| Do tabuleiro | ||
A Associação dos Professores de Ilhéus informa que a Prefeitura deve um terço de férias, parte dos salários de dezembro dos servidores contratados e a folha de janeiro vence no próximo sábado (30). Além disso, um reajuste do piso nacional da categoria estava previsto para acontecer agora em janeiro, e caso não aconteça poderá complicar ainda mais a relação das funcionários com o governo municipal, “Alertamos a população de que Ilhéus não vai ter um início de ano letivo fácil”, afirma a sindicalista Enilda Mendonça. No ano passado professores e servidores da Educação promoveram cinco paralisações e tudo indica que 2010 será um período de novas greves. Enilda culpa a administração da cidade “Se até a data prevista para o início das aulas não estiver tudo quitado, não retornaremos às escolas”, alerta a professora. Cerca de 27 mil alunos estão matriculados na rede municipal de ensino de Ilhéus. Hoje (27) a categoria se reúne no auditório do Instituto Municipal de Ensino (IME) para discutir uma possível paralisação. |
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Ilhéus: Início do ano letivo é adiado para prefeitura quitar dívidas na educação
Ciro reafirma plano presidencial e descarta São Paulo
Antônio Cruz/ABr
De volta ao Brasil, Ciro Gomes informou à direção do seu partido, o PSB, que continua decidido a disputar a Presidência da República.
Declarou também que está “descartada” a hipótese de comparecer às urnas de 2010 na condição de candidato ao governo de São Paulo.
Ciro desembarcou em Fortaleza na madrugada desta terça (26). Estava na Europa havia 15 dias. Viagem de férias.
Chegou na véspera do encontro que Lula terá, nesta quarta (27), com o governador de Pernambuco Eduardo Campos, que preside o PSB.
Em meio a compromissos administrativos, Lula se conversará com Campos sobre 2010. Quer empurrar Ciro da cena nacional para a de São Paulo.
Campos e Ciro conversaram pelo telefone. O deputado reiterou ao governador que continua de pé o seu projeto presidencial.
Ciro disse que só não será candidato se o partido não quiser. Nessa hipótese, recusa-se levar o rosto à vitrine de São Paulo. Prefere ausentar-se da eleição.
Além da conversa com Campos, Ciro trocou telefonemas com outros dirigentes do PSB. Entre eles o secretário-geral da legenda, senador Renato Casagrande (ES).
Em todos os diálogos, o mesmo diapasão: Quer brigar pela presidência, descarta São Paulo e acomoda seu futuro nas mãos do partido.
Eduardo Campos comprometeu-se com Ciro a evitar que o encontro com Lula resultasse numa batida de martelo.
Para desassossego do presidente, o PSB mantém-se aferrado à idéia de empurrar para março a decisão sobre o futuro Ciro.
A data havia sido combinada pela cúpula do partido num jantar que tivera com Lula, no Palácio da Alvorada, em setembro de 2009.
Nesse encontro, Ciro dissera a Lula que sua participação na disputa presidencial serve aos interesses do governo.
Para Ciro, se levar adiante o plano de converter 2010 num plebiscito PT X PSDB, Lula arrisca-se a entregar a vitória ao tucano José Serra no primeiro turno.
O presidente dá de ombros. E insiste para que Ciro se enrole na bandeira de candidato ao governo paulista.
Mantido o impasse, Eduardo Campos recordará a Lula o acordo que condiciona a definição à análise da conjuntura de março.
Considerando-se que Ciro transferiu para o PSB a definição quanto ao papel que vai desempenhar na eleição, é de perguntar: O que pensa o partido?
O repórter apurou que a maioria dos dirigentes do PSB condiciona a manutenção da candidatura presidencial de Ciro à celebração de alianças.
A legenda idealizara uma composição com PDT e PCdoB. Algo que asseguraria a Ciro entre quatro e cinco minutos de propaganda televisiva.
Porém, Lula cuidou de arrastar os dois parceiros cobiçados pelo PSB para dentro da mega-coligação que se forma ao redor da petista Dilma.
