ser...