terça-feira, 27 de julho de 2010

Senado: Borges lidera, mas há muita indefinição

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Na primeira pesquisa de intenções de voto para o Senado (Instituto Datafolha, divulgada segunda-feira pelo jornal Folha de São Paulo), na fase oficial da campanha leitoral baiana, o quadro é mesmo o que se vinha falando nos bastidores, com o senador César Borges (PR) liderando a corrida, com 34% das indicações, seguido pela deputada federal Lídice da Mata (PSB), com 26%, e pelo também deputado federal Walter Pinheiro (PT), com 20%.

Distante da briga pelas primeiras posições aparecem Edvaldo Brito (PTB) e José Ronaldo (DEM), ambos com 7%, José Carlos Aleluia (DEM), com 6%, Edson Duarte (PV) e Carlos Henrique Sampaio (PCB), com 3%, Zilmar Alverita (Psol), com 2%, Luis Carlos França (Psol) e Albione Souza Silva (PSTU), com 1%. Nesta parte de baixo da tabela, surpreende a boa performance do vice-prefeito de Salvador, cujo nome é muito mais conhecido em Salvador que no interior.

Tais números, embora divulgados a mais de 60 dias da eleição, mostram porque o governador Jaques Wagner (PT) fez tanta força para atrair César Borges para a sua chapa e também porque partidários de Walter Pinheiro insistem em não fazer muita força para alavancar o nome de Lídice da Matta. Ancorado em sua grande visibilidade e conseguindo aceitação em diversos segmentos de opinião, Borges mostra que dificilmente deixará de se reeleger, o que deixa, na prática, uma vaga para ser disputada pelos dois nomes da chapa encabeçada pelo governador.

É sempre bom repetir que nada está definido e, no caso especial de eleição para o Senado, é da tradição que o candidato ao governo impulsione os seus candidatos a senador, o que pode beneficiar Lídice e Pinheiro, caso Jaques Wagner se mantenha sua lideranças nas pesquisas (também segundo o Datafolha, ele está com 44%, seguido por Paulo Souto, do DEM, com 23% e Geddel Vieira Lima, do PMDB, com 13%) e consiga se reeleger.

De qualquer forma, a eleição para o Senado, assim como para governador, ainda tem muita coisa para mostrar, como revelam os números de brancos/nulos e nenhum (30%) e, principalmente, dos indecisos (não sabe), que é de 60%. Antes que alguém comece a fazer contas indevidas, é bom lembrar que, como são duas vagas em disputa, é natural que a soma de todos os percentutais ultrapasse a casa dos 100%.

Por todos os ângulos que se analise, esta é, sem dúvida, uma das eleições mais interessantes da história da Bahia.

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