segunda-feira, 16 de maio de 2011

Jabes manda recado para o PT: não aceito aliança com quem ficar neste governo

Crédito: JBO
Jabes Ribeiro

Crédito: JBO

O secretário geral do Partido Progressista (PP) na Bahia e pré-candidato pela sigla a prefeito de Ilhéus em 2012, Jabes Ribeiro, subiu definitivamente no palanque. E com o microfone em mãos já fala - com um ano de antecedência - como candidato à sucessão do prefeito Newton Lima.
Durante um encontro com lideranças comunitárias de Ilhéus e ao lado do ministro das Cidades, Mário Negromonte, ocorrido na noite de sábado (14), na Câmara de Vereadores, Jabes fez um discurso que chegou a surpreender até aos mais antigos aliados e afirmou para um plenário completamente lotado que  sente que há uma convocação dos ilheenses por sua candidatura.
"Se esta vontade se mantiver e ficar claramente demonstrada no dia-a-dia quero dizer a Ilhéus que aceito, que eu vou para luta para ajudar a reconstruir esta cidade e voltar a colocar Ilhéus no trilho de uma cidade que tem liderança, uma cidade forte e capaz”.
O discurso de candidato não ficou por aí. "Tenho comido todos os domingos cinco ou seis feijoadas nesta cidade. Estou caminhando, subindo morro, indo pros distritos sem fazer zuada", garantiu. Para Jabes, apesar de todas as pesquisas que tem em mãos lhe assegurar, neste momento, uma tranquila vantagem junto a opinião pública, a maior certeza que ele tem de estar à frente é reação dos adversários. "Quando começam a me bater muito, sei que estou bem nas pesquisas", ironizou.
Da tribuna da Câmara, Jabes também criticou o atual prefeito, Newton Lima, e mandou um recado direto ao Partido dos Trabalhadores de Ilhéus. "Não tenho absolutamente nada de pessoal contra Newton (Lima). Muito pelo contrário. Foi meu aluno no IME. Agora, quem não tem vocação para a política, quem não tiver força de vontade da vida pública, quem não tiver coragem para trabalhar na vida pública, vá fazer alguma coisa e não queira ser prefeito de uma cidade da importância de Ilhéus", afirmou.
O recado para o PT está diretamente relacionado à permanência da sigla na base aliada do atual governo municipal. "Achamos que existem partidos que estão no governo e que estão mal colocados. Consideramos que existem partidos que estão no governo, mas que já começa a própria base do partido a dizer que este não é o seu lugar", destacou Ribeiro.
E disse mais: "Não aceito firmar aliança com quem esteja no governo. Se nós fazemos oposição ao governo não podemos compatibilizar isso. Nada de pessoal, nada de nenhuma crítica a ninguém. Cada um faz o que quer. Respeito a posição de cada um. Mas não dá", completou. Para apimentar ainda mais o debate com o Partido dos Trabalhadores, Jabes garantiu a todos os presentes que o governador da Bahia, Jaques Wagner, é um dos que têm estimulado permanentemente a sua candidatura.
Jabes ainda lembrou que houve uma tentativa de reaproximação dele com o PT durante a eleição da mesa diretora da Câmara, no início deste ano. “Quando o PP votou em Dinho Gás (atual presidente), partidos que compõem o governo nos chamaram para uma conversa. Nós respondemos: topamos conversar. Deixem este governo e nós conversamos. Não dá para agradar a Deus e ao diabo”.
Pela primeira vez, depois da eleição de Newton Lima, Jabes falou com mais clareza sobre a sua desistência em 2008. “Comecei a ser candidato e de uma hora pra outra comecei a ver que o povo de Ilhéus queria o outro lado, queria ir pro lado de Newton, uma espécie de salvador de Ilhéus. E eu disse: eu que não vou nessa. O governador pediu para apoiar o PT e apoiei o PT. Se não ganhou, não ganhou”.
E encerrou sua participação no encontro mandando um recado para os adversários. “Aviso que quem está querendo me bater pra poder fazer comigo uma espécie de polarização vai perder tempo. Eu não preciso fazer isso por que o meu exército já está nas ruas. É o povo de Ilhéus, a sociedade dos morros, o povo dos bairros e dos distritos que não agüentam mais a situação que Ilhéus está vivendo”.


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