Ciro declarou aos correligionários que topa disputar o Planalto mesmo assim, sozinho, com um tempo de TV que roçaria os dois minutos. Ele soou animado.
Disse aos mandarins do PSB que o PT só cresceu porque Lula disputou sucessivas eleições.
Manteve-se no páreo mesmo quando escorado em estruturas políticas mixurucas.
Embora leve o pé atrás em relação ao otimismo de Ciro, Eduardo Campos decidiu operar para que ele disponha de tempo. Vai tentar tourear a ansiedade de Lula.
Campos chamou a Pernambuco, para tomar parte da conversa com o presidente, o ex-ministro Roberto Amaral, vice-presidente do PSB.
Até a noite passada, a menos que Lula pedisse, Ciro não cogitava deslocar-se de Fortaleza para o Recife. Não deve dar as caras na reunião.
A agenda de Lula favorece o PSB. Está apinhada de compromissos administrativos. Não parece haver espaço para uma conversa política longa.
Assim, a despeito do desejo de Lula, Ciro continuará frequentando o noticiário das próximas semanas como pretendente à Presidência da República.
Vitória quer manter embalo contra o Ipitanga fora de casa
Moysés Suzart l A TARDE

Ipitanga e Vitória fazem nesta quarta-feira, 27, o 13º confronto na história dos Estaduais. Porém, a relação que mais chama atenção entre os times é fora do gramado. Desde sua fundação, em 2003, o Tucano tem sido uma fonte de jogadores para o adversário. Só neste duelo, Índio, Bida e Pelezinho são alguns desta lista.
A principal leva aconteceu em 2005, com as chegadas de Índio, Bida, Marquinhos, Garrinchinha e o atacante Davi. No ano seguinte, Narcísio, Caboré e Diogo também chegaram a treinar na toca. De todos, sem dúvida, Bida e Índio foram os que mais fizeram história.
O cacique foi “achado” no futebol cearense, quando jogava pelo Maranguape em 2004. “Fui para ver um jogador do Ferroviário, que estava enfrentando o time de Índio. Mas ele acabou destruindo no jogo, como meia, e acabei trazendo ele com mulher e filhos. Ele aceitou vir na hora, mas o que mais demorou foi a mulher, que não queria vir”, lembra um dos fundadores do Ipitanga, o ex-rubro-negro Renato Braz.
No Tucano, Índio disputou a Segundona do Estadual, em 2004, mas sem fazer nenhum gol. Mas tem uma explicação: “Eu cheguei no Ipitanga e disputei todo o campeonato como ala direita. Fomos campeões [2004], mas não mostrei muito meu futebol na primeira divisão no ano seguinte, pois machuquei a coxa e fiquei a competição quase toda de molho”, lembra Índio.
Sua estreia no Estadual foi justamente contra seu atual clube, mas não conseguiu converter. “Ainda bem que não fiz, né? Também estava como ala e fui apresentado no Vitória nesta posição. Aqui foi que assumi o papel de artilheiro”, brinca Índio. “Queríamos vender Índio e colocamos contra o Vitória para conseguir isto”, reforçou Braz.
Índio está saindo? - Falando em Índio, o jogador pode retornar para o futebol coreano. O Chunnam Dragons, segundo o próprio atleta, sondou a possibilidade de levá-lo por empréstimo. Porém, para que isto ocorra, será necessário que o Vitória receba 700 mil dólares em troca de dois anos.
Para o negócio ser concretizado, o atacante também deve renovar por mais dois anos com o Leão. “Não fomos procurados com um contrato formal. Existe apenas sondagem normal do futebol, mas nada certo”, disse o diretor de futebol, Mauro Galvão. Porém, Índio jé sabe até quanto pode receber em caso de transferência: 50 mil dólares. “Tem que ser bom para todos os lados. Mas, por enquanto, sou do Vitória e meu foco é o Ipitanga”, falou Índio.
