quarta-feira, 20 de julho de 2011

Expansão do ensino técnico gera oportunidades para jovens no Brasil

Agencia do PSB de Noticias

   

 
Profissionais formados em escolas técnicas são cada vez mais disputados pelo mercado de trabalho. Apesar da crescente oferta de empregos, a ausência de mão de obra qualificada faz com que muitas vagas não sejam preenchidas. Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que mais de 70% das empresas têm dificuldades para contratar profissionais com nível técnico. A experiência de milhares de jovens que ingressaram no ensino profissionalizante e tiveram sucesso mostra a importância desse tipo de educação.

Diante da demanda, o governo federal investe, cada vez mais, na criação e aperfeiçoamento de escolas técnicas em todo o país. A implantação, em 2008, da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, que criou os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFEs), faz parte desse processo.
Formados pelos antigos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), Escolas Agrotécnicas Federais (EAFs) e Escolas Técnicas vinculadas a universidades (ETFs), os Institutos oferecem ensino profissionalizante e tecnológico em diferentes níveis, da educação de jovens e adultos ao doutorado.
 
Em todo o país, a rede federal reúne 38 institutos. No Espírito Santo, a estrutura do IFE conta com 18 campi, mas, de acordo o deputado federal Paulo Foletto (PSB-ES), o número de unidades ainda precisa ser ampliado. “Estamos lutando para que o estado tenha mais quatro unidades de ensino. Queremos fechar o circuito da educação técnica, tecnológica e superior no Espírito Santo”.
 
Durante encontro com o ministro da Educação, Fernando Haddad, no mês passado, Foletto e o também deputado federal Audifax (PSB-ES) cobraram agilidade na expansão dessas instituições. “O Espírito Santo atravessa um momento de crescimento econômico e deve oferecer mais oportunidades aos estudantes, principalmente de escolas públicas, que precisam se profissionalizar mais cedo. Nesse sentido, os IFEs têm um papel fundamental”, destaca Foletto.
 
A cobrança dos parlamentares acontece em momento oportuno, uma vez que o Ministério da Educação (MEC) já anunciou que a rede de ensino será ampliada em todo o país. De acordo com o MEC, a previsão é que sejam implantadas mais 120 unidades dos IFEs, com prioridade para as microrregiões e cidades com mais de 50 mil habitantes. Para 2014, o Ministério pretende contar com mais de 550 unidades.
 
Oportunidade - A ampliação dos IFEs é vista com bons olhos por quem teve a oportunidade de estudar em uma das escolas profissionalizantes. Para o ex-aluno do campus de Colatina (ES), Eli Sérgio, o aumento de vagas beneficiará, especialmente, os estudantes mais carentes. “Eles terão mais chances de ingressar na escola técnica e conseguir um futuro melhor, como aconteceu comigo”.
 
Técnico em edificação, Eli fez parte da segunda turma do curso em Colatina, e se orgulha em dizer que a vida mudou muito depois da profissionalização. “A escola me ensinou mais do que uma profissão. Minha vida tomou uma nova direção. Passei a ajudar minha família e hoje tenho uma vida muito melhor”.
 
Atualmente, Eli trabalha como topógrafo na cidade de Linhares (ES), emprego que, segundo ele, não teve nenhuma dificuldade para conseguir. “Durante o curso, fiz vários estágios. Quando me formei cheguei a recusar empregos na cidade, porque preferia trabalhar especificamente na área de topografia, que é uma das disciplinas do curso”, conta.
 
Tatyana Vendramini/Repórter

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