segunda-feira, 4 de maio de 2009

O formador de opinião, a sinceridade e o limite.

04 de maio de 2009.
Elias Reis
eliasreis.ilheus@gmail.com


A SINCERIDADE É UMA QUALIDADE DAS PESSOAS HONESTAS E ÉTICAS. QUEM DISSER O CONTRÁRIO PODE ESTAR SENDO TUDO, MENOS SINCERO... Mas há diferenças entre sinceridade e rudeza. O homem de comunicação, sincero de verdade, fala e escreve com lisura e respeito. Já ser sincero com rudeza é desrespeitar o outro. Há pessoas que são ferinas alegando ser sinceras. Na vida, principalmente no campo profissional, devemos sempre falar e escrever a verdade, porém a verdade não existe para humilhar ninguém e sim para construir. Há ‘formas’ e ‘formas’ de ser sincero. Existe sempre um jeito de ser sincero sem destruir, e isso faz parte da arte do bom inter-relacionamento pessoal e profissional. Sendo mais claro: é a educação pessoal, a formação ou o jeito de trabalhar as palavras que separa o joio e o trigo, o sincero e o rude, o sensato e o ignorante. Até que ponto muitos blogs e sites irresponsáveis deste país, continuarão atacando as pessoas, invés dos problemas? Até quando jornais, emissoras de rádios e televisões permanecerão destruindo imagens de pessoas de bem, invés de dar um norte preciso nos seus noticiários e uma cobertura isenta? O formador de opinião precisa re-pensar seus conceitos, suas atitudes e seus posicionamentos. As opiniões e discussões em qualquer área são frutíferas apenas no campo das idéias. Fora isso, é mera aberração. Um detalhe: A mídia nem sempre é a dona da verdade!
Uma regrinha para um bom convívio pessoal/profissional é usar de sinceridade e também guardar certa reserva. É necessário saber dosar o que falamos e o que escrevemos, cautelosamente, evitando dar conotação de cunho pessoal, tipo implicação com fulano ou beltrano. É claro que nós, imprensa, somos respaldados por lei pertinente e consagrados pela própria Constituição Federal, porém, não nos dar o direito de entrar na vida privada de ninguém, aliás tal ato, é passivo das leis penais deste país. Ataque pessoal é algo sempre fora do foco.
Não pense os senhores que estou pregando a dissimulação, a hipocrisia ou mesmo a ditadura. Não! Aliás, a Lei de Imprensa da época dos militares, acaba de ser derrubada em quase sua totalidade. O que quero dizer é que tudo tem limites. Quem quiser ter sua opinião respeitada acerca de um assunto ou fato, precisa respeitar a do outro. E isso não implica em concordar ou discordar dos outros nas suas ações e opiniões. Mas, dar limite às nossas falas e escritas, principalmente da vida particular alheia! Podemos até criticar o homem público, o gestor, o parlamentar, a autoridade judicial, o policial, etc. Mas, jamais o cidadão, o pai de família, a pessoa física. A imprensa precisa se preocupar apenas com o público. Já é o bastante. Opiniões com ataques pessoais dar uma conotação de limitação, incapacidade e falta de senso critico. Falta de espírito público e fraqueza opinativa.
A imprensa precisa dar a notícia e não criar a notícia, contestando de todas as formas os boatos, as especulações e principalmente a indústria da fofoca. Podemos e somos capazes de ceifar de vez me disseram, soube na esquina, estão falando por ai, e tantas outras bobagens!
Muita gente neste país já se arrependeu por ter falado ou escrito coisas verdadeiras de forma bruta, sem pensar, sem buscar a fonte e sem se certificar. E o que sai de errado da boca ou do teclado, geralmente termina em confusão, ou na pior das hipóteses para um profissional de imprensa, falta de credibilidade.
Profissionais de tv, weber, rádio, jornal e tantos outros canais de informações são sujeitos comuns como médicos, engenheiros, publicitários e advogados. São profissões diferenciadas e regulamentadas por leis próprias, com seus registros legais. Portanto, a importância da criação dos seus regimentos internos e aplicação do seu Código de Ética. Tudo como manda a lei em vigor. Aliás, o Código de Ética inibe profissionais de imprensa criticar até mesmo os próprios colegas, se utilizando da mídia. E, isso não é corporativismo, mas, ética.

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