Voltando ao Tucano, não foi apenas Índio que saiu do Ipitanga e chegou no Leão mudando de posição. Nos casos de Bida e Pelezinho, o último jogador do Ipitanga que hoje veste a camisa do Vitória, o time de Senhor do Bonfim aproveitou o Intermunicipal para ganhar com a venda para o rubro-negro.
No caso de Bida, atuando na época como atacante, foi visto pela primeira vez na seleção de Lauro de Freitas, enquanto Pelezinho mostrou serviço, como meia, na seleção sub-17 de São Francisco do Conde.
E Pelezinho vai enfrentar pela primeira vez seu primeiro clube profissional. O confronto não iria ocorrer, mas após a contusão de Egídio, o lateral-esquerdo ganhou a chance de entrar em campo. “Todo jogador gosta de mostrar serviço contra seu ex-clube e espero isto de Pelezinho”, disse o técnico Ricardo Silva.
O volante Neto também terá oportunidade no time, devido a contusão de Vanderson. O jogador está no clube desde 2004, mas só no Ba-Vi mostrou serviço como volante. Para o torcedor, ele é novidade. Mas a história do atleta é longa e com muitos problemas.
Em 2007, o jogador foi promovido para o profissional como promessa. Porém, começou o histórico de contusão. Em um lance com Índio, Neto deu um carrinho e o joelho acertou a trave. Lesão que deixou o jogador quatro meses parado.
Depois, mais duas contusões e um empréstimo para o Tigres do Rio até sua primeira oportunidade com o técnico Ricardo Silva. “Ele me pediu oportunidade e dei. Vai jogar e terá a mesma chance dos demais”, assegurou Ricardo.
IPITANGA X VITÓRIA
Ipitanga - Sidney, Domício, Rangel, Leilson e Rhuan; Rigoberto, Renè, Átila e Netinho (Vitor Boleta); Narcísio e Sassá. Técnico: João Carlos Nascimento.
Vitória - Viáfara, Nino Paraíba, Wallace, Anderson Martins e Pelezinho; Neto, Uelliton, Bida e Ramon Menezes; Índio e Schwenck. Técnico: Ricardo Silva.
Local: Estádio Pedro Amorim, em Senhor do Bonfim, às 21 horas.
Árbitro: Gleidson Santos Oliveira.
Assistentes: Raimundo Carneiro de Oliveira e Mick Santos de Jesus.
Transmissão A Rede Record (TV Itapoan) anuncia a transmissão desta partida, ao vivo, menos para Senhor do Bonfim.
PT e PSB retomam negociações sobre destino de Ciro
Agência Estado
A tentativa de buscar uma solução para o imbróglio vai dominar o cardápio do jantar marcado para hoje no Palácio do Campo das Princesas, em Recife, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente do PSB. Também participam o vice-presidente do PSB, ex-ministro da Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, e o presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra.
O PSB insistirá no discurso de que o melhor é que a base aliada lance dois nomes da base. "A ministra Dilma Rousseff pode estar na frente hoje, mas em abril quem diz que não será o Ciro Gomes? Por isso apostamos na nossa candidatura", disse Campos, após conversa que teve com o presidente. Aliados avisam que Lula entrará em cena com o discurso de que a derrota de Michelle Bachelet, no Chile, prova que essa estratégia poderá custar a Presidência.
Abertamente, petistas optaram por manter o tom ameno na véspera do encontro. "Vamos aguardar com tranquilidade o desenrolar do jantar", disse Dutra. Nos bastidores, o sentimento que circula no PT é o de que não há mais tempo a perder esperando por Ciro, enquanto ele "passeia no exterior". O deputado esticou a folga de fim de ano e só retornou das férias esta semana.
O Planalto já dá como praticamente enterrada a tese de que Ciro poderia concorrer em São Paulo. Por enquanto, a ordem é não fazer nenhuma outra proposta, até que ele responda ao convite. Mas já circulam no PT fórmulas alternativas para buscar uma eleição plebiscitária entre Dilma e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Ricardo Lemos será o mais novo Cidadão Valenciano
Quem é o culpado?????
