O PPS e o PMN oficializaram nesta quarta-feira (17) a fusão dos dois partidos em reunião realizada em Brasília.
O
nome do novo partido será MD (Mobilização Democrática), o mesmo
escolhido em 2006 quando as duas legendas, além do PHS, ensaiaram uma
união, que na ocasião não foi para frente.
No
comando da nova legenda ficará o ex-presidente do PPS, deputado Roberto
Freire (SP). Já o deputado Rubens Bueno (PR), atual líder do PPS na
Câmara, vai acumular o posto de secretário-geral e o de líder do MD. A
vice-presidência e a tesouraria devem ficar com um integrante indicado
pelo PMN.
Os mandatos terão a duração de dois anos, podendo haver uma única reeleição.
De
posse da ata da reunião, estatuto, manifesto e da composição do
diretório nacional, os dirigentes da nova legenda pretendem formalizá-la
no cartório ainda hoje para o processo de fusão seguir para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Pedro Ladeira/Folhapress
Reunião de fusão do PPS com o PMN para lançar o novo partido MD (Mobilização Democrática)
Pelas
contas da cúpula do partido, o MD terá 13 deputados federais, 58
estaduais, 147 prefeitos e 2.527 vereadores. Em todo o Brasil serão
683.420 filiados.
A direção nacional ficará
divida com 40% dos cargos para o PPS e o mesmo percentual para o PMN. O
restante (20%) ficará aberto para a adesão de integrantes de outras
legendas.
URGÊNCIA
A
realização do congresso dos dois partidos ocorre ao mesmo tempo em que o
plenário da Câmara iniciou o processo de votação do projeto que
restringe o acesso ao fundo partidário e ao tempo de televisão às
legendas que não tenham disputado eleições.
As
conversas para uma fusão do PPS e PMN estavam programadas para serem
concluídas apenas no meio do ano. Diante da movimentação de integrantes
da base aliada do governo para aprovarem a proposta, os dirigentes das
duas legendas convocaram o encontro em "caráter de urgência" para
decidiram pela união.
O projeto também pode ter
efeito para a Rede Sustentabilidade, legenda que a ex-senadora Marina
Silva corre para viabilizar de olho na disputa ao Palácio do Planalto de
2014. Na eleição presidencial de 2010, Marina recebeu cerca de 20
milhões de votos.
Por não se tratar de uma
fusão, a Rede ainda precisa da coleta de cerca de 500 mil assinaturas em
nove Estados para poder ter o registro eleitoral.
Caso
seja aprovado na Câmara hoje, o projeto ainda precisar ser votado no
Senado para, em seguida, seguir para sanção da presidente Dilma.
JANELA
Com
a criação do MD abre-se um prazo de 30 dias para que os políticos mudem
para o partido sem o risco de perder o mandato. Esse período é
conhecido como "janela".
No radar do novo
partido está a possibilidade de o ex-governador José Serra deixar o PSDB
para ingressar ao MD. O tucano participou na semana passada de evento
promovido pelo PPS onde defendeu a união de forças da oposição contra
possível candidatura de Dilma à reeleição.
Outra
hipótese discutida é o apoio à possível candidatura à Presidência do
governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ou até mesmo de Marina
Silva.
uol
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