Postado por O TABULEIRO
A denúncia do líder comunitário de uma das localidades que deveriam
ser atendidas por verbas do Ministério da Integração Nacional, em 2010,
foi o estopim para que a Polícia Federal deflagrasse a Operação
Inundare, hoje, em Ilhéus. O líder comunitário fez a denúncia ao
descobrir que a sua comunidade constava como contemplada no pacote do Ministério da Integração, mas as obras não foram realizadas.
As obras deveriam ser executadas em 2010, quando o Ministério da
Integração Nacional era comandado pelo baiano João Santana, ligado ao
ex-ministro Geddel Vieira Lima. A operação resultou no cumprimento de
sete mandados de busca e apreensão, um deles cumprido na residência do
ex-secretário da Fazenda, Jorge Bahia, que também foi chefe de gabinete do ex-prefeito Newton Lima.
A verba de R$ 10 milhões para obras de contenção de encostas e ações
contra desastres naturais foi repassada quando o ministério ainda estava
sob o controle do PMDB baiano.
Nos bastidores da política ilheense, há o temor de que as
investigações respinguem em nomes do PMDB da Bahia e em lideranças que
antes pertenciam ao PSC e hoje estão abrigadas em outras siglas.
De acordo com a Polícia Federal, pelo menos R$ 400 mil foram,
comprovadamente, desviados por meio de uma empreiteira subcontratada. Os
valores foram sacados em espécie e repassados a ex-funcionários da
Prefeitura. Existe a possibilidade de que parte do dinheiro tenha irrigado campanhas de políticos ligados ao esquema.
DINHEIRO E ARMAS
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na residência
do ex-secretário Jorge Bahia, agentes da Polícia Federal apreenderam
cerca de R$ 21 mil em dinheiro, além de arma. Bahia foi conduzido
coercitivamente (à força) para a sede da PF em Ilhéus para ser ouvido,
sendo liberado após depoimento.
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