Ate o inicio dos anos noventa, nossa região vivia o auge da produção de cacau, os preços do produto eram os melhores, a CEPLAC tinha participação direta de toda riqueza produzida pelo cacauicultor, quando se vendia o cacau no armazém a CEPLAC já tirava o dele, a CEPLAC estudava formulas magicas para aumentar a produção de frutos de cacau, tudo com vistas à participação nas vendas, dona CEPLAC, motivou o cacauicultor a utilizar agrotóxicos fortíssimos, visando conter pragas e aumentar a produção, o BHC e o COB SANDOZ eram distribuídos pela CEPLAC, esses agrotóxicos no meu entendimento destruiu nossa Flora e fauna, acabou com pássaros predominantes da nossa região, o gurinho o sete cor e o perdiz sumiram, outras especies de pássaros também foram dizimados, a laranja nativa também morreu, a arvore do cacau perdeu suas forças, 80% não conseguem mais colocar frutos, a incidência de pessoas com câncer em nossa região é muito grande, teria sido provocado pelo consumo de água contaminada por agrotóxicos? hoje nossa região vive em extrema pobreza, comparando-se com o passado; sem falar nos responsáveis pela vassoura de bruxa.
Afinal quem é o culpado ?????
Projeto limita a 8 horas jornada de trabalho de PMs e bombeiros
Agencia da Câmara

Em análise na Câmara, o Projeto de Lei 6399/09 assegura aos policiais e bombeiros militares carga horária máxima de oito horas diárias ou 48 semanais. O texto permite duração superior da jornada em caso de escala de revezamento.
Autor da proposta, o deputado Mauro Nazif (PSB-RO) argumenta que a Constituição garante aos servidores públicos duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 44 semanais. No entanto, o próprio texto constitucional veda a aplicação desse dispositivo aos militares.
Jornada elástica
Segundo o deputado, "esta situação conduz ao absurdo entendimento de alguns administradores públicos de que a carga horária dos militares estaduais pode ser elástica, a ponto de, em alguns estados, chegar a 250 horas mensais".
O parlamentar argumenta que, embora realmente vigore entendimento de que militares se submetem a regime próprio, "não se pode, por questão de aplicação do princípio da igualdade inserto na Carta Magna, tratá-los com tamanha iniquidade".
Tramitação
O projeto terá análise em caráter conclusivo nas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Canais de TV paga poderão ser vendidos de forma avulsa

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 6412/09, do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que obriga as operadoras de TV por assinatura a ofertar canais avulsos aos assinantes, adicionalmente aos pacotes de produtos ou serviços existentes. Segundo o projeto, a comercialização dos canais selecionados pelo usuário deverá ter por base uma política de preços reduzidos.
A operadora que descumprir a medida será punida com base na Lei Geral de Telecomunicações (9.472/97), que prevê sanções como advertência, multa e suspensão temporária do serviço.
Com a medida, Paulo Pimenta espera beneficiar principalmente o consumidor, que terá liberdade de escolha nas TVs por assinatura, e adiantar por meio da TV paga os efeitos da TV digital, que permitirá ao telespectador montar a própria programação.
Falta de vontade
Na opinião do deputado, as operadoras de TV fechada não fazem hoje esse tipo de oferta por falta de vontade, pois estão "agarradas a um modelo de negócios tradicional e ultrapassado de venda combinada de canais".
"Hoje o consumidor é obrigado a pagar por programações que não lhe interessam, porque não há alternativa de aquisição avulsa de canais", afirma.
