quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Vitória quer manter embalo contra o Ipitanga fora de casa

Moysés Suzart l A TARDE

Haroldo Abrantes/Agência A TARDE
Pelezinho ficou fora da lista de concentrados, mas vai jogar como titular contra o ex-clube
Pelezinho ficou fora da lista de concentrados, mas vai jogar como titular contra o ex-clube

Ipitanga e Vitória fazem nesta quarta-feira, 27, o 13º confronto na história dos Estaduais. Porém, a relação que mais chama atenção entre os times é fora do gramado. Desde sua fundação, em 2003, o Tucano tem sido uma fonte de jogadores para o adversário. Só neste duelo, Índio, Bida e Pelezinho são alguns desta lista.

A principal leva aconteceu em 2005, com as chegadas de Índio, Bida, Marquinhos, Garrinchinha e o atacante Davi. No ano seguinte, Narcísio, Caboré e Diogo também chegaram a treinar na toca. De todos, sem dúvida, Bida e Índio foram os que mais fizeram história.

O cacique foi “achado” no futebol cearense, quando jogava pelo Maranguape em 2004. “Fui para ver um jogador do Ferroviário, que estava enfrentando o time de Índio. Mas ele acabou destruindo no jogo, como meia, e acabei trazendo ele com mulher e filhos. Ele aceitou vir na hora, mas o que mais demorou foi a mulher, que não queria vir”, lembra um dos fundadores do Ipitanga, o ex-rubro-negro Renato Braz.

No Tucano, Índio disputou a Segundona do Estadual, em 2004, mas sem fazer nenhum gol. Mas tem uma explicação: “Eu cheguei no Ipitanga e disputei todo o campeonato como ala direita. Fomos campeões [2004], mas não mostrei muito meu futebol na primeira divisão no ano seguinte, pois machuquei a coxa e fiquei a competição quase toda de molho”, lembra Índio.

Sua estreia no Estadual foi justamente contra seu atual clube, mas não conseguiu converter. “Ainda bem que não fiz, né? Também estava como ala e fui apresentado no Vitória nesta posição. Aqui foi que assumi o papel de artilheiro”, brinca Índio. “Queríamos vender Índio e colocamos contra o Vitória para conseguir isto”, reforçou Braz.

Índio está saindo? - Falando em Índio, o jogador pode retornar para o futebol coreano. O Chunnam Dragons, segundo o próprio atleta, sondou a possibilidade de levá-lo por empréstimo. Porém, para que isto ocorra, será necessário que o Vitória receba 700 mil dólares em troca de dois anos.

Para o negócio ser concretizado, o atacante também deve renovar por mais dois anos com o Leão. “Não fomos procurados com um contrato formal. Existe apenas sondagem normal do futebol, mas nada certo”, disse o diretor de futebol, Mauro Galvão. Porém, Índio jé sabe até quanto pode receber em caso de transferência: 50 mil dólares. “Tem que ser bom para todos os lados. Mas, por enquanto, sou do Vitória e meu foco é o Ipitanga”, falou Índio.

Voltando ao Tucano, não foi apenas Índio que saiu do Ipitanga e chegou no Leão mudando de posição. Nos casos de Bida e Pelezinho, o último jogador do Ipitanga que hoje veste a camisa do Vitória, o time de Senhor do Bonfim aproveitou o Intermunicipal para ganhar com a venda para o rubro-negro.

No caso de Bida, atuando na época como atacante, foi visto pela primeira vez na seleção de Lauro de Freitas, enquanto Pelezinho mostrou serviço, como meia, na seleção sub-17 de São Francisco do Conde.

E Pelezinho vai enfrentar pela primeira vez seu primeiro clube profissional. O confronto não iria ocorrer, mas após a contusão de Egídio, o lateral-esquerdo ganhou a chance de entrar em campo. “Todo jogador gosta de mostrar serviço contra seu ex-clube e espero isto de Pelezinho”, disse o técnico Ricardo Silva.

O volante Neto também terá oportunidade no time, devido a contusão de Vanderson. O jogador está no clube desde 2004, mas só no Ba-Vi mostrou serviço como volante. Para o torcedor, ele é novidade. Mas a história do atleta é longa e com muitos problemas.

Em 2007, o jogador foi promovido para o profissional como promessa. Porém, começou o histórico de contusão. Em um lance com Índio, Neto deu um carrinho e o joelho acertou a trave. Lesão que deixou o jogador quatro meses parado.

Depois, mais duas contusões e um empréstimo para o Tigres do Rio até sua primeira oportunidade com o técnico Ricardo Silva. “Ele me pediu oportunidade e dei. Vai jogar e terá a mesma chance dos demais”, assegurou Ricardo.

IPITANGA X VITÓRIA

Ipitanga - Sidney, Domício, Rangel, Leilson e Rhuan; Rigoberto, Renè, Átila e Netinho (Vitor Boleta); Narcísio e Sassá. Técnico: João Carlos Nascimento.

Vitória - Viáfara, Nino Paraíba, Wallace, Anderson Martins e Pelezinho; Neto, Uelliton, Bida e Ramon Menezes; Índio e Schwenck. Técnico: Ricardo Silva.

Local: Estádio Pedro Amorim, em Senhor do Bonfim, às 21 horas.

Árbitro: Gleidson Santos Oliveira.

Assistentes: Raimundo Carneiro de Oliveira e Mick Santos de Jesus.

Transmissão A Rede Record (TV Itapoan) anuncia a transmissão desta partida, ao vivo, menos para Senhor do Bonfim.

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