O governo federal apresentou às Centrais Sindicais, na quarta-feira (11), uma proposta para reduzir o peso dos impostos na folha de pagamento das empresas e facilitar a contratação de novos trabalhadores. A ideia do governo é criar uma alíquota sobre o faturamento, para substituir os 20% sobre a folha de pagamento descontados hoje para a Previdência Social.
“Nós achamos que a desoneração da folha é uma coisa boa, porque nós acreditamos que vai formalizar, vai ter mais competitividade e, com certeza, alguns milhares de empregos serão criados”, avaliou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (Paulinho), após reunião com o Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
Segundo o secretário-geral da CUT, Quintino Severo, o governo explicou que, ao final de três anos, as empresas deixarão de pagar R$ 24 bilhões à Previdência. O objetivo da proposta é fazer com que os impostos que incidem sobre a folha de pagamento caiam de 20% para 14% entre 2012 e 2014.
Jornada - No encontro, os sindicalistas manifestaram apoio à proposta, mas pediram que, em contrapartida à desoneração da folha, que beneficia as empresas, o governo se empenhe na aprovação pelo Congresso da redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais.
Para o presidente da Federação dos Comerciários paulistas, Luiz Carlos Motta, a desoneração “é muito bem-vinda, desde que feita de forma a não atingir direitos dos trabalhadores”. O sindicalista explicou que a medida poderia atender reivindicações dos comerciários, como a redução da informalidade que é muito alta no setor. “Gostaríamos ainda que fosse condicionada à redução da jornada de trabalho, pois a categoria chega a fazer 56 horas semanais”, completou. Fonte: Agência Sindical.
Nota: As centrais sindicais e representantes das construtoras reuniram-se com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República. Eles debateram medidas a serem adotadas para os trabalhadores nas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
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