Para Paulo Pimenta, a falta de tecnologia não é desculpa para não se cumprir a medida. Ele avalia, ainda, que a nova regra significará uma alavanca para o crescimento da TV por assinatura no Brasil.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Edição - Pierre Triboli
Cristovam Buarque: “O Judiciário legisla melhor”
Leandro Mazzini , Jornal do Brasil
BRASÍLIA - Um dos poucos “fichas-limpas” – digamos pelo bordão que ganhou a boa política – do Senado, entre os 81 senadores, Cristovam Buarque (PDT) diz que, mesmo desapontado e cético, vai tentar a reeleição este ano. Ex-governador do Distrito Federal (palco de sucessivos escândalos), se diz mais útil hoje como parlamentar do que como governador. Não acredita que o Senado – também alvo de muitas denúncias de dois anos para cá – será renovado nas eleições deste ano. “Temo que talvez venha ainda pior”, revela, nesta entrevista ao Jornal do Brasil, na qual ele, conhecedor do cotidiano do Congresso, sentencia: “O Judiciário está legislando melhor. Para o salvar da penúria política, o Judiciário entrou no Senado”.
Teremos este ano eleições majoritárias e proporcionais. No que concerne ao Senado, onde dois terços das vagas são disputados, acredita que haverá renovação?
Sou cético a um Senado completamente diferente do atual. E temo que talvez ele venha ainda pior. Porque as pessoas que estiveram aqui mais envolvidas em problemas que descontentaram a opinião pública nacional têm um grupo de eleitores com uma fidelidade quase eterna. A fidelidade desses que não estão ligando para os problemas morais, as denúncias éticas que aqui ocorrem. Eles estão ligando mais para os benefícios que recebem, para a relação pessoal que eles têm. Então esses não estarão ameaçados. Eu temo que terminem perdendo eleição aqueles que não tiveram problemas, porque são senadores que recebem votos dos meios de formação, das pessoas mais esclarecidas, que hoje estão indignadas com o Senado e não apenas com o senador A, B ou C.
Por que o Senado chegou a essa situação?
Primeiro, por que a política chegou a esta situação? Não o Senado. Até pouco tempo atrás era a Câmara dos Deputados. Antes eram alguns governadores, no Distrito Federal voltou a ser um governador. Fala-se muito também do Poder Judiciário. A Presidência da República esteve envolvida em mensalões. Então a pergunta não é tanto o Senado, o Senado é um dos órgãos. É a política. Por que ela chegou a isso?
Então quais os motivos?
Eu, como cético, coloco que por trás de tudo isso está o fato de que o Brasil é um país absolutamente deseducado. Além disso, é um país absolutamente inibido socialmente. A falta de educação não faz o eleitor votar pior do que o educado. E ao não ter educação, ele sente-se atraído por aquele que lhe der uma camisa, por aquele que lhe der uns óculos. É natural isso, não tem que criticar os deseducados. Por falta de alternativas eles votam pensando apenas no imediato, apenas no bem-estar. Por isso a educação é tão importante. A educação cria alternativas, a pessoa fica amenos dependente de auxílio – “vender” seu voto. A outra coisa é a divisão social. O Brasil é um país dividido e o Estado brasileiro, ao longo da nossa história, é um Estado que prioriza os investimentos para beneficiar as camadas mais faturáveis. Quando um homem que não tem água nem esgoto na sua casa passa em frente a um edifício de luxo do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, ele vê o governo construindo aquele prédio de luxo e não botando água e esgoto nem escola no seu bairro. Você acha que ele está preocupado se alguém rouba dinheiro que ia para aquele prédio de luxo? Nada. Ele está preocupado é que em vez do dinheiro ir para a sua escola, para a água e saneamento, está indo para o prédio de luxo.
Ainda sobre o Senado, o senhor acha que o presidente Lula interferiu?
Claro, não tenho dúvidas. Tanto que eu pedi um voto de censura ao presidente da República. O Senado é um ministério do governo Lula. O presidente José Sarney (PMDB) foi nomeado pelo Lula. Se não fosse o apoio do presidente, dificilmente ele teria continuado. Foi o PT quem impediu que se analisasse as denúncias. O pedido de investigações foi arquivado pela Comissão de Ética com os votos do PT, que vieram por determinação do presidente. Agora, não é só isso, é que o Judiciário também intervém aqui.
