Agencia da Câmara
Nilson Bastian / Câmara dos Deputados
Lucenilda Lima - exploração sexual é monstruosa e tem que ser eliminada.
Lucenilda prestou depoimento à CPI sobre o caso da menor que fugiu em fevereiro deste ano da boate Xingu, próxima ao sítio Pimental, um dos canteiros de obras da Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
Na boate trabalhavam 12 mulheres, além da adolescente e de um travesti. As condições do local caracterizavam trabalho análogo ao escravo e exploração sexual. Por terem sido trazidas do Sul do País, explicou a conselheira, todas as mulheres já chegaram à Altamira com uma dívida de R$ 3 mil, que aumentava a cada compra de produtos de higiene ou comida.
"Isso é monstruoso, tem que ser eliminado, tem que haver uma maneira de que isso não continue mais acontecendo nem com essa adolescente, nem mais com outra adolescente em nenhum lugar", disse Lucenilda. Ela informou que atualmente todas as boates de Altamira onde havia prostituição estão fechadas.
Empresas corresponsáveis
A presidente da CPI, deputada Erika Kokay (PT-DF), afirmou que as empresas responsáveis por grandes construções que atraem milhares de pessoas, devem ser corresponsáveis no enfrentamento desse problema.
"As grandes obras estão sendo realizadas sem que haja uma preparação da comunidade, do município, das estruturas do estado para que nós asseguremos que não haja o recrudescimento da violação de direitos e da situação de exploração sexual”, argumentou Kokay. “Essa não é uma realidade apenas de Belo Monte, é uma realidade que já foi constatada nas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio."
Erika Kokay informou que a CPI agora vai ouvir representantes das construtoras e agentes financeiros dessas obras, além de ir a Altamira verificar a situação de crianças e adolescentes próximos à construção de Belo Monte.
Reportagem – Karla Alessandra/Rádio Câmara
Edição – Newton Araújo
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