terça-feira, 22 de setembro de 2009

Líder do PSB alerta para armadilha sobre confronto Ciro X Dilma

O líder do PSB na Câmara dos Deputados, Rodrigo Rollemberg (DF), que participava, junto com o pré-candidato do partido à Presidência da República, deputado Ciro Gomes (CE), de um ato de adesão de novos integrantes à sigla nesta segunda (21), em Tocantins, pediu cautela à militância sobre a boa colocação de Ciro nas pesquisas eleitorais.

Rollemberg revelou uma preocupação do próprio Ciro Gomes, segundo a qual os adversários e alguns setores da imprensa podem usar o momento para promover um confronto entre ele e a pré-candidata petista, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

"Disputa certa à Presidência” é o título de uma matéria publicada nesta segunda no Correio Braziliense dando conta de que uma pesquisa CNI/Ibope, lidera pelo governador José Serra (PSDB-SP), traria Ciro na segunda colocação à frente de Dilma.

A diferença entre os dois seria provocada pela entrada da senadora Marina Silva (PV-AC) na disputa. Dois líderes do partido admitiram ao jornal que essa realidade dá mais fôlego para a candidatura própria do PSB.

“É sempre muito positivo esse tipo de notícias porque anima a militância. O que nós temos que tomar cuidado é que nossos adversários e setores da imprensa querem nos intrigar com a candidatura petista. Isso não é bom nem para um e nem para o outro”, disse o líder socialista.

Na opinião dele o momento é de moderação e tranquilidade. “São duas candidaturas legítimas do mesmo campo político. A ministra Dilma reúne todas as condições para ser candidata e uma boa candidata à Presidência da República como Ciro também (...), mas nós estamos com muito cuidado para não entrar em nenhum tipo de armadilha ou provocação em relação à disputa.”

Palanques nos estados

Questionado sobre a dificuldade que o partido terá em receber apoio do PT nos estados caso tenha Ciro na disputa, Rollemberg admitiu que isso seria um problema para os socialista, porém, acha essa questão menor “diante dos interesses nacionais.”

No caso particular de Pernambuco onde o governador do partido Eduardo Campos quer o apoio petista, o líder diz que no estado a sigla vai insistir numa aliança. “Vejo a possibilidade de o PT apoiar o PSB em Pernambuco e o PSB apoiar o PT em outros estados independente das candidaturas presidenciais. Agora se não for possível faremos o que já fizemos em Pernambuco: uma campanha extremamente respeitosa e estaremos unidos no segundo turno”, diz.

Quanto ao domicílio eleitoral de Ciro Gomes, que foi convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a transferir o título do Ceará para São Paulo onde disputaria o governo, o líder do PSB disse não ter conversado sobre o assunto com pré-candidato.

“A minha impressão é que ele deve mudar o título por causa da alternativa que foi colocada. Mas estou convencido da correção da nossa tese de que uma eleição plebiscitária não cabe no quadro de diversidade da política brasileira e que a candidatura do Ciro ganha musculatura a olhos vistos”, argumentou.

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