O Judiciário está legislando?
Está, claro. Falando francamente, legisla às vezes até melhor do que o Congresso, do ponto de vista do que ele faz. Em alguns momentos, toma decisões que nós não tomamos. Mas, de qualquer maneira, é uma interferência, chega ao ponto até de a gente dizer: “Felizmente tem essa interferência”. Por exemplo, eu coloquei aqui no meu Twitter avisando que sou a favor dos americanos estarem no Haiti. É triste eu dizer isso. Mas para salvar da penúria social, os americanos entraram no Haiti. Para o salvar da penúria política, o Judiciário entrou no Senado. É triste, mas algumas dessas intervenções, que eu não gostaria que acontecessem, foram, no bom sentido, de como fazer a política. O Congresso, hoje, é um poder irrisório diante do Executivo e do Judiciário. Por força do Executivo e por omissão do Congresso.
Um dos problemas do Congresso seria a presença de muitos suplentes no poder, muitos deles meros financiadores de campanha?
Não acho que esse seja um problema. Se a gente for olhar bem, não vou citar nomes, há suplentes melhores do que senadores. Eu até acho que se acabar a instituição do suplente como nos Estados Unidos, por exemplo, pode ser positivo.
Mas o senhor acredita mesmo assim que o Congresso talvez se renove para pior?
Eu disse que acho que não vai se renovar. Temo que possa se renovar para pior, do ponto de vista dos compromissos sociais, dos compromissos éticos, da política com causa e não da política em benefício próprio.
O senhor disse que o cidadão vota pensando no seu bem estar e diante de situações imediatas e supérfluas. Há quem aponte uma linha tênue separando a política de assistência social da política eleitoreira. O Bolsa Família é criticado por isso pela oposição. Concorda?
Eleitoreira é uma palavra que leva a uma conotação depreciativa. E eu creio que a generosidade com as massas não deve ser vista de forma depreciativa. Prefiro mil vezes o Bolsa Família do que a construção de palácios governamentais.
É uma distribuição de renda que pode dar votos.
Mas tudo o que o governo faz de bom ajuda a ganhar eleição. Isso faz parte. Seria eleitoreiro se o governo estivesse escolhendo os beneficiários entre os seus eleitores. Agora, se quem for escolhido por critérios e depois viram eleitor, eu não chamo isso de eleitoreiro. Chamo isso de ter um benefício eleitoral. O Bolsa Família faz com que as pessoas não passem fome, isso é importante, mas não transforma, não é revolucionário. Seria revolucionário se ele continuasse como era o Bolsa Escola, quando eu criei. A gente não vê esse lado da escola.
Mas o governo fiscaliza, porque criança tem que estar na escola...
Primeiro, não fiscaliza. Segundo, se fiscalizasse não resolvia, porque não estão na escola porque não são escolas. Mesmo que a gente tenha 100% das crianças nela, elas não estão indo à escola, elas estão indo ao prédio, que tem escrito “escola” no nome, que tem uma pessoa contratada como professor. Mas mesmo que ela frequente, é preciso que ela assista. E ela não assiste. Grande parte das crianças brasileiras vão para casa depois da hora da merenda, vão só para comer. A escola virou restaurante mirim.
Nesse esforço pela educação o senhor propôs uma lei que obriga o governo a distribuir livros nas cestas básicas.
É um projeto que ainda não foi aprovado, está avançado.
O senhor acredita que ele vai virar lei e vai ser sancionado?
Acredito, porque o governo que está aí já colocou o Vale Cultura, que é importante. Como é que um governo que cria o Vale Cultura vai ser contra colocar livros nas cestas básicas?
O senhor, que é senador por Brasília e já foi governador do DF, acredita que haverá punição para os recentes escândalos? O caso Arruda será um divisor de águas?
Não dá para saber se vai ser um divisor de águas, até porque esse não é o primeiro escândalo no Brasil. Estão concentrando muito a coisa em Brasília.
Brasília virou o bode expiatório?
Virou, mas se você olhar, não é só Brasília. Já teve Acre, Rondônia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, e lá não foi divisor de águas ... O papel do político é construir um mundo onde não haja corrupção através de leis. E eu coloquei muitas leis para isso. Por exemplo: todo político automaticamente cair na malha fina. É um projeto meu. Acabar a reeleição. Acho que esse negócio de você se perpetuar termina criando um vício. E nós, políticos, temos que cuidar para que isso não possa se repetir.
Mas como a Câmara Legislativa vai cuidar disso, se metade dela está envolvida?
Então a Justiça cuida.
O senhor é candidato ao governo do DF?
Eu não devo ser candidato por diversas razões. Primeiro, eu já fui governador, a gente tem que dar uma renovada. Eu falo de gente que não esteve ainda no governo, dar uma renovada para valer, virar a página que é (Joaquim) Roriz, Cristovam, depois (José Roberto) Arruda e depois Roriz ou Cristovam de novo.
E quem seria o candidato do PDT, e em qual coligação?
O meu hoje é o Reguffe. Mas se o PDT chegar à conclusão que deve se aliar ao PT, eu não terei nenhum constrangimento em apoiar o Agnello Queiroz. Se houver aliança com o Rodrigo Rollemberg (PSB), não tenho nenhum constrangimento.
(Colaborou João Batista Araújo)
Governo lança Bolsa Copa Olímpica e cria a Previc
Agência Brasil
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça, Tarso Genro, lançam nesta terça-feira, às 11h30, no Salão Negro do Ministério da Justiça, a Bolsa Copa Olímpica. A iniciativa beneficiará profissionais de segurança que atuarão nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio.
À tarde, às 15h30, Lula assina decreto criando a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), em solenidade no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), com a presença do ministro da Previdência, José Pimentel. Na ocasião, o presidente vai nomear os integrantes da diretoria do órgão, cuja posse será às 17h no Ministério da Previdência.
No fim do dia (16h30), o presidente viaja a Porto Alegre para participar do 10º Fórum Social Mundial, que completa dez anos.
07:59 - 26/01/2010
Ministro teria apoiado grupo que venceu licitação na Bahia
Portal Terra
SALVADOR - O ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (PMDB) prometeu apoio a um projeto de empresas de ônibus orçado em R$ 628 milhões em Salvador, e que venceu a licitação proposta pelo governo estadual, segundo o jornal Folha de S.Paulo. A declaração sobre o investimento teria sido comprovada em gravações feitas durante investigações sobre contratos do transporte público baiano.
Geddel teria discutido com o advogado Carlos Barral, representante de empresários de ônibus, a disputa entre dois projetos de mobilidade urbana. Um dos projetos seria de empresários do setor (corredores exclusivos para ônibus) e o outro seria um projeto das construtoras OAS e Odebrecht, o Veículo Leve sobre Trilhos.
O ministro teria prometido apoio ao projeto de interesse dos empresários e também mostrado que pretende "conversar" com funcionários das empreiteiras para compatibilizar interesses. O projeto dos corredores exclusivos teria saído vitorioso na disputa. O governo estadual disse ter feito a escolha por causa do baixo custo. Geddel afirmou à reportagem que seu apoio ao projeto é "público", por ser o "melhor projeto para a cidade".
06:44 - 26/01/2010
Seduc realiza pagamento aos beneficiários não contemplados do Precatório do FUNDEF 2024
Autor: Ivana Barreto (Ncom Seduc) Seduc realiza pagamento aos beneficiários não contemplados do Precatório do FUNDEF 2024 O pagamento ser...
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EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL DE CRIAÇÃO, DISCUSSÃO E APROVAÇÃO DO ESTATUTO SOCIAL, ELEIÇÃO E POSSE DA DIRETORIA DA ASSOCIAÇÃ...
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Cerca de 7 mil atletas de mais 310 universidades participam do evento Veronica Dalcanal - Repórter da EBC ...
